FIQUE POR DENTRO

O CESM ajuda você, aluno, mestre, pai ou mãe de aluno, a se manter informado sobre assuntos relevantes para a educação, a família, a infância e a juventude, publicados em jornais e revistas de grande circulação nacional. Boa leitura!
Atualizado em 10/09/2013

Escritores comemoram aumento de leitura entre os adolescentes

“A explicação pode estar na evolução da literatura de entretenimento”, diz Zuenir Ventura

O escritor e jornalista Zuenir Ventura disse que já procurou entender, mas não chegou a uma conclusão sobre o crescimento do interesse dos jovens pela leitura. Ele acrescentou que a explicação pode estar na evolução da literatura de entretenimento, por onde os adolescentes começam a se interessar pela literatura.
“As escolas, no meu tempo, não entendiam assim e transformavam a leitura em um dever. Aí ficava uma coisa chata. Quando se revela para a criança e o jovem que a leitura é um prazer, um gozo, uma coisa gostosa de fazer, eles não têm como resistir. É botar na cabeça dos professores e dos pais que a leitura tem que ser um prazer e não um dever”, comentou. A escritora Thalita Rebouças, autora de 15 livros e que faz sucesso entre os adolescentes, explicou que eles estão lendo cada vez mais e a situação agora se inverteu, porque quem não lê é que não está na moda. “Quando eu comecei há 13 anos quem lia tinha vergonha de admitir. Hoje, graças a Deus, quem tem vergonha de admitir é o pessoal que não gosta de ler”, disse.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 01/09/2013]

Bebês lembram de palavras ouvidas ainda no ventre materno, diz estudo


Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, monitoraram o comportamento de 33 recém-nascidos

Uma pesquisa publicada na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos sugere que recém-nascidos conseguem lembrar de palavras que ouviram quando ainda eram fetos na barriga da mãe. Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, monitoraram o comportamento de 33 bebês. Uma parte dos pequenos havia sido submetida, ainda no ventre materno, as sequências repetitivas de fonemas simples, como “tatata”. Alguns deles precisaram aguentar nada mais, nada menos que 25 mil palavras como essa antes de nascer. Cinco dias depois do nascimento, quando os pesquisadores colocaram para rodar gravações dessas mesmas palavras, as crianças que haviam sido expostas ao estímulo durante o período fetal apresentaram aumento na atividade cerebral, o que os cientistas atribuem ao ativamento da memória da palavra. Além disso, a resposta cerebral variava de acordo com mudanças sutis na pronúncia dos fonemas, o que seria indicativo de que houve o registro de diferenças como a entonação.

[Zero Hora (RS) – 29/08/2013]

Índice de obesidade no Brasil aumenta 54% em seis anos


Dados de pesquisa do Ministério da Saúde também mostram que 51% da população acima de 18 anos está acima do peso ideal

Os hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios físicos regulares são comportamentos que se relacionam ao grau de escolaridade. A constatação está na pesquisa Vigitel 2012, realizada pelo Ministério da Saúde, que ouviu 45 mil pessoas acima de 18 anos. O consumo regular de frutas e hortaliças é menor entre as pessoas que têm menos escolaridade. Entre os avanços apontados pela pesquisa Vigitel 2012 está o aumento no consumo recomendado de frutas e hortaliças pela população e da prática de atividade física no tempo de lazer entre os homens. Um desafio apontado é a alta frequência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas, especialmente entre homens e jovens. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que é importante começar a melhorar os hábitos alimentares e incentivar os exercícios físicos ainda na infância. “Os pais precisam ajudar na alimentação das crianças e no estímulo à atividade física. É preciso orientar dentro da escola a ter uma merenda escolar adequada”, disse.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 28/08/2013]

Formação de professor fica longe da realidade da escola


Principal crítica dos especialistas é o excesso de teoria com pouca prática

A qualidade do que se ensina nas escolas puxa o Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro para baixo e coloca o Brasil no fim da lista de países em termos de qualidade de ensino de ciências e de matemática. As causas desse cenário dividem a opinião de educadores, gestores e especialistas. Muitos, no entanto, concordam que um dos gargalos da educação está justamente na formação do professor. De acordo com especialistas, o que se ensina nos cursos de pedagogia (que formam quem dá aula para as crianças de seis a dez anos, do ensino fundamental 1), e nas licenciaturas (que graduam os docentes dos jovens de 11 a 17 anos, do fundamental 2 e do ensino médio) está bem longe da realidade encontrada na escola. Isso porque os estágios ocupam, em média, 10% da carga horária da graduação para formar professores. Em países como os EUA, a relação é oposta: a maioria das disciplinas é prática.

Falta referência nacional para currículo nas escolas – Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB): o currículo da educação básica do Brasil deve ter uma “base nacional comum”, a ser acrescida de outros conteúdos a partir da realidade local, a critério de cada escola. Para especialistas, entretanto, não é o que acontece: falta uma referência verdadeiramente nacional e específica sobre o conteúdo que estará na lousa do professor. Hoje, afirmam, não há uma clareza sobre quais conhecimentos serão repassados. Que clássicos devem ser lidos? Que momentos históricos devem ser aprofundados? “Se você adota um currículo detalhado, no dia seguinte você passa a cobrar resultados. É uma ferramenta muito poderosa de controle social”, afirma Ilona Becskeházy, consultora de educação. Outros argumentam que detalhar demais pode engessar o trabalho do docente em sala de aula e, no fundo, demonstra desconfiança sobre a formação do professor.

[Folha de S. Paulo (SP), Flávia Foreque – 04/08/2013]

Formação de professor fica longe da realidade da escola


Principal crítica dos especialistas é o excesso de teoria com pouca prática

A qualidade do que se ensina nas escolas puxa o Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro para baixo e coloca o Brasil no fim da lista de países em termos de qualidade de ensino de ciências e de matemática. As causas desse cenário dividem a opinião de educadores, gestores e especialistas. Muitos, no entanto, concordam que um dos gargalos da educação está justamente na formação do professor. De acordo com especialistas, o que se ensina nos cursos de pedagogia (que formam quem dá aula para as crianças de seis a dez anos, do ensino fundamental 1), e nas licenciaturas (que graduam os docentes dos jovens de 11 a 17 anos, do fundamental 2 e do ensino médio) está bem longe da realidade encontrada na escola. Isso porque os estágios ocupam, em média, 10% da carga horária da graduação para formar professores. Em países como os EUA, a relação é oposta: a maioria das disciplinas é prática.

Falta referência nacional para currículo nas escolas – Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB): o currículo da educação básica do Brasil deve ter uma “base nacional comum”, a ser acrescida de outros conteúdos a partir da realidade local, a critério de cada escola. Para especialistas, entretanto, não é o que acontece: falta uma referência verdadeiramente nacional e específica sobre o conteúdo que estará na lousa do professor. Hoje, afirmam, não há uma clareza sobre quais conhecimentos serão repassados. Que clássicos devem ser lidos? Que momentos históricos devem ser aprofundados? “Se você adota um currículo detalhado, no dia seguinte você passa a cobrar resultados. É uma ferramenta muito poderosa de controle social”, afirma Ilona Becskeházy, consultora de educação. Outros argumentam que detalhar demais pode engessar o trabalho do docente em sala de aula e, no fundo, demonstra desconfiança sobre a formação do professor.

[Folha de S. Paulo (SP), Flávia Foreque – 04/08/2013]

Desafio da educação é melhorar a qualidade de ensino, diz Mercadante


Ministro defende maior investimento na área, principalmente para o ensino médio

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios, divulgado anteontem (29), aponta que o desafio do País agora é melhorar a qualidade do ensino. O levantamento considera renda da população, longevidade e escolaridade. Neste quesito, o indicador melhorou 128% em 20 anos, enquanto o indicador, na média, subiu 47,5% (considerando as três áreas). “Quem puxou a melhoria geral foi a educação. Melhorou a escolarização das crianças, dos jovens e dos adultos, numa velocidade expressiva. “Apesar da melhora, educação é o único dos indicadores que não chegou ao nível “alto” de desenvolvimento. “Nosso maior desafio é a qualidade, principalmente no ensino médio.” Para isto acontecer, Mercadante diz que a área necessita de maior aporte de recursos.

[Folha de S. Paulo (SP) – 31/07/2013]

Esportes com satisfação


Como desenvolver nos filhos pequenos o hábito de praticar atividades físicas prazerosas

Matricular as crianças na academia na esperança de formar campeões olímpicos pode ser o caminho mais rápido para criar adultos sedentários. O segredo para forjar atletas do cotidiano – aquelas pessoas que podem não ser profissionais do esporte, mas não vivem sem uma dose generosa de atividade física em sua rotina – é tornar a prática esportiva prazerosa desde a infância. Sem cobranças excessivas por parte dos pais ou treinadores. Sem a busca pelo desempenho. O troféu é uma vida mais saudável. A prática de atividades esportivas também traz um benefício pouco divulgado: estudos sugerem que os exercícios promovem mudanças no cérebro que ajudam as crianças a aprender mais. A prática de exercícios aumenta a quantidade de neurônios e facilita as conexões dessas células na área do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado, o hipocampo. Isso significa que uma criança ativa é capaz de armazenar mais informações e de dar respostas mais rápidas do que uma sedentária.

[Revista Época, Solange Azevedo – 27/07/2013]

Para entender o País dos jovens


Uma geração moldada pela internet – e insatisfeita com a realidade – descobre o poder de levar suas causas para a rua

Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil. “A situação do País não piorou. Foi a exigência que aumentou”, diz o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor da Universidade de São Paulo (USP). “A agenda da carência cede lugar à da cobrança”.

Maior exigência

Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo o Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. Quem estuda mais entende melhor e tende a ser mais crítico. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1 % no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O País não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos. O desemprego entre os 18 e os 24 anos foi de 12,4% em maio passado – o triplo da taxa registrada entre trabalhadores mais velhos.

[Revista Época-07/07/2013]

Como ser ouvido pelos adolescentes


Diálogo aberto com os filhos exige mudança de postura e compreensão sobre as mudanças dessa fase da vida

Especialistas apontam para a necessidade de entender que mudanças hormonais estão por trás das oscilações de humor. A dificuldade em pesar as consequências de seus atos é uma questão física, garante o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, autor do livro “Meu filho chegou à adolescência, e agora?”. Já a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller lembra que o adolescente está começando a construir uma opinião própria, em que considera não só as opiniões familiares, mas também as da escola, dos amigos e outros ambientes. E estas opiniões nem sempre serão as mesma de casa. “Os problemas de comunicação muitas vezes acontecem porque os pais agem como se os filhos fossem crianças sem opinião. Os pais têm um problema oftalmológico sem cura: não veem os filhos crescendo”, brinca. Para Adriana, manter um diálogo aberto com o adolescente é possível, mas isso precisa começar antes mesmo da adolescência – é um treino. O primeiro passo é estar disposto a ouvir o adolescente e a negociar com ele.

[A Gazeta (ES) – 04/07/2013]

Como ser ouvido pelos adolescentes


Diálogo aberto com os filhos exige mudança de postura e compreensão sobre as mudanças dessa fase da vida

Especialistas apontam para a necessidade de entender que mudanças hormonais estão por trás das oscilações de humor. A dificuldade em pesar as consequências de seus atos é uma questão física, garante o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, autor do livro “Meu filho chegou à adolescência, e agora?”. Já a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller lembra que o adolescente está começando a construir uma opinião própria, em que considera não só as opiniões familiares, mas também as da escola, dos amigos e de outros ambientes. E estas opiniões nem sempre serão as mesmas de casa. “Os problemas de comunicação muitas vezes acontecem porque os pais agem como se os filhos fossem crianças sem opinião. “Os pais têm um problema oftalmológico sem cura: não veem os filhos crescendo”, brinca. Para Adriana, manter um diálogo aberto com o adolescente é possível, mas isso precisa começar antes mesmo da adolescência – é um treino. O primeiro passo é estar disposto a ouvir o adolescente e a negociar com ele.

[A Gazeta (ES) – 04/07/2013]

Como ser ouvido pelos adolescentes


Diálogo aberto com os filhos exige mudança de postura e compreensão sobre as mudanças dessa fase da vida

Especialistas apontam para a necessidade de entender que mudanças hormonais estão por trás das oscilações de humor. A dificuldade em pesar as consequências de seus atos é uma questão física, garante o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, autor do livro “Meu filho chegou à adolescência, e agora?”. Já a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller lembra que o adolescente está começando a construir uma opinião própria, em que considera não só as opiniões familiares, mas também as da escola, dos amigos e de outros ambientes. E estas opiniões nem sempre serão as mesmas de casa. “Os problemas de comunicação muitas vezes acontecem porque os pais agem como se os filhos fossem crianças sem opinião. “Os pais têm um problema oftalmológico sem cura: não veem os filhos crescendo”, brinca. Para Adriana, manter um diálogo aberto com o adolescente é possível, mas isso precisa começar antes mesmo da adolescência – é um treino. O primeiro passo é estar disposto a ouvir o adolescente e a negociar com ele.

[A Gazeta (ES) – 04/07/2013]

Como ser ouvido pelos adolescentes


Diálogo aberto com os filhos exige mudança de postura e compreensão sobre as mudanças dessa fase da vida

Especialistas apontam para a necessidade de entender que mudanças hormonais estão por trás das oscilações de humor. A dificuldade em pesar as consequências de seus atos é uma questão física, garante o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, autor do livro “Meu filho chegou à adolescência, e agora?”. Já a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller lembra que o adolescente está começando a construir uma opinião própria, em que considera não só as opiniões familiares, mas também as da escola, dos amigos e outros ambientes. E estas opiniões nem sempre serão as mesma de casa. “Os problemas de comunicação muitas vezes acontecem porque os pais agem como se os filhos fossem crianças sem opinião. Os pais têm um problema oftalmológico sem cura: não veem os filhos crescendo”, brinca. Para Adriana, manter um diálogo aberto com o adolescente é possível, mas isso precisa começar antes mesmo da adolescência – é um treino. O primeiro passo é estar disposto a ouvir o adolescente e a negociar com ele.

[A Gazeta (ES) – 04/07/2013]

Para servir e proteger


A polícia no Brasil mata mais do que regimes com pena de morte. O País é mais violento do que as nações em guerra

Em números absolutos, o Brasil é o segundo País com maior número de assassinatos no mundo (só perdemos para a índia) e o 33º mais perigoso, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. As armas de fogo causam 30% das mortes dos jovens brasileiros. A taxa de homicídios no Brasil manteve-se estável na última década, em torno de 22 por 100 mil habitantes – um índice calamitoso, se comparado ao de países como os Estados Unidos (4,7), Chile (3,7) ou Alemanha (0,8). Só em 2011, mais pessoas morreram no Brasil por arma de fogo do que nos 13 anos de guerra de independência de Moçambique. Nos últimos anos, a violência apenas mudou de endereço. Os maiores estados do País ficaram mais seguros: São Paulo reduziu sua taxa de óbitos por arma de fogo em 68%. No Rio de Janeiro, a queda foi de 44%. A violência foi para o interior e migrou dos estados ricos para estados pobres. A taxa de mortes violentas dobrou em Alagoas e triplicou no Pará. Embora o Rio e São Paulo ainda não tenham conseguido reduzir a matança excessiva, conseguiram algumas vitórias.

[Revista Época, Marcelo Moura – 30/06/2013]

Um guia prático do brinquedo caseiro


A velha arte de construir o próprio brinquedo encontra interessados mesmo nos dias tecnológicos de hoje

Reencantar as crianças com brincadeiras simples pode ser um desafio para os pais. Apesar de tão acostumados a lidar com traquitanas tecnológicas, filhos pequenos podem ser instigados e se divertir muito construindo os próprios brinquedos. “O grande mote da brincadeira é a criança exercitar a busca pelo lúdico o dia todo e a tecnologia corrompeu isso”, analisa o arte educador Guga Cidral, coordenador do projeto Simplesmente Brincar, do Colégio Opet. O programa está inserido na grade curricular dos alunos e busca apresentar novas possibilidades de jogos e brinquedos, já que muitas crianças desconhecem essas atividades. O fato de construírem os próprios brinquedos faz com que os pequenos deem um valor especial aos objetos, garante Fulvio Pacheco, gerente de difusão cultural da secretaria municipal de educação de Curitiba.

[Gazeta do Povo (PR) – 21/06/2013]

Proteção para crianças e adolescentes no Carnaval


Redes de proteção lançam a campanha Brinque o Carnaval sem Brincar com os Direitos das Crianças e dos Adolescentes

As redes nacionais de proteção aos direitos da infância e da adolescência promovem para o Carnaval de 2013 a campanha Brinque o Carnaval sem Brincar com os Direitos das Crianças e dos Adolescentes. O objetivo é proteger meninos e meninas contra o trabalho infantil, a violência sexual, o tráfico para fins de exploração e outros tipos de violação. A campanha também quer evitar a venda de bebidas alcoólicas para pessoas com menos de 18 anos. As denúncias de violação podem ser feitas no Disque Denúncia da Secretaria de Direitos Humanos, o Disque 100, no site www.disque100.gov.br, em delegacias de polícia e em conselhos tutelares.

[Jornal de Brasília (DF) – 23/01/2013]

Proteção para crianças e adolescentes no Carnaval


Redes de proteção lançam a campanha Brinque o Carnaval sem Brincar com os Direitos das Crianças e dos Adolescentes

As redes nacionais de proteção aos direitos da infância e da adolescência promovem para o Carnaval de 2013 a campanha Brinque o Carnaval sem Brincar com os Direitos das Crianças e dos Adolescentes. O objetivo é proteger meninos e meninas contra o trabalho infantil, a violência sexual, o tráfico para fins de exploração e outros tipos de violação. A campanha também quer evitar a venda de bebidas alcoólicas para pessoas com menos de 18 anos. As denúncias de violação podem ser feitas no Disque Denúncia da Secretaria de Direitos Humanos, o Disque 100, no site www.disque100.gov.br, em delegacias de polícia e em conselhos tutelares.

[Jornal de Brasília (DF) – 23/01/2013]

Proteção para crianças e adolescentes no Carnaval


Redes de proteção lançam a campanha Brinque o Carnaval sem Brincar com os Direitos das Crianças e dos Adolescentes

As redes nacionais de proteção aos direitos da infância e da adolescência promovem para o Carnaval de 2013 a campanha Brinque o Carnaval sem Brincar com os Direitos das Crianças e dos Adolescentes. O objetivo é proteger meninos e meninas contra o trabalho infantil, a violência sexual, o tráfico para fins de exploração e outros tipos de violação. A campanha também quer evitar a venda de bebidas alcoólicas para pessoas com menos de 18 anos. As denúncias de violação podem ser feitas no Disque Denúncia da Secretaria de Direitos Humanos, o Disque 100, no site www.disque100.gov.br, em delegacias de polícia e em conselhos tutelares.

[Jornal de Brasília (DF) – 23/01/2013]

Aumenta o cerco à publicidade para crianças


Tema, que já é uma questão de saúde pública, está estimulando a criação de leis, em diferentes estados, restritivas da publicidade e do marketing voltado às crianças

Mais de 30% das crianças brasileiras têm sobrepeso e 15% delas são obesas na faixa entre 5 e 9 anos. O dado é da Pesquisa de Orçamento Familiar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009 e é três vezes maior do que há uma década. O tema, que já é uma questão de saúde pública, está estimulando a criação de leis, em diferentes estados, restritivas da publicidade e do marketing voltado às crianças. No Rio de Janeiro acaba de entrar em vigor uma lei que proíbe a venda casada de brindes e lanches. Nas cidades de Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG) existem leis semelhantes.

São Paulo – O cerco às indústrias de alimentos e ao mercado publicitário deve continuar. E o próximo round acontece até o dia 29, prazo para que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin sancione o Projeto de Lei 193/2008, do deputado Rui Falcão (PT). Se aprovada, a nova lei impedirá a publicidade, dirigida a crianças, de alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio entre 6 horas e 21 horas, no rádio e televisão, e em qualquer horário nas escolas públicas e privadas.Atualmente, mais de 200 projetos que limitam a publicidade tramitam no Congresso Nacional. Metade deles se refere a bebidas alcoólicas e a outra parte a bebidas não alcoólicas, alimentos, automóveis.

[Valor Econômico (SP), Andréa Licht e Paola Moira – 22/01/2013]

É possível ter dois pais ou duas mães no registro civil


Embora ainda não haja um consenso doutrinário ou jurisprudência, grande parte dos doutrinadores aprova

O direito de Família vem passando por inúmeras modificações com o passar dos anos, e o conceito de família vem se ampliando para abranger as mais diversas formas de núcleos familiares existentes. É possível imaginarmos a seguinte situação: uma menina cujos pais biológicos são divorciados perde a mãe biológica ainda na infância, sendo criada a vida toda pelo pai e pela madrasta. Cria-se entre a madrasta e a enteada um vínculo socioafetivo, estabelecido pelo laço de amor e de cuidado. Trata-se de uma possibilidade, entre tantas outras, em que o assunto da multiparentalidade vem à tona. Grande parte dos doutrinadores modernos é favorável a essa possibilidade como um caminho sem volta na modernização do direito de Família e que representa uma consolidação da afetividade como princípio jurídico em nosso sistema.

[Consultor Jurídico – 18/01/2013]

Problemas de visão podem comprometer aprendizagem


Problemas refrativos estão entre os que podem ser detectados em crianças em fase de alfabetização

Médicos alertam os pais para que fiquem atentos aos problemas de visão que podem comprometer o processo de aprendizagem dos filhos. Os problemas refrativos, como a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo, estão entre os que podem ser detectados facilmente em crianças em fase de alfabetização. Segundo o presidente do Hospital Oftalmológico de Brasília, Canrobert Oliveira, os primeiros sinais de que a visão não vai bem podem ser percebidos bem cedo. ”Se é uma criança muito próximo do nascimento, quase recém-nascida, ela não para os olhos, não fixa o olhar, pode ter até um estrabismo congênito”, explica. Em crianças até quatro anos, um problema na visão pode ser percebido quando elas, por exemplo, tropeçam muito. Ele alerta ainda para um reflexo branco, chamado olho de gato, que pode indicar um tumor maligno.

[Folha de Londrina (PR) – 03/01/2013]

Internet: site orienta sobre abusos


Psicólogos criaram uma página eletrônica que oferece atendimento gratuito

O uso da internet está cada vez mais presente na vida dos jovens no mundo inteiro. Os perigos são diversos; a exposição, constante. É preciso, no entanto, que crianças e adolescentes sejam orientadas a burlar e identificar esses riscos. E para embarcar nesse universo e evitar situações de ameaça aos jovens brasileiros, quatro psicólogos da Bahia criaram o site HelpLine (www.helpline.org.br), que oferece orientação gratuita via chat e e-mail aos jovens, pais e educadores. O site existe há pouco menos de um ano e já contabilizou cerca de 800 pedidos de ajuda. “É um local para orientação acerca de situações de risco vividas por crianças e adolescentes na internet, onde a dúvida é exposta abertamente e conversada de forma natural, sem julgamento”, explicou a coordenadora psicossocial do HelpLine, Juliana Cunha.

[Folha de Pernambuco (PE) – 02/01/2013]

Internet: site orienta sobre abusos


Psicólogos criaram uma página eletrônica que oferece atendimento gratuito

O uso da internet está cada vez mais presente na vida dos jovens no mundo inteiro. Os perigos são diversos; a exposição, constante. É preciso, no entanto, que crianças e adolescentes sejam orientadas a burlar e identificar esses riscos. E para embarcar nesse universo e evitar situações de ameaça aos jovens brasileiros, quatro psicólogos da Bahia criaram o site HelpLine (www.helpline.org.br), que oferece orientação gratuita via chat e e-mail aos jovens, pais e educadores. O site existe há pouco menos de um ano e já contabilizou cerca de 800 pedidos de ajuda. “É um local para orientação acerca de situações de risco vividas por crianças e adolescentes na internet, onde a dúvida é exposta abertamente e conversada de forma natural, sem julgamento”, explicou a coordenadora psicossocial do HelpLine, Juliana Cunha.

[Folha de Pernambuco (PE) – 02/01/2013]

Literatura infantil estimula criatividade e tolerância


Jornalista e escritora defende que o hábito deve ser adotado pelos pais desde a gestação

Uma criança que lê desde pequena se torna um adulto mais aberto, capaz de enxergar o outro com olhar mais democrático, reconhecendo e respeitando as experiências alheias. É o que diz a jornalista e escritora Alessandra Roscoe, durante a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília (DF), ao defender que a literatura não apenas estimula a criatividade como permite exercer a imaginação ao extremo. “A gente precisa de fantasia para aguentar o tranco do mundo real”, acredita. Com 12 livros escritos e duas participações em coletâneas, Alessandra busca inspiração na convivência com os filhos para as histórias. Para atrair a atenção da criançada, vale apelar para todos os sentidos, mas sem perder de vista o conteúdo. Para Alessandra, é importante estimular a leitura desde cedo, de preferência desde a barriga da mãe.

[Agência Brasil – 14/04/2012]

Governo federal quer mudar hábito alimentar na escola


Ministério da Saúde e Federação Nacional das Escolas Particulares vão distribuir manual para orientar alunos a terem alimentação mais saudável

Parceria entre o governo federal e a Federação Nacional das Escolas Particulares busca levar às cantinas de colégios privados em todo o País orientações para uma alimentação mais saudável dos alunos. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o acordo deve atingir mais de 6,7 milhões de estudantes do ensino médio e fundamental. As escolas vão receber uma espécie de manual, denominado Cantinas Escolares Saudáveis, promovendo a alimentação saudável. “Uma parte dos hábitos alimentares é construída na família, em casa, mas uma parte desses hábitos é construída dentro da escola. Combinar essas duas ações, esses dois espaços, é decisivo para reduzirmos a obesidade e o excesso de peso entre crianças e adolescentes”, disse o ministro.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 05/04/2012]

Para educador, violência contra professores está diretamente relacionada à falta de autoridade destes diante dos alunos

Em artigo, Marco Antônio Silva, professor de história e doutorando em educação, diz que as constantes agressões verbais e até físicas sofridas pelos professores é o resultado de uma combinação perversa: ausência de regras claras, crise de autoridade e impunidade. “Em muitas escolas brasileiras, em nome de uma suposta inclusão social, a permissividade excessiva vem imperando. Assim, crianças e adolescentes não encontram nenhuma referência de limites para as suas ações”. Para ele, “é preciso que existam autoridades que consigam administrar os conflitos de interesse e garantir o bem-estar e a convivência fraterna de todos. Entretanto, muitos pais, gestores, pensadores da educação, membros de conselhos tutelares e até professores parecem não entender a diferença entre exercício da autoridade e a prática do autoritarismo”.

[Estado de Minas (MG), Marco Antônio Silva – 29/03/2012]

Professores culpam pais e alunos por nota baixa


Para mais de 80% deles, falta de acompanhamento da família e desinteresse do estudante explicam mau desempenho escolar

O aluno não aprende porque os pais não o acompanham? Para 88% dos professores do nível fundamental da rede pública no País, sim. Quase 81% também acreditam que um aluno não vai bem na escola porque não se esforça. Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Movimento Todos Pela Educação em respostas dadas por professores da rede pública na Prova Brasil. Quase todos concordaram com as respostas “Falta de assistência e acompanhamento da família nos deveres de casa e pesquisas do aluno” e “Desinteresse e falta de esforço do aluno”. Respostas que poderiam mostrar a responsabilidade do professor ou da escola – “Baixo salário dos professores, que gera insatisfação e desestímulo para a atividade docente” e “Escola oferece poucas oportunidades de desenvolvimento do aluno” – tiveram 30,5% e 27,4%, respectivamente.

[O Globo (RJ), Alessandra Duarte e Letícia Lins – 26/03/2012]

O bem-estar começa na mesa da família


Pesquisa publicada em jornal especializado espanhol comprova como os hábitos alimentares em casa influenciam a saúde das crianças

Pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, descobriram que cuidados dos pais com a alimentação dos filhos faz com que as crianças tenham melhores hábitos nutricionais no futuro, além de evitar que os pequenos sofram com doenças identificadas com frequência em adultos, como obesidade e hipertensão. O estudo foi publicado na edição de março do jornal especializado Nutrición Hospitalaria. Na pesquisa, foram analisadas as medidas antropométricas – peso, tamanho e índice de massa corporal (IMC) – de 718 crianças de 9 a 17 anos. A conclusão não foi bem uma descoberta, mas uma constatação da sabedoria popular: além da atenção familiar na hora de comer, hábitos como sedentarismo e falta de bons exemplos dentro de casa foram os principais fatores de “engorda” das crianças.

[Correio Braziliense (DF), Gláucia Chaves – 23/03/2012]

Programação é a “nova matemática”, defendem pesquisadores


Educadores norte-americanos criam projeto para ensinar a linguagem dos computadores a crianças de 5 a 7 anos

As próximas gerações devem aprender programação com tanta naturalidade quanto seus pais aprenderam a montar quebra-cabeças. A disciplina, defendem estudiosos norteamericanos, é uma espécie de “nova matemática”. Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, já está se preparando para educar as crianças dessa nova era. Eles pretendem ensinar a linguagem dos computadores para crianças da pré-escola, na faixa entre 5 e 7 anos, ao mesmo tempo em que elas aprendem o beabá. “Programação é apenas mais uma maneira de se expressar, assim como desenhar com giz de cera, construir com blocos de Lego e aprender a escrever”, argumenta Mitchel Resnick, pesquisador do MIT e um dos idealizadores do projeto.

[Correio Braziliense (DF), Nana Queiroz – 12/03/2012]

Ensino privado é o mais novo investimento da classe média


Projeção é que a classe C supere, nos próximos anos, os gastos dos mais ricos com educação

Depois dos eletroeletrônicos, do cartão de crédito e dos móveis, a educação entrou no radar da nova classe média, segundo João Paulo Cunha, consultor da Data Popular. Segundo ele, é crescente o interesse dessas famílias em trocar o ensino público pelo privado para seus filhos. Esses pais querem dar aos filhos algo que muitos deles não tiveram. A projeção do Data Popular é que a classe C supere, nos próximos anos, os gastos dos mais ricos com a educação. Em 2012, os brasileiros devem gastar com educação 7,5% mais que em 2010, já descontado o efeito da inflação. O levantamento, que foi feito com base nos números da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, do total de despesas com educação da classe média, 76% vão para matrículas e mensalidades.

[Gazeta do Povo (PR) – 06/03/2012]

Cinco crianças morrem de fome a cada minuto no mundo


ONG alerta, ainda, que cerca de 500 milhões de garotos e garotas correm risco de ter sequelas permanentes

A organização não governamental (ONG) Salvem as crianças divulgou hoje (16) relatório informando que a cada minuto cinco crianças morrem no mundo em decorrência de desnutrição crônica. O documento também adverte que cerca de 500 milhões de meninos e meninas correm risco de ter sequelas permanentes nos próximos 15 anos. De acordo com a ONG, a morte de dois milhões de crianças por ano poderia ser prevenida se a desnutrição fosse combatida. O documento informa, ainda, que embora a fome tenha sido reduzida nas últimas duas décadas, pelo menos seis países continuam entre os mais afetados : Congo, Burundi, Comores, Suazilândia e Costa do Marfim, no continente africano, além da Coréia do Norte, que aparece em sexto lugar na lista dos piores dados referentes à fome no mundo desde 1990.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 16/02/2011]

Uma geração que desconhece a Aids


Do total de dúvidas enviadas por jovens a rede social gerenciada pelo governo, 85% são relacionadas à doença

O aumento no índice de pessoas com idade entre 15 e 24 anos infectadas pelo vírus da Aids é uma das evidências que aponta para o desconhecimento do quadro da doença entre os adolescentes e jovens brasileiros. Além disso, o perfil do Ministério da Saúde na internet dedicado a responder perguntas do público jovem sobre saúde, o Formspring, recebe, na maioria, questionamentos com relação ao vírus, aos sintomas, ao diagnóstico e as formas de contágio com o vírus HIV. Um levantamento realizado pela pasta mostra que, de 1º de dezembro de 2011 a 15 de janeiro deste ano, 85% das 475 perguntas registradas na rede foram relacionadas à Aids e a outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Especialista – A falta de informação não é novidade para a coordenadora do Instituto Vida Positiva, Vicky Tavares. Segundo ela, os números só mostram que essa faixa etária ainda não entendeu a gravidade da doença. “Eles acham que nunca serão contaminados. Quem tem menos de 30 anos não viveu o horror da Aids na década de 1980 e 1990. Eles têm mais medo da gravidez do que da doença”, destaca.

[Correio Braziliense (DF), Grasielle Castro – 16/02/2012]

Quando aprender passa a ser um sofrimento


Pais e professores devem ficar atentos a distúrbios de aprendizagem para apoiar crianças

Os sintomas dos distúrbios de aprendizagem — diagnosticados como disfunções de origem neurobiológica — tornam-se mais visíveis em crianças durante a idade escolar. Nesse período, o aluno pode apresentar dificuldades em áreas como escrita, leitura e matemática – problemas que são frequentemente confundidos com falta de inteligência, preguiça ou desleixo e, por isso, devem ser investigados. Os distúrbios mais frequentes são dislexia — que afeta a leitura e a escrita —, transtorno não verbal de aprendizagem — que afeta o desenvolvimento de habilidades sociais— e discalculia, que envolve uma dificuldade com cálculos. Também comum entre crianças o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA), um distúrbio de comportamento que pode prejudicar a aprendizagem.

Tratamento – A dificuldade de aprender é uma das queixas mais frequentes nos consultórios pediátricos. O estímulo de pais e professores ajuda quem tem distúrbios de aprendizagem a descobrir caminhos para o conhecimento. Em alguns casos de TDHA, o tratamento pode envolver, ainda, o uso de medicamentos. O importante é não deixar que a criança passe por sofrimento no período escolar.

[Revista Veja – 07/02/2012]

Crianças devem carregar na mochila apenas 10% a mais do peso corporal


Excesso de peso nas costas pode causar dores nas articulações e problemas posturais

Na volta às aulas, fisioterapeutas e ortopedistas temem que o excesso de peso nas mochilas provoque dores nas articulações, tensões musculares, dores nas costas e problemas posturais. “Geralmente os pais se preocupam mais com preço e modelo, e quase não se atentam para o peso, situação que compromete a formação das crianças”, comenta Rogério Caldeira, comerciante. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso corporal da criança, ou seja, uma criança de 35 quilos só pode levar uma bolsa que pese até 3,5 kg. O fisioterapeuta Marcio Rezende recomenda que a mochila tenha alças largas e acolchoadas. “Os estudantes devem aprender a nunca carregá-la apoiando apenas em um dos ombros ou apoiada na frente do corpo”, completa Rezende.

[Diário da Amazônia (RO) – 01/02/2012]

Crianças que recebem afeto têm cérebro 10% maior


A criação influencia a área do corpo destinada à memória, indica pesquisa

Crianças que recebem maior afeto ao longo da criação têm o hipocampo – área do cérebro encarregada da memória – quase 10% maior que as demais. A constatação é de um estudo norte-americano publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. A pesquisa foi feita por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington de Saint Louis, nos Estados Unidos, e contou com análises de imagens cerebrais de crianças entre sete e 10 anos. Quando tinham entre três e seis anos, os voluntários foram observados em momento de interação com algum de seus pais, sendo a maioria das vezes, com a mãe. Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças. “Ter um hipocampo quase 10% maior é uma evidência concreta do poderoso efeito da criação”, ressaltam os pesquisadores.

[O Tempo (MG) – 01/02/2012]

Sem internet, 60% dos jovens afirmam que ficariam tristes


Muitas crianças também responderam que sentiriam solidão sem acesso ao ambiente virtual

Estudo britânico divulgado nesta semana aponta que 49% das crianças de até 12 anos ficariam tristes sem poder acessar a internet, enquanto 20% afirmam que se sentiriam sozinhas. No caso dos adolescentes, 60% teriam o sentimento de tristeza e 48% sentiriam solidão. A pesquisa foi feita pelo grupo de análise de consumidores Intersperience e acompanhou mil jovens de até 18 anos. Segundo os resultados, a maioria das crianças de até 12 anos usa a internet para o entretenimento: 74% acessam jogos online, enquanto 65% navegam para fazer deveres escolares e mais de um terço faz pesquisas de itens para comprar e vender na web. O estudo revela que, mesmo jovens, crianças e adolescentes se preocupam com a segurança digital. A partir dos oito anos, as crianças já fazem backups e os adolescentes fazem cópias de seus arquivos.

[O Tempo (MG) – 01/02/2012]

Bullying: situação delicada na escola


Pais devem ficar atentos e não confundir os conflitos infantis com a prática

Uma situação comum na rotina das famílias acontece quando crianças e adolescentes tentam convencer os pais a deixá-los faltar à aula. No entanto, o problema começa quando as reclamações passam a ser recorrentes, sinalizando que algo não vai bem no ambiente escolar. Na volta às aulas, o bullying é uma das preocupações de muitos pais. Apesar do uso comum do termo – que se refere a provocações, humilhações e ameaças – é fundamental ter sensatez ao rotular de bullying situações escolares. A pedagoga Gláucia Feitosa explica que “o bullying deve ser tratado como um problema sério”. A recomendação da psicóloga Ruth Souza para os pais é de que observem mudanças no comportamento da criança, como a agressividade, tendência ao isolamento, e até dificuldades no sono. “É comum crianças que passam por isso terem queda no rendimento e pedirem para não ir às aulas”, explica.

[Jornal de Brasília (DF), Thaiza Dias – 30/01/2012]

Crianças na faixa dos 8 aos 9 anos aprendem com os elogios

Neurociência revela que só a partir dos 11 anos a criança começa a entender as críticas negativas e os erros

Uma pesquisa recente realizada na Universidade de Leiden, na Holanda, com ressonância magnética, serve para orientar os pais e professores a respeito dos estímulos básicos de todo processo educacional: a aprovação e a reprovação dos trabalhos das crianças. O estudo mostra que as crianças na faixa dos 8 aos 9 anos aprendem com os elogios, mas não tiram lições das críticas negativas – simplesmente não as absorvem. Já as crianças na faixa dos 11 aos 13 anos são capazes de aprender com os próprios erros e, portanto, são sensíveis às críticas negativas da mesma forma que os adultos. O neurologista Paul Thompson explica: “O lobo frontal do cérebro, responsável pelo autocontrole e pela avaliação das consequências das atitudes, só se desenvolve plenamente a partir dos 12 anos”.

[Revista Veja, Carolina Melo – 29/01/2012]

Crianças na faixa dos 8 aos 9 anos aprendem com os elogios


Neurociência revela que só a partir dos 11 anos a criança começa a entender as críticas negativas e os erros

Uma pesquisa recente realizada na Universidade de Leiden, na Holanda, com ressonância magnética, serve para orientar os pais e professores a respeito dos estímulos básicos de todo processo educacional: a aprovação e a reprovação dos trabalhos das crianças. O estudo mostra que as crianças na faixa dos 8 aos 9 anos aprendem com os elogios, mas não tiram lições das críticas negativas – simplesmente não as absorvem. Já as crianças na faixa dos 11 aos 13 anos são capazes de aprender com os próprios erros e, portanto, são sensíveis às críticas negativas da mesma forma que os adultos. O neurologista Paul Thompson explica: “O lobo frontal do cérebro, responsável pelo autocontrole e pela avaliação das consequências das atitudes, só se desenvolve plenamente a partir dos 12 anos”.

[Revista Veja, Carolina Melo – 29/01/2012]

O desafio de ensinar quem não sabe ler


Muitos estudantes brasileiros formam-se nas universidades sem as habilidades para interpretar um texto

Pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no ano passado revelou que estudantes das universidades federais brasileiras leem, em média, 1,2 livro por ano. Em uma das instituições, a Federal do Maranhão, por exemplo, 23,2% dos alunos não leram um livro durante o ano da pesquisa. O melhor índice foi registrado nas universidades em que a maioria dos estudantes leu, no máximo, quatro livros durante o ano. Para a chefe do Departamento de Letras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria de Jesus Carvalho, o analfabetismo funcional é um reflexo da baixa qualidade do ensino, especialmente na educação básica. “Estamos numa sociedade que abre escola para todos, mas a escola não se prepara ou não está preparada para receber toda essa demanda”, argumenta. O analfabeto funcional é o indivíduo incapaz de interpretar um texto de qualquer gênero literário, o que dificulta, no ensino superior, o aprendizado de conteúdos mais sofisticados. A pesquisa foi realizada com base no ano de 2010.

[Diário de Cuiabá (MT), Joanice de Deus – 27/01/2012]

Cresce o número de crianças diagnosticadas com obesidade no País


O aumento na renda das famílias não foi acompanhado de educação alimentar, aponta especialista

Números divulgados ontem (25) pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um aumento no número de crianças com sobrepeso e obesidade no País, principalmente na faixa de 5 a 9 anos. O sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas nessa faixa. A obesidade foi constatada entre 16,6% dos garotos e 11,8% das garotas. A presidente do Departamento de Obesidade da SBEM, Rosana Radominski, explica que “começou-se a aumentar a renda das famílias, mas não a educação familiar para que a alimentação fosse corrigida”. Entre as crianças a partir de 10 anos e jovens de até 19 anos, o excesso de peso atinge 21,7% dos meninos e a obesidade, 5,9%. Entre as meninas, 15,4% têm sobrepeso, e 4,2% obesidade. Os dados são de 2010.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 26/01/2012]

Cresce o número de crianças diagnosticadas com obesidade no País


O aumento na renda das famílias não foi acompanhado de educação alimentar, aponta especialista

Números divulgados ontem (25) pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um aumento no número de crianças com sobrepeso e obesidade no País, principalmente na faixa de 5 a 9 anos. O sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas nessa faixa. A obesidade foi constatada entre 16,6% dos garotos e 11,8% das garotas. A presidente do Departamento de Obesidade da SBEM, Rosana Radominski, explica que “começou-se a aumentar a renda das famílias, mas não a educação familiar para que a alimentação fosse corrigida”. Entre as crianças a partir de 10 anos e jovens de até 19 anos, o excesso de peso atinge 21,7% dos meninos e a obesidade, 5,9%. Entre as meninas, 15,4% têm sobrepeso, e 4,2% obesidade. Os dados são de 2010.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 26/01/2012]

Pais aderem cada vez mais às redes sociais para acompanhar a vida dos filhos


Mesmo com o monitoramento, muito adolescentes criam perfis paralelos para fugir da vigilância

Um recente levantamento feito por pesquisadores da empresa Lab 42 nos Estados Unidos descobriu que muitos pais já participam da vida virtual dos filhos. Dos 500 entrevistados, 92% são “amigos” dos filhos na rede social Facebook. Perguntados sobre o que justifica essa aproximação, 40% deles afirmaram ter entrado no “mundo virtual” para garantir que os filhos estejam seguros também na internet. Outros 15% disseram ter curiosidade sobre os assuntos que os filhos conversam. Mesmo assim, dados da Parent-Teen – Internet Safety Report 2011 mostram que 34% dos 535 adolescentes afirmaram ter perfis paralelos ao “oficial” para publicar coisas que não querem que os pais saibam. Quase 24% deles admitiram visitar sites direcionados para adultos e 53% já mentiram a idade para entrar em sites proibidos para pessoas com menos de 18 anos.

[Correio Braziliense (DF), Gláucia Chaves – 25/01/2012]

Garotas leem mais e melhor que os rapazes


Por outro lado, eles ainda apresentam melhor desempenho em Matemática e Ciências

As habilidades de leitura de garotas de 15 anos ultrapassam de longe a dos rapazes nessa mesma faixa etária em 74 países do mundo. Esse resultado tem sido confirmado em todas as edições do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que analisa a cada três anos a qualidade e a eficiência de sistemas escolares em países que representam 90% da economia mundial. As jovens superam os garotos nos testes de leitura desde o ano 2000, sendo que na média geral a diferença a favor delas em 2009, último ano com dados do Pisa, foi de 39 pontos. Eles, por outro lado, vencem em Matemática e Ciências, com 15 e quatro pontos a mais, na ordem. Participaram da pesquisa 470 mil estudantes, dos quais 20 mil eram brasileiros.

[Gazeta do Povo (PR) – 24/01/2012]

Juventude no vermelho e exposta ao consumismo


Compra por impulso, falta de informação e crédito fácil estimulam o consumismo e endividamento dos jovens brasileiros

Pesquisa Datafolha realizada em 2008 com 1341 jovens de 169 municípios brasileiros revelou que cerca de um quarto (26%) deles, de todas as classes sociais consideram-se “muito consumistas”. Gastos com vestuário e calçados estão no topo da lista de prioridades desse público, e que 61% consomem a maior parte de sua renda — recebida dos pais — com itens de marca. Além dos gastos com vestuário, os celulares e festas também consomem parte da renda dos adolescentes. Para o professor de educação financeira da BM&FBovespa, José Alberto Filho, os próprios pais precisam se conscientizar da mudança de comportamento, pois a tendência é que os filhos repitam esse modo de agir. A urgência de educação financeira para os brasileiros é tanta que o governo federal formulou no ano passado decreto que institui a Estratégia Nacional de Educação Financeira. Um dos principais pontos da medida é a inclusão de aulas sobre o assunto nas escolas públicas. O projeto piloto foi instalado em cinco estados e no DF.

Bombardeio consumista – Do outro lado do cabo de força que travam aqueles que estabelecem programas de educação para jovens estão os fabricantes e anunciantes de produtos infantis. Segundo Lais Fontenelle Pereira, do Instituto Alana, a TV infantil tem um anúncio a cada dois minutos, o que é preocupante uma vez que as crianças passam mais tempo assistindo ao aparelho do que na escola. Ela afirma também que 65% das meninas exploradas sexualmente usam o dinheiro para bens de consumo.

[Revista Carta Capital, Elenita Fogaça, Tory Oliveira, – 21/01/2012]

Especialistas aprovam peso da redação no Enem


Para representantes de escolas privadas de São Paulo, atual sistema teria prejudicado o desempenho do estado no ranking do País

Especialistas em Educação defendem que a prova de redação permaneça com 50% de peso na nota total do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como no modelo atual. O sistema, para representantes de escolas privadas, teria prejudicado o desempenho de São Paulo no ranking do País. “A redação não é uma disciplina à parte, como Português, Matemática e História. É um espaço de síntese do conhecimento do conjunto das demais disciplinas”, diz Fernando Almeida, professor de pós-graduação em Educação da PUC-São Paulo. Maria Marcia Malavasi, professora da Faculdadede Educação da Unicamp, concorda com a avaliação: “a redação é uma forma muito interessante de captar as várias habilidades do estudante. Permite conhecer os sinais de formação humana, verificar o conhecimento de linguagem das formas gramaticais”.

[O Globo (RJ), Sérgio Roxo – 20/09/2011]

Escolas públicas tiveram desempenho abaixo da média no Enem 2010


Entre as unidades de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva, 96% são públicas

Responsáveis por 88% das matrículas do ensino médio do País, as escolas públicas são maioria entre as que ficaram com nota abaixo da média nacional no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Entre as unidades de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva (511,21 pontos), 96% são públicas. No total, 63% das escolas que participaram do Enem em 2010 ficaram com desempenho inferior à média. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a distância entre os resultados é “intolerável” e precisa ser reduzida. Ele diz que muitas vezes o baixo desempenho está relacionado não apenas às condições da escola, mas de seu entorno. “Às vezes, as condições socioeconômicas das famílias explicam muito mais o resultado de uma escola do que o trabalho do professor e do diretor”, diz.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 12/09/2011]

Quase 43 mil crianças e adolescentes estão casados no Brasil


Situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade, principalmente nos rincões do País ou na periferia de grandes centros urbanos

Um recorte inédito nos dados do Censo Demográfico de 2010 mostra que existem ao menos 42.785 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos casados no Brasil. O número refere-se a uniões informais, já que os recenseadores não checam documentos. Essas situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade, principalmente nos rincões do País ou na periferia de grandes centros urbanos. O caso de P., uma jovem de São Bernardo do Campo (SP), é um exemplo. Ela se mudou para a casa do parceiro quanto tinha 11 anos. Seu namorado, na época, tinha 27. “Eu disse para ele que já tinha 14 e começamos a namorar. Meu pai foi contra porque me achava muito nova, brigamos feio. Depois da discussão, fugi de casa e fui morar com ele”, conta.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 11/09/2011]

Como tornar a música na escola uma realidade?


Entre a falta de profissionais, estrutura e incertezas sobre a aplicação, instituições tentam efetivar lei 11.769

Em 2008, entrou em vigor a lei 11.769, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de música no Brasil. O prazo para que as escolas se adaptem às exigências termina este ano. No Ceará, a falta de profissionais e estrutura física são alguns dos desafios para que a música faça parte do currículo. A queixa entre educadores e secretarias de Educação é que a lei foi estabelecida num prazo aleatório e sem levar em conta o cenário nacional. Segundo Arlindo Araújo, coordenador do ensino fundamental e médio da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Fortaleza, no último concurso a ideia era abrir 260 vagas para professores de Artes, mas apenas 68 vagas foram ofertadas. “As agências de formação não fornecem profissionais suficientes. Hoje, dos nossos 170 professores de Artes, 32 possuem formação específica em música”, diz.

[Diário do Nordeste (CE) –04/09/2011]

A relação entre bullying e castigo corporal


Pesquisa mostra que 44% dos entrevistados haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai

Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra uma pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada ontem (30) pela pesquisadora Lúcia Williams, da Universidade Federal de São Carlos. Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. A pesquisa mostra ainda outros tipos de violência: 24,3% haviam levado tapas no rosto da mãe e 13,4%, do pai. “O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais e nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial”, disse a pesquisadora.

[Diário de Cuiabá (MT); Correio do Povo (RS); Agência Brasil, Priscilla Mazenotti – 31/08/2011]

Álcool seduz ainda na infância


Quase metade dos brasileiros de 12 a 17 anos já consumiu bebida alcoólica

Estudo do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), realizado em maio e junho, mostra que o consumo de bebidas alcoólicas é um hábito entre pessoas com menos de 18 anos: 45% dos adolescentes já experimentaram e 39% compraram o produto em algum estabelecimento comercial. O levantamento foi feito em São Paulo, mas especialistas revelam que o cenário se repete em várias partes do País. Dentre as pessoas que provaram álcool, o porcentual de adolescentes que confessaram ter bebido nos últimos 12 meses é maior do que o número de adultos, 71% e 64%, respectivamente. A pesquisa também mostra que a idade do primeiro gole é cada vez mais cedo: adultos confessam que começaram a beber com 15 anos e os adolescentes reconheceram que, em média, iniciaram com quase 14 anos.

[Gazeta do Povo (PR) – 28/08/2011]

Metade dos jovens já comprou cigarro


Livro do Instituto Nacional do Câncer mostra que percentual é maior entre as meninas (52,6%) do que entre garotos (48,1%)

Metade dos adolescentes com idades entre 13 e 15 anos já comprou cigarro, apesar de o País dispor de lei federal que proíbe a venda do produto para pessoas com menos de 18 anos. Entre meninas, o porcentual é um pouco maior: 52,6% ante 48,1% para meninos. Em algumas capitais, o índice de jovens que nunca foi impedido de comprar cigarros ficou bem acima da média. Em Maceió (AL), a taxa chegou a 96,7%; em Fortaleza (CE) a 89,9% e em Salvador (BA) a 88,9%. Os dados fazem parte do livro A situação do tabagismo no Brasil, divulgado ontem (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). O material reúne dados de pesquisas do Sistema Internacional de Vigilância do Tabagismo da Organização Mundial da Saúde realizadas no Brasil entre 2002 e 2009.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 26/08/2011]

Mais da metade dos alunos do 3º ano não sabe qual carreira seguir


Pesquisa feita com adolescentes reflete a indecisão dos vestibulandos na hora de escolher um curso e a pouca ajuda oferecida pelas escolas

No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir. O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com dois mil adolescentes. Os números da pesquisa mostram a omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional. O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas. “A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional. Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos”, diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).

[O Estado de S. Paulo (SP), Ocimara Balmant – 22/08/2011]

Fale de sexo com eles


Adolescentes que conversam sobre o tema com os pais são mais responsáveis e têm menos parceiros ocasionais

Uma pesquisa realizada pelo departamento de pediatria da Universidade de Montreal, no Canadá, confirmou que quanto mais os pais conversam com os filhos sobre sexo, menos eles são sexualmente ativos. O estudo ouviu cerca de 1,1 mil adolescentes entre 14 e 17 anos e 45% afirmaram que obtêm informações sobre sexo com os pais e 32% com os amigos. Entre aqueles que mantêm um diálogo aberto com os progenitores, 18% são sexualmente ativos. No grupo dos que não falam com os pais sobre sexo, o dobro (37%) já praticou algum ato sexual. A porcentagem de jovens que se relaciona com parceiros ocasionais também é maior entre os que não falam sobre sexo com os pais (41%) comparada com os que falam (29%).

Brasil – No Brasil, o comportamento dos jovens segue a mesma tendência. No estudo Juventudes e Sexualidade, realizado pela Unesco em 13 capitais brasileiras e no Distrito Federal, mais de 40% dos adolescentes do País revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais. E dois terços dos quatro mil pais ouvidos na pesquisa confirmaram que já falaram sobre o assunto com seus filhos. Entre os temas discutidos estão a prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, métodos para evitar a gravidez e os aspectos biológicos do sexo. “Mas só isso não basta”, afirma a sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (Prosex) da Universidade de São Paulo.

[Revista Istoé – 14/08/2011]

Figura paterna é fundamental para todas as crianças


Ausência pode causar retrocessos capazes de interferir na aprendizagem, segurança emocional etc.

Especialistas garantem que a figura paterna é essencial no desenvolvimento das crianças. A ausência pode causar retrocessos capazes de interferir na aprendizagem, segurança emocional, formação de valores etc. É o que explica Lillian Lisboa, psicóloga clínica com experiência no atendimento a crianças e adolescentes. Para Lillian, a presença da figura paterna ajuda a criança a obter segurança, ter noção de disciplina, respeito e reconhecer autoridades e limites. “Costumamos ouvir as mulheres dizerem ‘meu filho obedece mais ao pai que a mim’. Isso é porque a mãe, por ter uma ligação maior com o filho, costuma ser mais acolhedora e querer proteger o filho de tudo. Já o pai é aquele que encoraja, que ajuda a criança a superar as próprias dificuldades, mas que ensina também os conceitos de autoridade, limites e respeito”, observa.

[Jornal da Paraíba (PB)– 14/08/2011]

Partos de mães adolescentes caem quase 40% em dez anos


Entretanto, taxa de gravidez no Brasil ainda é alta: mais de 400 mil grávidas ao ano

Em dez anos, caiu quase 40% o número de partos em pessoas com menos de 19 anos no País. Na semana retrasada, o governo paulista divulgou dados parecidos referentes ao estado. O governo atribui a queda às suas ações de conscientização e distribuição de preservativos e anticoncepcionais. “Se a adolescente não tem projetos de vida, a gravidez vira o projeto de vida. Adolescente é adolescente. Eles são imediatistas e um tanto irresponsáveis em qualquer classe social”, resume Marco Aurélio Galletta, médico responsável pelo setor de gravidez na adolescência do Hospital das Clínicas (HC). Edson Martinez, da Universidade de São Paulo (USP), lembra, contudo, que a taxa de gravidez no Brasil ainda é alta: mais de 400 mil grávidas ao ano. “Se o crescimento econômico significa apenas aumento do poder de consumo, não basta.”

[Folha de S. Paulo (SP), Ricardo Mioto – 08/08/2011]

Estágio: privilégio de 7,4% dos estudantes


Especialista alerta: “chefes ou gerentes de RH apostam em quem se mostra aberto à filosofia e à prática das empresas, em quem sabe respeitar determinações e tenha foco e disciplina”

A luta para conseguir um bom estágio é desafiadora. Dados de 2008, do Ministério da Educação (MEC) e da Associação Brasileira de Estágios (Abres), demonstram que dos mais de 13 milhões de alunos matriculados nos ensinos médio e superior, somente 7,4% deles, ou seja, menos de um milhão, conseguiram estagiar. “A concorrência é grande. Muitos candidatos ao estágio são eliminados nas primeiras etapas do processo, pois não mostram comprometimento nem com o horário das dinâmicas e entrevistas. Outros não seguem adiante porque não dominam nem sequer a língua portuguesa. Os chefes ou gerentes de Recursos Humanos (RH) apostam em quem se mostra aberto à filosofia e à prática das empresas, em quem sabe respeitar determinações e tenha foco e disciplina”, avalia o presidente da Abres, Seme Arone Júnior.

[Correio Braziliense (DF) – 07/08/2011]

Autores de trotes podem ser condenados até um ano de prisão


No caso das crianças, psicóloga alerta: pais devem impor limites para que “não se tornem futuros delinquentes”

Prejuízos aos cofres públicos e tumulto à assistência prestada para a sociedade são as principais consequências de uma prática comum entre crianças e adultos: trotes e falsas denúncias. O que parece brincadeira, na verdade, é crime e pode resultar em 6 meses a 1 ano de prisão. A psicóloga Luciana Bonilha explica que a motivação para este crime é o prazer em fazer algo proibido, é transgredir socialmente. No caso das crianças, é a falta de limites impostos pelos pais, que devem agir a tempo evitando futuros delinquentes. Ela diz ainda que as famílias devem ficar mais atentas aos filhos e que elas não podem ser tão permissivas. “Não pode ser considerado como uma simples molecagem. Quando falta limite em casa, a criança entende que pode fazer o que quiser nas ruas, o que é muito grave”.

[A Gazeta (MT) – 24/07/2011]

Educação e saúde lideram lista de desvio de recursos


Levantamento da Advocacia Geral da União revela que obras de pequeno porte são as mais utilizadas para o desvio de verba

Educação e Saúde, os dois maiores orçamentos do governo, são também os principais focos de corrupção no País e responsáveis por cerca de 60% a 70% dos desvios de recursos públicos. Irregularidades em reformas de escolas e hospitais, verba de merenda, construção de quadra esportiva, entre outros, estão entre os principais ralos dos desfalques dados no Erário. O levantamento é do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União (AGU). Para o diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da AGU, André Luiz de Almeida Mendonça, as obras menores dão mais trabalho para fiscalizar e evitar o dano. “Quando você trata de uma grande obra, naturalmente várias pessoas estão em torno dela. Quando você pulveriza o dinheiro público, dificulta a fiscalização e a percepção de que tem que fiscalizar”.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 19/07/2011]

Jovem é a principal vítima do trânsito


Organização Mundial da Saúde estima que a cada 400 mil adolescentes brasileiros, 25 mil morrem por ano no trânsito

Jovens de 15 a 24 anos foram as principais vítimas do trânsito durante a década de 1998 a 2008, sendo que o sexo masculino é mais vulnerável. O Mapa da Violência 2011, do instituto de pesquisa Sangari, de São Paulo (SP), constata que o número de mortes de jovens cresceu 15 vezes mais do que o observado em outras faixas etárias. De 15 a 19 anos, a mortalidade aumentou 21,4% e de 20 a 24 anos, subiu 40,1%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada 400 mil jovens brasileiros, 25 mil morrem por ano no trânsito. O diretor de Planejamento do Detran-PA, Carlos Valente, destaca que às vezes falta maturidade ao jovem, especialmente para os do sexo masculino. “Os homens gostam de dizer que mulheres fazem besteira ao volante, mas é o contrário. A maioria dos acidentes envolve homens”.

[O Liberal (PA) – 17/07/2011]

Censo aponta atraso em escolas do Brasil


Um em cada cinco estudantes do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, três em cada dez alunos estão nessa situação

Dados do Censo Escolar 2010 sobre as taxas de distorção idade-série revelam que um em cada cinco estudantes brasileiros do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, pelo menos três em cada dez alunos também estão nessa situação. Pela legislação que organiza a oferta do ensino no País, a criança deve ingressar aos 6 anos no 1° ano do ensino fundamental e concluir a etapa aos 14. Já na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no ensino médio. De 2008 a 2010, o percentual de alunos fora da série adequada para a idade registrou leve alta. Em 2008, a taxa era 22,1% no ensino fundamental, passou para 23,3% em 2009 e para 23,6% em 2010. No ensino médio, o percentual era de 33,7% em 2008, foi para 34,4% no ano seguinte e chegou a 34,5% no ano passado.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 14/07/2011]

ECA completa 21 anos e ainda enfrenta desafios e violações


Houve avanços em várias áreas sociais e de direitos humanos, mas segundo especialistas, ainda é pouco

O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) completa 21 anos de existência hoje (13). Divisor de águas no tratamento de crianças e adolescentes, o ECA possibilitou a criação dos conselhos tutelares e de direito, delegacias e promotorias especializadas e outras esferas de controle, promoção e defesa dos direitos de meninos e meninas. No entanto, segundo profissionais que atuam na área da infância e juventude, ainda é preciso avançar. A coordenadora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para os estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, Ana Márcia Diógenes, afirma que é preciso garantir educação, direito à convivência familiar e comunitária, proteção contra exploração sexual comercial etc. “É preciso despertar a sociedade para a responsabilidade sobre a criança e o adolescente. É parar de cobrar e começar a fazer”.

[Diário do Nordeste – Online (CE) – 13/07/2011]

ES: Escola capixaba cria “sala dos reprovados”


Famílias temem exclusão dos alunos e que eles sofram algum tipo de pressão pela direção da escola

A Escola Estadual Marcílio Dias, localizada em Vila Velha (ES), criou a sala dos reprovados, composta por estudantes do 1º ano do ensino médio. Segundo uma rádio de Vitória (ES), mães de estudantes desta sala temem a exclusão dos filhos e a possibilidade de que os reprovados sofram algum tipo de pressão da direção da escola. Para as famílias, a criação da sala é uma forma de bullying contra os alunos. “Todos os alunos lá são tachados como reprovados. Até mesmo os professores e a secretaria os classificam assim. Se você liga para lá e pede alguma informação sobre a turma, eles dizem: ‘Ah, é da turma dos reprovados’. No meu entender, isso caracteriza uma discriminação e até mesmo bullying por parte da escola”, comentou a mãe de um dos estudantes do 1º ano.

[Jornal do Commercio (PE) – 09/07/2011]

Criança precisa aprender a não ser consumista


Nova geração deve querer e ter menos coisas. É a maneira mais eficiente de preservar o meio ambiente

Relacionar sustentabilidade e consumo crítico ainda é novidade e uma tarefa muito difícil que a sociedade tem pela frente. Se quisermos criar um cidadão preocupado com o futuro da humanidade, precisamos prepará-lo desde pequeno para não ser consumista. Mas não basta um discurso vazio, que joga para a criança toda a responsabilidade. Para Mirna Folco, coordenadora de capacitação comunitária do Instituto Akatu, de São Paulo (SP), os conceitos de consumo consciente devem ser introduzidos na infância. “A criança não tem dinheiro para comprar, mas influencia as escolhas da família, portanto, precisa ter consciência dos impactos ambientais, sociais e econômicos dessas escolhas. Quando pede algo, precisa ser levada a questionar se precisa daquilo, por que precisa e para que precisa”.

[O Rio Branco (AC) – 05/07/2011]

Meninos se preocupam com a aparência física desde cedo


Profissionais alertam: “crianças querem atingir uma imagem incompatível com a idade”

“Assim como as meninas, os garotos adoram elogios”, explica a psicóloga Patrícia Serejo. Contudo, em virtude dos papeis típicos das crianças na sociedade, ocorrem diferenças na manifestação da vaidade. “Em geral, as garotas preocupam-se com a roupa, maquiagem e cabelo. Os meninos, por sua vez, querem estar fortes e também querem chamar atenção”. Os problemas começam quando a vaidade muda de foco e de uma brincadeira torna-se um valor. “Quando passar a vigorar em detrimento de outros valores, a vaidade pode ser nociva, tanto para o indivíduo, quanto para suas relações sociais”, explica Patrícia. A endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva alerta: “os meninos estão cada vez mais preocupados e decididos a alcançar uma imagem corporal incompatível com a idade de crescimento em que se encontram”.

[Correio Braziliense (DF) – 03/07/2011]

Bullying: educar é melhor do que remediar


Medico-psicoterapeuta afirma que, apesar dos avanços científicos, melhor maneira de combater a violência é a educação

Em artigo, o médico-psicoterapeuta Meraldo Ziisman defende que a melhor maneira de combater o bullying é a profilaxia (parte da medicina que cuida da saúde por meio de medidas preventivas). “Nossos espaços midiáticos estão totalmente ocupados com a endêmica corrupção nacional e outros assuntos politicamente correlatos enquanto os ‘fazedores de opinião’ esquecem-se das causas, por exemplo, da tragédia do Realengo, que decorrem do nosso mais crasso erro: o desinvestimento histórico em Educação. No caso do bullying, deu-se maior destaque à discussão para escolher uma tradução apropriada para o termo do que ao grave significado do fato real. Como médico há quase 50 anos, creio que a profilaxia permanece como a melhor arma contra o a violência escolar. E, na minha opinião, essa profilaxia chama-se Educação”.

[Diário de Pernambuco (PE), Meraldo Ziisman – 30/06/2011]

Falta preparo para discutir uso de drogas nas escolas


Programa de prevenção do governo federal treina apenas 2% de professores da rede pública do País

O programa de prevenção ao uso de drogas dos ministérios da Educação e da Saúde, em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e a Universidade de Brasília (UnB), está presente em apenas 1.255 municípios do Brasil. A preparação é feita por meio de cursos a distância, com duração de 120 horas. A estratégia, porém, só atingiu 30,7 mil docentes, o que corresponde a 2% do total de profissionais de ensino fundamental e médio na rede pública brasileira. A coordenadora do Programa Saúde na Escola do Ministério da Educação (MEC), Marta Klumb, enfatiza que é muito importante que os profissionais da educação sejam preparados para enfrentar o assunto sem tabus. “Os professores devem criar um vínculo de confiança com os jovens. O aluno que faz uso de drogas não deve ser expulso. Ele deve ser acolhido”, reforça.

[O Globo (RJ), Demétrio Weber – 26/06/2011]

Cresce o índice de crianças e adolescentes com déficit de atenção


Pesquisadores estimam que de 3% a 8% do público infanto-juvenil brasileiro tenha o transtorno

Uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças detectou um aumento nos casos de crianças e adolescentes que sofrem com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), passando de 5,7% na década de 1990 para 7,6% no período analisado (2006/2008). De acordo com pesquisadores, cerca de 5,4 milhões de norte-americanos entre 4 e 17 anos têm TDAH. Já os profissionais brasileiros não contam com uma base de dados que aponte números tão precisos, entretanto, estimam que de 3% a 8% do público infanto-juvenil tenha o transtorno. O psiquiatra Daniel Segenreich reforça: “o TDAH não é apenas um transtorno de aprendizagem, como a dislexia ou disortografia. Ele pode levar a uma dificuldade escolar porque o paciente não consegue manter o foco”.

[Correio Braziliense (DF), Márcia Nery – 15/06/2011]

Pesquisa revela quais os sonhos dos jovens brasileiros


Estudo aponta que 55% dos entrevistados têm como maior sonho a formação profissional e emprego

Nem casa própria, dinheiro ou bens de consumo. O maior sonho dos jovens de hoje é ter emprego e boa formação profissional. O perfil dos entrevistados, adolescentes de 18 a 24 anos de diferentes estados do País, aparece no estudo Sonho Brasileiro, da empresa Box1824. O levantamento revela que 55% dos entrevistados têm como maior sonho a formação profissional e emprego. Em seguida, a casa própria (15%), ficar rico ou ter estabilidade financeira (9%), família (6%) e compra de bens como carro ou eletrodomésticos (3%). Para o sociólogo Gabriel Milanez, o resultado não significa que a nova geração rejeita ficar rica ou ter um bom carro. “O fim não é só ficar rico e consumir. É ser alguma coisa mais do que ter. Ao mesmo tempo, o jovem não nega que deseja estabilidade. Não significa que não quer posses, mas quer ir além”.

[Zero Hora (RS) – 14/06/2011]

A força da educação infantil


Segundo pesquisa, crianças que frequentam escola aos 4 ou 5 anos tendem a ter mais sucesso no futuro

Pesquisa destacada pela revista Science, dos Estados Unidos, mostra que a educação infantil está longe de ser brincadeira. Depois de acompanhar, por 25 anos, cerca de 1,4 mil norte-americanos nascidos em bairros de baixa renda, pesquisadores descobriram que ter contato desde cedo com um ambiente escolar de qualidade pode ter grande impacto positivo na saúde, na qualidade de vida e no mercado de trabalho. Os alunos acompanhados pelos cientistas foram divididos em dois grupos: os que frequentaram a pré-escola aos 4 ou 5 anos de idade e os que ingressaram diretamente no ensino fundamental, aos 6. “Aqueles que frequentaram o jardim de infância tiveram um efeito em grande escala em um conjunto amplo de aspectos socioculturais e de saúde até a vida adulta”, conta o líder do estudo, Arthur Reynolds.

[Estado de Minas (MG), Max Milliano Melo – 10/06/2011]

Cigarro continua atraente para jovens


Única faixa de idade em que o número de fumantes não diminuiu foi a de fumantes com menos de 18 anos

O Dia Mundial sem Tabaco foi comemorado no último dia 31 de maio. E o Brasil tem bons motivos para festejar: nas últimas décadas, houve uma diminuição significativa no número de fumantes no país. Entretanto, a única faixa de idade em que o número não caiu foi entre os fumantes com menos de 18 anos. O psiquiatra Jairo Bouer alerta: “quanto mais cedo acontece o contato do jovem com a substância, maiores os riscos de abuso ou de dependência”. Para ele, “o adolescente tem fragilidades emocionais e físicas que favorecem o estabelecimento da dependência. Por isso, um garoto quer fumar para impressionar as garotas, para se encaixar em um grupo de amigos, para copiar um comportamento mais adulto, por curiosidade ou porque vai se achar mais descolado, por exemplo”.

[Folha de S. Paulo (SP) – 06/06/2011]

Aids prevalece entre jovens


Cerca de 2,5 mil jovens são infectados diariamente

De acordo com um relatório divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (Unaids), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos internacionais, cerca de 2,5 mil jovens são infectados pelo vírus HIV em todo o mundo diariamente. A publicação indica que a prevalência do HIV entre jovens caiu pouco nos últimos anos e alerta que as adolescentes enfrentam um risco desproporcional de infecção por conta de sua vulnerabilidade biológica, da desigualdade social e da exclusão. Ainda de acordo com o relatório, pessoas com idade entre 15 e 24 anos concentram 41% das novas infecções entre adultos com mais de 15 anos em 2009. Em todo o mundo, cinco milhões de jovens viviam com HIV no mesmo período.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 06/06/2011]

MG: Casos de violência sexual crescem 666% em um ano


Mais da metade dos casos que ocorrem no estado envolvem pessoas da família

Quem deveria proteger crianças e adolescentes em Belo Horizonte (MG) é apontado pelas estatísticas como principais autores das agressões. Segundo dados da Associação Municipal de Assistência Social (Amas), 55% do total de ocorrências de abuso e exploração sexual comercial, registradas nos quatro primeiros meses deste ano, tiveram como responsáveis pessoas do núcleo familiar das vítimas. Entre 2009 e 2010, os casos de violência sexual infantojuvenil tiveram aumento de 666%, passando de 1.147 para 8.792 registros. Visando a diminuição deste índice, prefeitura e Amas promovem a campanha Faça bonito: proteja nossas crianças e adolescentes no centro da cidade. Quem passar pelo local receberá um marcador de livros com o slogan, além de uma flor, símbolo da delicadeza, fragilidade das pessoas nessa faixa etária.

[Estado de Minas (MG), Valquiria Lopes – 18/05/2011]

Índice de obesidade infantil aumenta


Crescimento nos últimos 30 anos preocupa especialistas de saúde

A professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Rafaela Nogueira, chama a atenção para um dos maiores problemas atuais: a obesidade. “Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos dez principais problemas de saúde pública do mundo, a obesidade vem crescendo em ritmo preocupante no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1974, 1,8% das meninas e 2,9% dos meninos entre 5 e 9 anos eram obesos. Já em 2008, houve um salto desse número para 11,8% das meninas e 16,6% dos meninos. A obesidade infantil pode ter consequências futuras graves para a sociedade. Está na hora de enfrentarmos o problema através de pesquisas sérias e não de opiniões sem embasamento científico. O momento exige seriedade”, finalizou a professora.

[O Globo (RJ), Rafaela Nogueira – 15/05/2011]

Estudo aponta medidas que fazem aluno aprender mais


Brasil aparece no 53º lugar em pesquisa internacional relacionada à educação

O movimento Todos Pela Educação e o Instituto Ayrton Senna realizaram uma série de estudos em busca de melhores índices para a educação. O resultado das pesquisas deu origem ao projeto Caminhos para melhorar o aprendizado, que indica pelo menos quatro ações que comprovadamente melhoram a aprendizagem. A “receita infalível” é baseada na redução do número de alunos em sala, investimento na qualificação do professor, formação de turmas mais homogêneas e cumprimento à risca do calendário acadêmico. Apesar de ter melhorado em avaliações internacionais, os resultados alcançados por estudantes brasileiros ainda não são considerados satisfatórios. O Brasil aparece como o terceiro país que mais cresceu na última década. Ainda assim, está em 53º entre 65 nações avaliadas por uma pesquisa internacional.

[A Gazeta (ES) – 14/05/2011]

Jovens consomem bebidas alcoólicas cada vez mais cedo


Pesquisa revela que 48% de adolescentes entre 12 e 17 anos já beberam alguma vez na vida

Dados do levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) revelam dos adolescentes entre 12 e 17 anos, 48,3% já beberam alguma vez na vida. Destes, 14,8% bebem regularmente e 6,7% são dependentes de álcool. O médico Carlos Alberto Vidal alerta que o uso de álcool por adolescentes pode interferir na neuroquímica cerebral e no córtex pré-frontal, que é a área do cérebro responsável pela lógica e raciocínio, pois ainda está em desenvolvimento na adolescência. A psicóloga Vanda Lopes acredita que o uso abusivo do álcool pode passar despercebido pelos pais, pois estes, de modo geral, costumam se preocupar com as drogas ilícitas. “Como o álcool geralmente é tolerado dentro de casa, a família não se importa muito se o adolescente começa a beber desde cedo”, esclarece.

[Correio da Paraíba (PB) – 15/05/2011]

Taxa de mortalidade entre jovens negros é maior


Cerca de 50% da população negra com idade entre 15 e 29 anos foi vítima de homicídios

A taxa de mortalidade de homens negros jovens, com idade entre 15 a 29 anos, é maior do que a de brancos na mesma faixa etária. Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), divulgado ontem (12). A pesquisa mostra ainda que metade dos óbitos é provocada por fatores externos, como homicídios. Em 2001 e 2007, assassinatos foram responsáveis pela morte de 50% da população negra com idade entre 15 e 29 anos. Por outro lado, o estudo também chama atenção para a taxa de fecundidade das adolescentes de 15 a 19 anos. Em 1999, o índice das adolescentes negras grávidas era 38,9% maior do que das meninas brancas. Em 2009, essa diferença se ampliou para 65%, mostrando que as negras continuam como campeãs no índice relacionado à gravidez precoce.

[O Povo (CE) – 13/05/2011]

Alta falar de sexo


A escola deve tratar o tema para garantir aos jovens um desenvolvimento sexual saudável, afirma psicóloga

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, a psicóloga e autora do livro Como Educar Meu Filho?, Rosely Sayão, ressaltou a importância das escolas abordarem a sexualidade. Entretanto, ela lembra que, embora o assunto esteja previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais como um tema transversal, a maioria das instituições não tem feito seu papel. No texto, Rosely lembra os altos índices de doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens, como no estado de São Paulo, onde 36,1% dos casos notificados de DST concentram-se na faixa etária de 13 a 24 anos. Como solução, a psicóloga sugere um trabalho sistemático e sério de educação sexual, para garantir aos jovens o direito que eles têm de um desenvolvimento sexual saudável. Por fim, ela questiona o porquê da escola não cumprir sua parte.

[Folha de S. Paulo (SP), Rosely Sayão – 07/12/2010]

Mães modernas absolvidas


Trabalhar fora não prejudica o desenvolvimento cognitivo dos filhos. Vários aspectos fazem a diferença durante o tempo disponível com a criança

Estudo divulgado pela Universidade Columbia, de Nova York (EUA), mostra que o trabalho materno fora de casa não afeta significativamente a evolução da capacidade de aprendizagem e dos laços afetivos com as crianças. Para a pesquisa, a qualidade do tempo investido com os filhos tem mais importância que a quantidade. Uma das autoras do estudo, Wen-Jui Han, enumera os vários os aspectos que fazem a diferença: sensibilidade das mães aos sinais e aos questionamentos da criança, a interação, a saúde mental da mãe, a qualidade dos cuidados que a criança recebe, entre outros. Além disso, ela ressalta que o emprego materno após o primeiro ano de vida do bebê tende a ter efeitos positivos no desenvolvimento infantil. Isso porque a mãe leva para casa a capacidade intelectual que desenvolve no trabalho.

[Correio Braziliense (DF) – 07/12/2010]

Os mais graves danos colaterais


40% das mortes no Brasil em decorrência do fumo passivo são de crianças. Os efeitos são mais rápidos na infância e pode causar morte súbita de bebês

Pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgada no fim de novembro trouxe um dado preocupante: 40% dos 7,5 mil brasileiros que morrem anualmente em consequência direta do fumo passivo são crianças. Ou seja, a cada três horas, um menino ou menina perde a vida em consequência do cigarro de outras pessoas. Especialistas alertam que a exposição diária ao vício de familiares pode causar o surgimento de problemas respiratórios como asma e desenvolvimento mais lento dos pulmões. O oncologista Murilo Buso explica que, em todas as fases, o cigarro causa efeitos negativos para a criança, podendo levar à morte súbita em bebês. Ele conta ainda que, ao contrário do que ocorre entre os adultos, nas crianças os efeitos do cigarro são mais rápidos, pela sensibilidade das células infantis.

[Correio Braziliense (DF), Max Milliano Melo – 07/12/2010]

Cresce número de jovens com Aids no Brasil


Levantamento feito com 35 mil jovens mostra que a proporção de infectados cresceu de 0,09% para 0,12% em cinco anos, 40% afirmam não usar camisinha

Números divulgados ontem (1º) pelo Ministério da Saúde mostram que, mesmo com as campanhas de prevenção, há um aumento gradual dos casos de Aids entre a população jovem. A tendência fica exposta tanto no boletim epidemiológico de 2010 quanto em levantamento feito pelo ministério junto a um grupo de 35 mil pessoas com idade entre 17 e 20 anos, no qual a contaminação cresceu de 0,09% para 0,12%, em cinco anos. Os números revelam que a incidência da Aids é maior nos grupos de menor escolaridade. Entre jovens com ensino fundamental incompleto, 0,17% contraíram o vírus, contra 0,10% daqueles que completaram o ensino fundamental. Além disso, 40% dos jovens declararam não usar camisinha. O boletim epidemiológico mostra, ainda, a tendência de crescimento da infecção na faixa etária entre 13 e 19 anos.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 02/12/2010]

Combate ao racismo na infância


Campanha lançada pelo Unicef alerta sobre o impacto do racismo entre as crianças, sobretudo, no ambiente escolar

Em um Mundo de Diferenças, Enxergue a Igualdade. Esse é o tema da campanha lançada na última segunda-feira (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Ministério da Educação (MEC). O objetivo é alertar sobre o impacto do racismo nas escolas e promover iniciativas para a redução das desigualdades. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que das 530 mil crianças entre 7 e 14 anos fora da escola, 330 mil são negras (62% do total). A campanha tem como fundamento as dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo. Entre elas, o incentivo ao comportamento respeitoso e à denúncia, além da lembrança de que racismo é crime inafiançável. Vídeos serão veiculados na TV e na internet e um blog reforçará o debate sobre o tema.

[Jornal de Brasília (DF); O Estado do Maranhão – 30/11/2010]

Cai o número de novos registros da Aids


Índice de crianças que nascem com o vírus HIV também diminuiu. Mais de 16 milhões de meninos e meninas já perderam os pais devido à doença

Relatório do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids) mostra, pela primeira vez, um declínio na expansão da doença no mundo. Segundo o levantamento, divulgado ontem (23), 2,6 milhões de pessoas contraíram o vírus HIV em 2009, número quase 20% menor que os 3,1 milhões de casos registrados em 1999, quando a epidemia estava nos níveis mais altos. Outro avanço é a queda do número de crianças que nascem com o vírus. Em cinco anos, a redução mundial foi de 24% – na África, chegou a 32%. Desde seu surgimento, a Aids já atingiu 60 milhões de pessoas e matou aproximadamente 30 milhões. Ano passado, chegou a 16,6 milhões o número de crianças e adolescentes, na faixa de zero a 17 anos, que perderam os pais devido ao HIV.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 24/11/2010]

Alerta sobre o câncer infantil


Diagnóstico precoce aumenta chances de cura. Apesar de bons resultados, Brasil ainda apresenta problemas no tratamento

No Brasil, o câncer está em segundo lugar entre as doenças que mais matam crianças. Anualmente, o mal é diagnosticado em cerca de 13 mil meninos e meninas brasileiros. Pela gravidade, entidades ligadas ao tratamento de pacientes usam esta terça-feira (23), Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (DNCCI), para alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce. Quando no início, o câncer infantil é facilmente confundido com patologias menores. Por isso, a ausência de um diagnóstico correto pode comprometer o tratamento. A oncopediatra Tânia Anegawa lembra que o índice de cura entre as crianças brasileiras é de 87%, número muito próximo dos países desenvolvidos. Entretanto, as taxas de mutilação e sequelas são altas, próximas as dos países subdesenvolvidos.

[O Mossoroense (RN), Folha de Londrina (PR); Tribuna de Minas (MG) – 23/11/2010]

Superando o tabu da sexualidade


Especialista orienta que pais e professores devem encarar o tema com naturalidade. Não é recomendável ignorar questionamentos de crianças e adolescentes

Conversar sobre sexo com os filhos é uma situação desconfortável para a maioria dos pais. Sem saber a maneira certa de esclarecer as dúvidas das crianças, muitos optam por mudar de assunto ou dar uma resposta rápida e superficial. Uma grande parcela de professores também não sabe como agir quando o assunto é sexualidade. Em entrevista ao jornal Folha de Londrina, a pedagoga especialista em psicologia aplicada à Educação, Juliana Lopes Garcia, afirmou que essas atitudes acarretam consequências negativas para a criança. Segundo ela, os adultos precisam tratar o tema com naturalidade, levando em consideração que as dúvidas fazem parte do desenvolvimento infantil. Já os professores poderiam utilizar o assunto sobre sexualidade na sala de aula como ferramenta de pesquisa e de conhecimento científico. A especialista defende ainda que a educação sexual deveria ser disciplina no currículo educacional, tanto nos cursos de formação de docentes quanto nos ensinos infantil, fundamental e médio.

[Folha de Londrina (PR) – 17/11/2010]

Jovens contam o que fazem na internet


Quase 100% dos alunos da rede privada possuem computador e fazem uso do equipamento no próprio quarto. Reclusão aumenta os riscos presentes na internet

Pesquisa do projeto Este jovem brasileiro, desenvolvido por um portal de educação com mais de 10,5 mil estudantes, apresenta respostas preocupantes sobre como o jovem se comporta quando está diante do computador. Adolescentes de 13 a 17 anos, de 75 escolas particulares de todo o País, participaram da pesquisa, que apontou que 99% dos entrevistados têm computador em casa. Metade desse público faz uso do equipamento no próprio quarto e 55% navega na internet todos os dias, sendo que 15% ficam conectados por mais de oito horas. Como ficam reclusos no quarto, a pesquisa também mostra que 23% passam noites em claro por causa da internet, além de se exporem a comportamentos de risco quando os pais não estão por perto. Muitos usam a rede, por exemplo, para encontrar ficantes e até parceiros sexuais. A maioria (71%) costuma postar fotos, sendo que 7% já colocaram fotos ou filmes mais ousados na rede e quase 7% costumam abrir a webcam para pessoas que não conhecem. Para especialistas como a terapeuta familiar, Penha Peterli, o segredo para que os adolescentes usem a internet de forma segura não é simplesmente proibir, mas mostrar os perigos e como se defender deles.

[A Gazeta (ES), Daniella Zanotti – 03/11/2010]

Falta de esgoto eleva mortalidade infantil


Estudos de revista britânica e de sistema nacional sobre saneamento confirmam a relação. Piores índices são estão no Nordeste

A expansão do saneamento básico no Brasil pode ter como resultado direto a melhoria de diversos indicadores sociais, principalmente os relacionados à redução da mortalidade infantil. Estudo do Institute for Health Metrics and Evaluation, divulgado pela revista médica britânica The Lancet, apontou uma melhoria expressiva nas taxas de mortalidade infantil no Brasil, mas trouxe dados preocupantes sobre as áreas onde o saneamento é precário. A taxa caiu 61,7%, passando de 52,04 mortes por mil nascimentos em 1990 para 19,88 em 2010. As oito primeiras posições com pior índice foram de estados do Nordeste, onde o saneamento tem desempenho abaixo da média. Dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), de 2008, mostram que 57% dos brasileiros não têm acesso a esgoto coletado. O pediatra e professor da Universidade de São Paulo (USP), Evandro Roberto Baldacci, reforça que não há como reduzir as taxas sem melhorar a cobertura de saneamento básico. Destaca ainda que em uma das regiões precárias de Manaus o governo está construindo um estádio de R$ 400 milhões para a Copa do Mundo, enquanto a maioria da população não tem acesso a água e esgoto tratado.

[Valor Econômico (SP), Paulo Fortuna – 29/10/2010]

Combate à violência juvenil cabe a todos


Artigo ressalta a importância da participação social no combate ao problema, principalmente contra a violência escolar

O editorial do Correio Braziliense desta quinta-feira (28) chama atenção para a violência escolar entre os jovens. Segundo o texto, o problema tornou-se rotina e assumiu proporções de epidemia mundial. A exemplo é citado o bullying, que mobiliza ações de governos e a sociedade civil em vários países. Também é citado o caso recente de uma menina da cidade de Sobradinho (DF), agredida com lâminas de apontador por uma colega da escola. Para o artigo, somente quando a sociedade entender que é responsável pela selvageria que toma conta da humanidade é que os problemas da violência juvenil serão resolvidos. O primeiro passo, segundo o texto, começa com a disseminação de valores e limites da convivência familiar. Uma vez que a maior parte das crianças não tem a noção de como é importante o respeito ao outro, dificilmente será corrigida pelos educadores. Outra solução apontada é uma qualificação e remuneração que gere professores mais bem preparados, assim como uma estrutura física acolhedora e uma grade curricular que desperte o interesse dos alunos. Por fim, o texto lembra que a educação foi tratada superficialmente pelos candidatos das eleições 2010, o que dá aos brasileiros a responsabilidade de cobrar do poder público um futuro seguro para a juventude.

[Correio Braziliense (DF) – 28/10/2010]

Um país com menos crianças


Dados do IPEA mostram redução na taxa de natalidade, independente do nível social. Gravidez na adolescência também diminuiu

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou ontem (13) dados que mostram as tendências das estruturas familiares. O estudo revela que, em todas as regiões do País, as mulheres estão tendo menos filhos, independente de variáveis como nível de renda familiar e escolaridade. No Nordeste, a taxa de fecundidade em 1992 era de 3,6 filhos e caiu, no ano passado, para uma média de dois filhos por mulher. A análise foi baseada nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009. Segundo o relatório, as mulheres brasileiras de renda mais alta estão experimentando taxas de fecundidade mais baixas que as dos países como Itália, Espanha e Japão (um filho por mulher). Nos últimos 17 anos, caiu de 3,4 filhos para 2,4 filhos o diferencial entre as mulheres de renda mais baixa e as de renda mais alta. Em relação à queda de fecundidade relacionada a fatores como o nível de escolaridade, a proporção revela que, em 1992, uma mulher com nível de educação mais baixo tinha 1,8 filho a mais do que aquelas com escolaridade mais alta. De lá para cá, essa diferença foi reduzida para 1,3 filho por mulher.

Gravidez na adolescência – Os dados do Ipea confirmaram também a redução no número de mães adolescentes. Em 1992, para cada mil mulheres com idades entre 15 e 19 anos, 91 tinham filhos nascidos vivos. Em 2009, a relação caiu para 63. Do total, 51,5% das mães adolescentes (443,5 mil) viviam nas casas de pais ou avós, no ano passado. Por outro lado, aumentou o número famílias chefiadas por mães adolescentes. O número ficou em 6,2%.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 14/10/2010]

Vida adulta acelerada


As mídias e o consumo têm provocado mudanças no tempo em que a criança permanece no mundo infantil. Pais devem saber impor limites

Para educadores e psicólogos, a diminuição das barreiras entre o mundo adulto e o mundo infantil provoca uma confusão do papel e do lugar da criança na sociedade. Surgem, assim, crianças adultizadas e, anos depois, adultos infantilizados. O acesso indiscriminado ao conteúdo adulto na TV, internet, jogos eletrônicos e ao consumo são alguns dos principais responsáveis por esse processo. Para especialistas, se é impossível, e até indesejável, barrar completamente o acesso à mídia e às novas tecnologias, o ideal é que haja um acompanhamento e controle dos pais. Para a socióloga e educadora Gisela Wajskop, a família precisa ter um conjunto de valores muito sólidos e passar isso de forma clara para as crianças. Para ela, negociar o uso dos meios de comunicação e jogos eletrônicos, em vez de simplesmente proibir, tem papel importante na educação, pois estabelece limites e permite que a criança reconheça a autoridade dos pais. A coordenadora de educação do Instituto Alana, Laís Fontenelle, afirma que em vez de criar cidadãos, a sociedade atual está formando pequenos consumidores. A psicóloga e colunista da Folha de S. Paulo, Rosely Sayão, completa ao dizer que a escolha do que vai ser consumido deve ser sempre dos pais.

[Folha de S. Paulo (SP), Letícia de Castro – 10/10/2010]

Seria o batom a nova boneca?


Com pouca idade, muitas meninas trocam brinquedo por maquiagem. Excesso de vaidade preocupa especialistas

Se o excesso de vaidade é motivo de preocupação dos especialistas mesmo entre adultos, com as crianças a coisa é ainda mais grave. Psicólogos e pedagogos defendem que maquiagem nas meninas é até aceitável, desde que seja encarada como uma brincadeira e que tenha acompanhamento de perto dos pais. Além disso, a maneira como a criança vai ou não levar essa vaidade para o futuro também tem muito a ver com a forma com que a família recebe esse comportamento, como explica a psicóloga infantil, pedagoga e professora da Universidade de Brasília, Penélope Ximenes. Segundo ela, quando o comportamento da criança vaidosa não é valorizado, ele vai naturalmente sumindo. Mas se a criança é estimulada a se enfeitar, ela achará que a única forma de receber atenção é pela vaidade. Para a psicóloga de pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Patrícia Spada, preocupação demais com a aparência pode até mesmo ser um sintoma de algum conflito psicológico. Ela ressalta que a situação é mesmo complicada se o comportamento da criança for uma réplica da mãe. Penélope Ximenes destaca a importância dos pais dizerem não e saberem impor os limites necessários.

[Correio Braziliense (DF), Carolina Samorano – 10/10/2010]

Da infância para a vida adulta


As transformações físicas e emocionais da adolescência devem ser tratadas por médico especializado, o hebiatra

A adolescência é uma fase da vida atribulada por descobertas e desafios e pelas mudanças físicas e emocionais da idade. Segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência começa aos 10 anos de idade e vai até os 19. Como não são mais crianças e também não entraram para a fase adulta, esses jovens, em geral, não querem mais ser tratados pelo pediatra e muitos não se sentem à vontade com um urologista ou ginecologista. Para preencher essa lacuna, entra o trabalho do hebiatra, médico especialista em tratar pessoas nessa faixa etária. Na consulta, o adolescente vai cuidar de problemas físicos e receber orientações sobre as mudanças que estão ocorrendo com seu corpo e em sua vida. No caso das meninas, o hebiatra esclarece que o encaminhamento ao ginecologista é feito somente depois que a garota começa a ter vida sexual ativa. Exames ginecológicos superficiais são feitos na clínica, com o acompanhamento da mãe. A puberdade para as meninas pode ocorrer a partir dos 9 anos e para os meninos, por volta dos 13.

[Folha de Londrina (PR) – 08/10/2010]

Consumo de álcool cresce entre adolescentes


Jovens brasileiros começam a beber com 12,5 anos. A maior parte consome substâncias alcoólicas em festas

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 71,4% dos adolescentes brasileiros já consumiram bebida alcoólica. Deste total, 73,1% são garotas e 69,5% são garotos. Os dados mostraram também que 75,7% estudam em escola privada e 70,3% estudam na rede pública. Em todo o País, o percentual de adolescentes que se importaria com a reação dos pais caso chegassem bêbados em casa é alto, fica em torno de 93,8%. Estudo realizado em 2004 com estudantes de escolas públicas de ensino fundamental e médio, das 27 capitais brasileiras, mostrou que a média de idade para a iniciação do álcool era de 12,5 anos. De acordo com a PeNSE/2009, 36,6% dos adolescentes compram e consomem bebida alcoólica em festas; 19,3% compram em mercado, loja, supermercado ou bar; 15,8% consomem com os amigos e 12,6% consomem na própria casa.

[Diário de Natal (RN) – 06/10/2010]

Educação financeira ainda na infância


Especialistas acreditam que a criança deve aprender a usar o dinheiro desde cedo. Escolas públicas já oferecem este tipo de ensino

Produtos específicos sobre educação financeira para crianças têm se tornado comuns. Nas escolas infantis, as atividades de introdução a conceitos relacionados a dinheiro começam a partir dos 5 ou 6 anos de idade. Para especialistas, esse conhecimento deve começar mais cedo, ainda no ambiente familiar. Álvaro Modernell, autor de sete livros de educação financeira para o público infantil, acredita que meninos e meninas precisam saber diferenciar o caro e o barato, aprender a esperar, escolher e poupar. Mas afirma também que é fundamental respeitar a maturidade da criança e não dar a ela preocupações que não são da idade. Desde agosto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), juntamente com várias entidades públicas e privadas, está levando conhecimentos sobre o uso correto do dinheiro a 450 escolas públicas do País. O projeto-piloto é uma das ações da estratégia nacional de educação financeira lançada pelo governo federal. No programa, os alunos são orientados sobre orçamento familiar, empreendedorismo e economia durante aulas como matemática, sociologia e história.

[Folha de S. Paulo (SP), Patrícia Gomes – 04/10/2010]

Pouco sono, mais peso


Quando a criança dorme é a hora que o corpo produz importantes hormônios, como o do crescimento. Comprometimento desse repouso pode levar à obesidade

Crianças com menos de 5 anos que não dormem pelo menos 10 horas por noite têm quase o dobro de chances de se tornar obesas ou ficarem acima do peso. É o que afirma pesquisa publicada no periódico norteamericano Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, feita com 2 mil crianças com menos de 14 anos. O especialista em medicina do sono, Sérgio Barros, afirma que por mais atividade física que a criança faça durante o dia, o comprometimento do sono pode afetar a alimentação e, consequentemente, o peso. O excesso de atividades durante o dia pode, inclusive, ter efeito contrário e, em vez de cansar a criança, diminuir o horário dedicado ao sono e provocar ansiedade. O médico lembra o caso dos recém-nascidos, que dormem cerca de 18 horas por dia porque precisam desse tempo para que o hormônio do crescimento seja produzido na quantidade certa. Mais dois hormônios que interferem diretamente na alimentação são produzidos durante o sono: a leptina, responsável pela sensação de saciedade, e a grelina, responsável pelo alerta de fome ao cérebro.

[A Gazeta (ES) – 01/10/2010]

Jovens a mercê dos crimes cibernéticos


Os próprios meninos e meninas internautas afirmam ter tido contato com material impróprio para a idade. Alguns são vítimas de cyberbullying

Pesquisa realizada pela Safernet Brasil, associação que atua no enfrentamento dos crimes e violações aos diretos humanos na internet, constatou que num universo de 875 jovens internautas, 47% ficam em média mais de quatro horas por dia conectados, tempo suficiente para que uma série de violações de diretos tome forma no espaço virtual. Na lista dos crimes mais comuns, estão a invasão de privacidade, o cyberbullying e as novas formas de abusos e exploração sexual, passando pela pornografia infantil. Das 42.466 denúncias recebidas pela Safernet Brasil no 2º semestre de 2009, a pornografia infantil lidera o ranking com 49% dos registros. Dos 875 jovens consultados pela associação, 53 afirmaram ter tido contato com conteúdos agressivos considerados impróprios para sua idade e 38% já foram vítimas de cyberbullying.

[Jornal do Dia (AP) – 29/09/2010]

Escola é hostil com alunos homossexuais


Alunos que assumem a homossexualidade são vítimas de preconceitos e violência. Professores e monitores são omissos

Pesquisa divulgada em 27 de setembro mostra que a escola é um ambiente hostil com a população homossexual. Professores não sabem como trabalhar a diversidade nem combater a homofobia. Como consequência, meninos e meninas homossexuais têm baixa autoestima, queda no rendimento, abandono escolar e depressão. Foram ouvidos 1,4 mil educadores, gestores e estudantes de 11 capitais, em 2009. O estudo é uma iniciativa da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Reprolatina e Ministério da Educação. De acordo com a responsável pelo estudo, Margarita Diaz, a fala dos professores mostra que a orientação sexual dos adolescentes só é tolerada quando não há uma demonstração clara da homossexualidade. Os pesquisadores presenciaram também cenas de violência física em que professores e inspetores estavam próximos e não tomaram nenhuma atitude. Existem, inclusive, relatos de suicídios vítimas da discriminação. Para Toni Reis, presidente da ABGLT, o que o movimento deseja não é um privilégio no ambiente escolar e sim respeito à diversidade sexual e ao direito de igualdade.

[Gazeta do Povo (PR) – 28/09/2010]

Meninas sofrem mais com crimes virtuais


A maior parte das infrações cometidas pela internet atinge meninas entre 15 e 17 anos. Elas afirmam que não se sentem protegidas na rede.

Cerca de 30% das 580 ocorrências registradas na Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE) de Vitória (ES) envolvem adolescentes, sendo que a maioria são meninas. Levantamento realizado pela Parceria para a Proteção da Criança e do Adolescente (CPP Brasil) também apontou que 80% delas não se sentem seguras na internet, mesmo estando cientes dos perigos. Um terço também não sabe como denunciar esse tipo de situação. Os dados do levantamento nacional foram recolhidos por uma pesquisa online, respondida por cerca de 400 adolescentes de diversos estados. O grupo que apresentou mais acesso à internet ficou na faixa etária de 15 a 17 anos, registrando um aumento de 33,7 para 62,9 entre 2005 e 2008. Para o delegado da DRCE, Rafael da Rocha Corrêa, a facilidade de acessar a internet junto com a falta de informação contribuem para o aumento de crimes online contra meninas. Em muitos casos, os criminosos instalam programas para controlar a webcam, saber o que elas estão digitando ou capturar senhas para se apoderar dos perfis.

[A Gazeta (ES) – 24/09/2010]

Cai o número de mães precoces no Brasil


Índice de gravidez na adolescência caiu principalmente na região sul. No norte, taxa não aumentou, mas se manteve estável.

Em 26 de setembro, Dia Mundial de Prevenção da Gravidez na Adolescência, o Brasil poderá comemorar um dado importante: o número de mães adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, diminuiu 1,3%, entre 1998 e 2008. A informação foi divulgada na semana passada pelo estudo Síntese dos Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior redução foi registrada na Região Sul. O porcentual de 8,5%, que ficava acima da média brasileira, despencou para 4%. Já no Norte do país, o índice de 10% manteve-se estável. Os dados corroboram com o levantamento do Ministério da Saúde que detectou que o número de partos na adolescência caiu nos último cinco anos. A maior queda ocorreu no ano passado, quando foram realizados 444.056 partos em todo o País, 8,9% a menos que em 2008. Ao longo da década, a redução total foi de 34,6%.

[Gazeta do Povo (PR) – 24/09/2010]

Navegando e naufragando


As informações online estão afastando os jovens da leitura de livros e enciclopédias. Qualidade das pesquisas virtuais preocupa

Com o advento e o rápido crescimento da internet, muitos alunos perderam o costume de manusear enciclopédias e livros. Por outro lado, esses jovens sentem dificuldade para encontrar informações de qualidade nas pesquisas que realizam na internet. Para o presidente da Encyclopaedia Britannica, Jorge Cauz, não é preciso evitar web, mas é necessário mostrar ao estudante a diferença entre o material impresso e o que está disponível na rede. Diferente da Enciclopédia Barsa, a Britannica concentra 95% das vendas no meio digital. O professor aposentado da Faculdade de Educação da USP, Antônio Joaquim Severino, defende que o manuseio dos livros continua sendo uma via pedagógica insubstituível e que o recurso às fontes eletrônicas é enriquecedor, mas deve ser apenas complementar. Nesse caso, é papel da escola orientar os alunos sobre os métodos de pesquisa na internet.

[Folha de S. Paulo (SP), Fabiana Rewald e Luciano Bottini Filho – 20/09/2010]

Castigo tem que ser educativo


Especialista afirma que transgredir regras é natural dos seres humanos. Mas as punições aplicadas nas crianças devem levar ao aprendizado

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, a psicóloga e autora do livro Como Educar Meu Filho?, Rosely Sayão, refletiu sobre os castigos e punições aplicados nas crianças. Ela afirma que os pais, muitas vezes incentivados por programas de televisão, estão aplicando punições com maior generosidade. Em sua análise, Roseli Sayão ressalta que onde há regras e leis sempre haverá transgressão, seja no mundo infantojuvenil ou não. Entretanto, segunda ela, o mérito do castigo dado a uma criança ou adolescente deve ser diferente do aplicado ao adulto, já que meninos e meninas ainda estão em processo de formação e educação. É preciso, primeiro, aprender os sentidos de fazer parte de um grupo para entender os ônus e os bônus da vida em sociedade. A solução, segundo a psicóloga, é visar nos castigos não apenas o sofrimento provocado pela punição, mas sim o aprendizado e o grau de gravidade do ato cometido, tanto quanto os valores e as condutas morais. Somente o castigo físico, finaliza a especialista, irá condicionar a criança a determinados comportamentos ou provocar sua ira e revolta.

[Folha de S. Paulo (SP), Rosely Sayão – 14/09/2010]

Preconceito é comum nas escolas


Crianças que não se enquadram no tipo ideal de beleza sofrem com discriminações. Escolas se omitem frente ao problema, afirma psicóloga

Em artigo publicado nesta terça-feira (7), no jornal Folha de S. Paulo, a psicóloga e autora do livro Como Educar Meu Filho?, Rosely Sayão, falou sobre a presença do preconceito e dos estereótipos no ambiente escolar. A especialista atenta que a escola permite uma ampla visão das diferenças de aparência entre as crianças, onde as mais visíveis, frente ao tipo ideal criado pela sociedade, sofrem com a discriminação. Rosely Sayão afirma que a escola tem sido um ambiente indiferente a essas questões e não desenvolve nenhum trabalho sistemático para coibir essa prática e educar as crianças a esse respeito. Por fim, a psicóloga defende que as instituições de ensino devem adotar, de fato, o conceito de educação para a cidadania. Com essa medida, as crianças que passarem por discriminação não sofrerão sozinhas e sem apoio. E as que cometem algum ato preconceituoso aprenderão o sentido do que fazem.

[Folha de S. Paulo (SP), Rosely Sayão – 07/09/2010]

Criança tem pai


Psicanalista avalia a importância da figura paterna no desenvolvimento das crianças

Em artigo publicado no jornal Zero Hora, a psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA), Luciane Falcão, falou sobre as crianças que não possuem o nome do pai no registro de nascimento. A profissional citou as inúmeras matérias sobre este assunto publicadas em jornais de todo o País nas últimas semanas. Segundo ela, usar o termo crianças sem pai não é correto, já que no mundo psíquico dos meninos e meninas, a figura paterna sempre existirá, mesmo que a mãe tenha usado um banco de esperma ou negue ao filho o direito de conhecer seu genitor. Para a psicanalista, a presença do pai é fundamental no mundo contemporâneo, pois estrutura a vida psíquica da criança e oferece alicerces no seu desenvolvimento. No artigo, Luciane Falcão questiona os motivos que levam uma mãe a negar ao filho o direito de conhecer o pai. Ela admite que a lista pode ser grande e marcante e que uma situação de ausência da figura paterna revela outros aspectos do ser humano que devem ser levados em consideração.

[Zero Hora (RS), Luciane Falcão – 06/09/2010]

Lula critica a programação da TV


Presidente afirma que existem poucos programas educativos e muito apelo ao sexo. Para ele, é preciso cuidar da reestruturação familiar do povo brasileiro

Ontem (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma série de eventos em Foz do Iguaçu (PR). Evitando falar de política, ele aproveitou encontro com conselheiros tutelares para discutir o acolhimento familiar de crianças e adolescentes. Segundo o presidente, a desestruturação familiar é um dos principais problemas do País e não é totalmente explicado pela pobreza. A falta de diálogo entre pais e filhos, segundo Lula, é um dos principais fatores. Por isso, para ele, os governantes devem priorizar a família antes de adotar medidas voltadas à criança. O presidente criticou também a programação televisiva, dizendo que nem em sua mão de apenas quatro dedos conseguiria contar os programas educativos. Segundo ele, o sexo é apresentado desde o início da manhã. Por fim, Lula criticou a atitude de alguns pais que possuem comportamento omisso em relação ao que os filhos assistem na TV.

[O Globo (RJ), Flávio Freire; Folha de Londrina – 03/09/2010]

Sexualidade online precisa ser debatida


Diálogo entre pais e filhos é a melhor solução para evitar que jovens abusem da exposição do corpo na internet

Especialistas reafirmam que a receita para proteger os filhos dos abusos sexuais cometidos na internet é a aproximação e o diálogo. Segundo o psicólogo Alexandre Pill, a internet é o grande desafio dos pais, porque os jovens dominam a ferramenta e podem arranjar inúmeras maneiras de burlar o controle da família. Para evitar que problemas relacionados ao sexo na internet ocorram, como a exibição do corpo em sites de relacionamento, outra dica dos psicólogos é conversar abertamente sobre sexualidade sem discursos caretas. No âmbito da Justiça, o artigo 233 do Código Penal criminaliza qualquer ato obsceno exposto ao público. Nesses casos, a apuração fica a cargo da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A Lei nº 11.828 de 2008 alterou dois artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e incluiu a aquisição e a posse de pornografia infantil na lista das infrações passíveis de condenação. O problema, segundo o promotor Renato Barão Varalda, é que as investigações de crimes cibernéticos levam tempo, já que é necessária ordem judicial para se obter dados cadastrais.

[A Notícia (SC) – 03/09/2010]

Pais se omitem da sua responsabilidade


A transferência de responsabilidades para a escola, terapeutas e juízes está comprometendo a educação direta entre pais e filhos

Um fenômeno recente tem se repetido com frequência nas Varas de Família de todo o País: a busca da Justiça pelos pais, como forma de suprir a sua incapacidade de estabelecer limites e fazer seus filhos cumprirem regras. Não têm sido raras as audiências em que alguns pais, inseguros do seu papel, comparecem na companhia dos filhos e delegam ao julgador escolhas cotidianas, numa declarada manifestação de limitação do exercício da sua autoridade. É inegável que o ambiente contemporâneo – com divórcios em série, novos casamentos e uniões homoafetivas – alterará radicalmente o conceito dos núcleos familiares. Atualmente, as famílias são muito mais do que as pessoas que vivem no mesmo ambiente doméstico, ligadas por identidades biológicas e econômicas. O desafio, em meio a tantas mudanças de comportamento, é saber educar corretamente os filhos. A tentativa de transferência dessa tarefa, primeiro para a escola, depois para os terapeutas e agora para os juízes não parece ser o melhor caminho. Para a educação ser eficiente, a comunicação entre pais e filhos tem de ser clara e não se resume a uma mera troca de palavras, e sim, ao exemplo.

[O Estado de S. Paulo (SP), Andréa Pachá – 03/09/2010]

A obesidade que começa na escola


O consumo de produtos industrializados e com alto teor de açúcar nas cantinas escolares compromete a saúde das crianças

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pesquisa que revela que entre 2008 e 2009 as taxas de sobrepeso no País aumentaram, inclusive entre crianças e adolescentes. Outro dado é que o maior índice de obesidade infanto-juvenil está entre os alunos da rede privada de ensino, segundo avaliação da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE). O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse publicamente que a obesidade é um problema grave de saúde pública e que são necessários cuidados urgentes com a alimentação dos jovens dentro das escolas. Em 2004, o estado de Santa Catarina serviu de exemplo ao sancionar lei que proíbe a venda de doces, frituras, refrigerantes, biscoitos e sorvetes em cantinas de escolas públicas e privadas. Se nada for feito para sustar este avanço da obesidade, daqui a 10 anos, 2/3 da população brasileira estará obesa. Além de comprometer o desenvolvimento físico e psicológico das crianças, tal problema gera gastos para o Estado. Doenças decorrentes da obesidade, como diabetes, custam cerca de 1,5 bilhão de reais por ano aos cofres públicos.

[O Estado (CE) – 02/09/2010]

Internetês divide opiniões de pais e educadores


O uso da linguagem das redes sociais vem crescendo, mas traz preocupações quanto o desenvolvimento linguístico das crianças

A linguagem usada na internet, conhecida como internetês, é fonte de discussão entre pais de alunos. Entre os educadores, não há consenso sobre os possíveis danos que a prática possa trazer para a aprendizagem da língua portuguesa. Para a professora de Linguística, Maria Elias Soares, o papel dos pais ou professores preocupados com os riscos da linguagem usada na internet é propiciar, a crianças e adolescentes, múltiplos e diferenciados contextos de interação e não subestimar sua capacidade e competências comunicativas. Já a psicopedagoga, Marisa Pasquarelli Agrello, aponta riscos concretos do uso exagerado do internetês, sobretudo para estudantes de séries iniciais. O uso frequente de abreviações ou supressão de letras ou a utilização de línguas estrangeiras podem prejudicar o estágio inicial de aprendizagem da leitura e da escrita. Para a especialista, é necessário estimular nos jovens a linguagem formal e outros tipos de comunicação, não restritos ao mundo virtual, e que vá além das informações fragmentadas.

[Diário do Nordeste (CE), Mozarly Almeida – 30/08/2010]

Nota baixa pode ser reflexo de problemas pessoais


Artigo de psicanalista sugere que as escolas devem buscar entender a situação psicológica de alunos com baixo desempenho

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, a coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Psicanálise e Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ana Lydia Santiago, falou sobre os reflexos comportamentais de crianças e adolescentes no ambiente escolar. No texto, ela afirma que educadores tendem a atribuir notas baixas ao modo de vida da família. Os pais, por sua vez, impõem ao filho novas regras e privações. Para a coordenadora, o problema pode se explicar, na verdade, por meio da subjetividade que se reflete no desempenho escolar. Crianças e jovens demonstram mal-estar por meio do corpo e de atuações que vão da apatia à agitação. Esse comportamento pode expressar dificuldade ou sofrimento que o próprio sujeito desconhece, mas que precisam ser tratados. A indicação é buscar um especialista que possam considerar o não saber do estudante, que caracteriza o encontro com o outro sexo, e o novo da puberdade, que significa romper com o precedente de gerações passadas. Cada escola estabelece normas para conter e disciplinar. Os desafios são ler as respostas emitidas por esses jovens e refletir sobre como acolher o não saber e o novo, para que a solução não seja a exclusão do aluno.

[Folha de S. Paulo (SP), Ana Lydia Santiago – 29/08/2010]

Criar sem bater ou castigar? É possível!


Para especialistas, educar as crianças com medidas de reparação é mais eficaz que o uso de punição física

Dar ou não palmadas nos filhos como punição é tema discutido há muito tempo entre pais e educadores. No Brasil, o uso dos castigos corporais é uma questão cultural bastante usada. Mas, para alguns especialistas, a boa educação das crianças não precisa, inevitavelmente, de formas de punição. A coordenadora da campanha Não Bata, Eduque, Márcia Oliveira, garante que responsabilizar meninos e meninas por algo errado é diferente de puni-los. Para ela, corrigir um erro, obrigar a criança a pedir desculpas ou limpar uma sujeira que tenha feito são formas de reparação. Ao invés de castigos, Márcia Oliveira fala em limitações de privilégios, que, na prática, são medidas alternativas às palmadas e podem ensinar a criança a pensar nos prós e contras de obedecer ou transgredir os acordos. Outro fator importante, segundo ela, é sempre controlar a raiva no momento de educar o filho, já que a raiva é sinal de que pais e filhos não estão conseguindo entender o ponto de vista um do outro. A coordenadora lembra que o aprendizado mais importante acontece nas situações mais difíceis.

[Correio Braziliense (DF) – 29/08/2010]

Fumo passivo causa graves doenças


Crianças que convivem com o cigarro têm mais chances de desenvolver doenças respiratórias. Consumo também cresce entre jovens de 14 a 17 anos

Pneumologistas alertam que o fumo passivo em crianças pode causar problemas graves, até mesmo a morte súbita. A coordenadora de Tabagismo do Hospital do Servidor Público de São Paulo, Maria Vera Castellano, ressalta que crianças em idade pré-escolar que convivem com o cigarro têm mais chances de ter otite, problemas respiratórios e asma. Mas os danos começam até mesmo antes do bebê nascer. Segundo ela, metade das mortes prematuras é causada pelo fumo. Além de serem mais expostos à fumaça tóxica, filhos de pais tabagistas também têm mais chances de começarem a fumar. De acordo com o coordenador do Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Sérgio Ricardo Santos, mais de 45% de todos os adolescentes do mundo que fumam têm pelo menos um dos pais fumantes. Nos últimos anos, o início do consumo do tabaco tem crescido entre os jovens de 14 aos 17 anos. Por isso, a Organização Mundial da Saúde já considera o tabagismo uma doença pediátrica.

[Dia (RJ), Clarissa Mello – 29/08/2010]

Psicólogo é peça chave na educação


A presença desses profissionais na educação infantil ajuda na formação socioeducativa das crianças

O jornal O Estado do Maranhão publicou artigo sobre a importância desses profissionais no ambiente escolar da educação infantil. O texto coloca o psicólogo na função de mediador do conhecimento entre a escola e o mundo externo em que a criança está inserida. Ressalta que as crianças estão em processo de formação de personalidade e, por isso, é importante que intervenções psicossociais sejam desempenhadas visando o desenvolvimento integral desses meninos e meninas. O artigo destaca que alguns transtornos de personalidade e condutas inadequadas podem ter suas origens ainda na infância. O ideal é que se desenvolva um trabalho preventivo, pensando no presente e no futuro da criança. Por fim, o artigo enfatiza que as intervenções do psicólogo escolar, além de estarem voltadas para situações educativas, leva em consideração os aspectos orgânicos, emocionais, sociais e cognitivos, que interferem e repercutem de forma direta ou indireta no comportamento humano.

[O Estado do Maranhão (MA), Joquebede Dias dos Santos – 27/08/2010]

Professores não aplicam a educação social


Especialista diz que a indisciplina é mal controlada nas escolas pela falta de vínculos entre professores e alunos. Punição não é a melhor medida

O mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência pela Universidade Federal do Paraná, Caio Feijó, afirma que os professores não estão preparados para lidar com a indisciplina dos alunos. Para ele, a educação social é pouco difundida nas escolas e a falta dela, aliada a ausência dos pais, resulta em uma geração de jovens estudantes que não respeitam os professores e as regras das instituições onde estudam. Caio Feijó completa que o adolescente possui uma estrutura própria de comportamento confrontante com regras. Por isso, o controle da indisciplina mais eficaz ocorre quando o professor constrói vínculos com a turma, ao invés de agir com ameaças e punições.

[A Gazeta (ES), Frederico Goulart- 25/08/2010]

Os desafios da paternidade


Estudo mostra que a educação dos filhos está ligada ao histórico e à vivência familiar do pai

chegada do primeiro filho traz uma série de dúvidas para os homens, que muitas vezes se sentem perdidos sobre como devem exercer a paternidade e criar os filhos. Análise feita por um pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) indica que no momento da espera do nascimento do bebê, o que mais pesa é o tratamento que os pais receberam em casa quando ocupavam a posição de filhos. Um dos pontos avaliados pelo autor, Rubens Maciel, foi o senso de responsabilidade, considerado essencial para a educação de uma criança. Aqueles que não tiveram uma figura paterna forte e presente acabam ficando mais perdidos na hora de lidar com seus filhos. Por outro lado, o psicólogo clínico e escolar, Erich Botelho, garante que a relação com a figura paterna influencia todos os aspectos da vida, mas a definição de um bom pai não pode ser generalizada. Para o psicólogo, a maturidade de cada um, o desejo de ter filhos e os valores são tão importantes quanto o histórico familiar. O essencial, completa ele, é que a criança receba um modelo de afeto vindo de dentro de casa.

[Correio Braziliense (DF)– 24/08/2010]

Leitura que vem do berço


Pesquisas mostram que crianças que ouvem a leitura dos pais desde cedo desenvolvem melhor sua capacidade de aprendizado

Especialistas americanos dizem que o hábito de ler para crianças desde cedo aumenta o aprendizado. A recomendação é que a leitura comece ainda quando o bebê está na barriga da mãe, após os 6 meses, e se estenda até a fase em que a criança consiga ler. Para eles, esta é a melhor forma de desenvolver a inteligência e a linguagem oral e escrita. Seria como um preparo para o momento da alfabetização. Segundo estudos divulgados, crianças que começaram a ouvir as leituras familiares aos três anos de idade, ao entrar na escola, apresentam um vocabulário 300% maior dos que aqueles que não tiveram contato com os livros. Os Estados Unidos desenvolvem um programa de estímulo à leitura para bebês e crianças, tendo distribuído 20 milhões de livros para pais em 21 anos de existência. Em Recife (PE), a Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pretende implantar em 2011 um projeto semelhante, com a integração de ações nas áreas de saúde, educação e assistência social. Em São Paulo, a ONG Instituto Alfa e Beto (IAB) criou uma biblioteca para bebês e o lançou uma cartilha com dicas das técnicas de leitura mais adequadas para cada fase.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 22/08/2010]

Jovens e crianças dormem mal


Dormir pouco virou rotina. A falta de sono provoca diversos problemas de saúde e de sociabilidade, entre eles a baixa no rendimento intelectual

Estudo realizado pelo Instituto Glia mostrou que crianças e adolescentes dormem menos que o recomendado. A pesquisa ouviu pais de quase seis mil jovens entre 4 e 19 anos, em 17 estados brasileiros. As causas da falta de sono não foram investigadas, mas especialistas são unânimes em apontar o mau hábito como culpado. Dados do Projeto Atenção Brasil revelaram que cerca de 30% das crianças não dormem o necessário para a idade. O problema piora na adolescência, quando ocorre um atraso natural no relógio biológico. A falta de sono diminui a imunidade, prejudica a memória, a capacidade de concentração e pode até deixar as crianças agitadas, levando a um quadro que pode ser confundido com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Quando a privação se torna crônica, podem ocorrer alterações no metabolismo e atraso no crescimento. Outro problema é a piora do desempenho escolar. A queda nas horas de sono costuma ser acompanhada pela queda no rendimento intelectual, alertam especialistas.

[O Estado de S. Paulo (SP); Folha de Londrina (PR) – 22/08/2010]

Anorexia cresce entre crianças


Pesquisas de vários países mostram que é cada vez mais frequente casos de anoréxicos com menos de 12 anos de idade

A anorexia, que antes era recorrente entre adolescentes e jovens, aparece cada vez mais entre crianças de todo o mundo. Levantamento da Agency for Healthcare Research and Quality (EUA) mostrou que o número de meninos e meninas anoréxicas que chegam aos hospitais americanos cresceu 119% entre 1999 e 2006. Estudo do Departamento de Saúde da Inglaterra mostra um salto de 10% entre 2004 e 2008. Na Austrália, a Universidade de Sydney detectou o crescimento de novos doentes em 50% no último ano. Mas, apesar dessas estatísticas, não existem números globais sobre a anorexia infantil e muitos médicos acreditam que esses casos sempre existiram, mas só agora estão sendo percebidos graças ao refinamento do diagnóstico. A anorexia é a doença psiquiátrica que mais mata no mundo e nas crianças os reflexos são ainda piores, já que na fase de crescimento é preciso acumular certa quantidade de calorias e peso. Especialistas afirmam que as causas da anorexia infantil vêm da própria família e de influências externas, como famosos que cultuam a magreza.

[Revista Época, Aline Ribeiro – 22/08/2010]

Sites levam mundo jurídico a jovens


Órgãos públicos lançam páginas na internet com didática e conteúdo exclusivos para crianças e adolescentes

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lançou na última quarta-feira (18) um canal de comunicação com crianças e adolescentes. Trata-se do site STJunior (www.stjunior.stj.jus.br). O objetivo é apresentar o mundo do Direito ao público infanto-juvenil. Para isso, seis personagens virtuais com nomes inspirados no universo jurídico, como Mutatis e Toguinha, explicam temas como a estrutura do Judiciário e a complicada linguagem jurídica por meio de animações e jogos. Além do STJ, outros órgãos públicos adotaram páginas na internet exclusivas para crianças e adolescentes. O Ministério Público Federal (MPF), por exemplo, tem o Turminha do MPF (www.turminha.mpf.gov.br), que nesta época do ano dedica parte de seu espaço para esclarecer o processo eleitoral. Outro site do gênero, mantido pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), é o projeto Justiça e Cidadania Também se Aprendem na Escola (www.amb.com.br/cej).

[Gazeta do Povo (PR) – 20/08/2010]

Livro distribuído pelo MEC causa polêmica


Obra de contos aborda a violência e a sexualidade com frases de impacto. MEC afirma que o conteúdo não vai além do que é mostrado nos jornais

Frases impactantes em um livro distribuído para alunos de cerca de 17 mil escolas de ensino médio de todo o País estão causando polêmica. Ao todo, 11.093 exemplares do livro de contos Teresa, que esperava as uvas, foram distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC). No texto, há relatos de um sequestro de casal, o estupro de uma mulher e o assassinato de um rapaz. Algumas das frases do livro, relacionadas à sexualidade e violência, chamam a atenção dos leitores. O MEC disse, em nota, que a obra, escrita por Monique Revillion, foi avaliada e selecionada pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola para compor o acervo das instituições de ensino. O Ministério afirmou ainda que a violência da narrativa do conto não apresenta nada além do que é veiculado nos jornais. Ainda segundo a nota, a obra recebeu cinco premiações desde 2001.

[A Gazeta (ES) – 13/08/2010]

Cuidados ainda na infância


Inflamações ginecológicas em meninas podem acontecer desde cedo. Para especialistas, a orientação materna é o mais importante para prevenir o problema

Médicos alertam que os problemas ginecológicos infantis existem e devem ser tratados desde cedo. Processos inflamatórios no órgão genital de meninas podem evoluir, caso os pais não deem a devida atenção. Um dos motivos causadores do problema é a má higienização da genitália. É comum, também, as meninas prenderem o xixi por não quererem ir ao banheiro, o que gera inflamações decorrentes do ácido presente na urina. O ginecologista infanto-juvenil, José Domingues Júnior, afirma que muitas mães acham que as filhas com mais de 3 anos e idade já sabem se higienizar sozinhas. Ele alerta que a orientação materna é fundamental e que é importante demonstrar a maneira correta de fazer a higiene. O tratamento para problemas ginecológicos em crianças é simples, feito à base de banhos de assento e pomadas específicas.

[Diário de Pernambuco (PE) – 12/08/2010]

Puberdade é precoce entre as meninas


Estudos realizados nos Estados Unidos e também no Paraná revelam que distúrbio é cada vez mais frequente

Pesquisa divulgada ontem (09) pelo Centro Médico do Hospital das Crianças, em Ohio (EUA), mostra que meninas de 7 e 8 anos de idade já estão começando a desenvolver seios. O estudo, feito com 1,2 mil crianças entre 6 e 8 anos, mostrou que as meninas negras são as mais propensas a se desenvolver precocemente. Aos 7 anos, 23,4% delas apresentavam algum sinal de puberdade. Aos 8, o número subia para 42,9%. A pesquisa também revelou que, aos 7 anos, 10,4% das meninas brancas e 14,9% das hispânicas apresentavam algum sinal de puberdade. Aos 8, os índices sobem e ficam em 18,3% e 30,9%, respectivamente. Segundo o médico e co-autor do estudo, Frank M. Birô, meninas acima do peso são mais vulneráveis ao distúrbio, uma vez que a gordura aumenta a produção dos hormônios sexuais em crianças. Outro estudo feito no Paraná de 2006 a março deste ano, pelo endocrinologista Mauro Scharf, revelou que de 526 meninas analisadas, 89,16% tinham puberdade precoce.

[O Dia (RJ), Clarissa Mello; O Globo (RJ) – 10/08/2010]

Comer mais não é comer melhor


Pesquisa mostra que crianças europeias têm mais bactérias que causam problemas de saúde do que as africanas

Estudo realizado com crianças europeias e africanas mostra que diferenças nas suas dietas são acompanhadas por diferenças na composição de suas floras intestinais. A pesquisa, publicada na revista americana PNAS, avaliou fezes de meninos e meninas de Florença, na Itália, e da vila de Boulpon, na África Ocidental. Dados do estudo comprovam que a dieta industrializada em Florença, assim como nas diversas sociedades modernas, é rica em calorias e pobre em fibras. Na vila africana, que possui um modo de vida tradicional, ocorre exatamente o inverso. Esses resultados apontam que as crianças europeias têm maior disposição à obesidade, enquanto as africanas possuem uma maior biodiversidade e menor quantidade de bactérias potencialmente tóxicas. No período de amamentação, os bebês de ambos os continentes possuíam a mesma composição intestinal, o que comprova, de acordo com o estudo, que a diferença no organismo está relacionada aos hábitos alimentares de cada país.

[Folha de S. Paulo (SP); O Tempo (MG) – 06/08/2010]

Exame de vista deve ser realizado aos três anos


Pais não costumam levar seus filhos aos consultórios com a antecedência necessária, o que resulta em prejuízos para a saúde ocular das crianças.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) estima que, em todo o País, entre 5% a 10% das crianças na faixa etária pré-escolar e de 20% a 30% das crianças inseridas nas séries do ensino fundamental apresentem algum tipo de deficiência visual. Apesar disto, de acordo com o representante da SBO na Paraíba, o oftalmologista George Luiz Soares, os pais não costumam levar seus filhos aos consultórios com a antecedência necessária, o que resulta em prejuízos para a saúde ocular das crianças. De acordo com ele, o ideal seria que a primeira consulta de vista ocorresse por volta dos três anos, idade em que o diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar maiores complicações.

[Jornal da Paraíba (PB) – 05/08/2010]

Crise no casamento e na escola


Risco de baixo desempenho escolar é maior entre filhos de pais separados, mas pode ser evitado, mostra estudo.

Pesquisa feita pelo Instituto Glia com 5.961 crianças e adolescentes de diversos pontos do País constatou que meninos e meninas com pais separados têm um risco 46% maior de ter baixo desempenho escolar. O principal objetivo do estudo, que também mediu fatores de risco para baixa saúde mental, é justamente alertar pais e educadores para que estes problemas sejam evitados. Para tanto, os resultados da pesquisa foram editados em formato de cartilha, com recomendações de precaução contra baixo desempenho escolar e distúrbios mentais. Os dados completos serão apresentados no Congresso Aprender Criança, que começa na sexta (06), em Ribeirão Preto (SP).

[Folha de S. Paulo (SP), Fabiana Rewald – 02/08/2010]

O preço de uma educação exemplar


Última etapa de exame nacional aponta no topo da lista escolas particulares cujas mensalidades ultrapassam R$ 1 mil. Categoria defende que qualidade custa caro.

Diz o ditado que dinheiro não compra felicidade. Mas, se os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) servirem como um termômetro do desempenho dos alunos nos exames de conclusão dessa etapa, pode-se dizer que dinheiro é o caminho para uma educação de qualidade. Afinal, das 15 escolas particulares que obtiveram desempenho de maior destaque, apenas seis cobram menos de R$ 1 mil mensais de seus alunos. Segundo a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), Amábile Pacios, educação de qualidade custa caro. O processo de educar envolve bons profissionais, ambiente adequado, funcionários capacitados, acesso à internet, atividades complementares, bom nível sociocultural das famílias e até mesmo uma boa alimentação.

[Correio Braziliense (DF), Mariana Moreira – 23/07/2010]

Potencial de crianças com altas capacidades não é aproveitado


Alunos com altas habilidades nem sempre são identificados e na maioria das vezes não recebem tratamento especial, conforme determina a lei.

Apresentar habilidade acima da média em determinada área do conhecimento, alto nível de criatividade e dedicar muito tempo a certa atividade. Estas são as principais características de uma criança que tem altas habilidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 2,5 milhões de alunos no Brasil têm essas características. E a legislação determina que eles devem receber tratamento especial. Para tanto, em 2005, a Secretaria de Educação Especial (Seesp) implantou o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) em todos os estados brasileiros. Porém, a maioria dessas crianças, por diversos motivos, não recebe atendimento diferenciado. E, sem atenção especial, o potencial deles é desperdiçado. Segundo a presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (Combrasd), existem poucas salas do NAAHS e a demanda é grande.

[Folha de Londrina (PR) – 20/07/2010]

Pesquisa revela que jovens desconhecem efeitos de drogas


Após explanação sobre o tema, 98% dos meninos e meninas admitiram não saber das consequências do consumo de drogas

O Comando de Policiamento da Capital (CPC) do Rio Grande do Sul divulgou ontem (29) uma pesquisa realizada em 12 escolas particulares e públicas de Porto Alegre (RS). De acordo com o estudo, apenas 2% dos 1,8 mil estudantes afirmaram conhecer a ação das drogas no organismo. Ao serem questionados se tinham conhecimento suficiente sobre cocaína, crack e maconha, 53% dos jovens afirmaram que sim. Mas, depois de explanação feita por policiais da Brigada Militar, quase a totalidade (98%) admitiu que não. “Os jovens acham que sabem, mas, na realidade, não sabem”, afirmou o neuropsicólogo e psicanalista do CPC, major Alexandre Thoma. Entre os estudantes, 42% afirmaram que os pais não têm o hábito de tratar do assunto de forma sistemática, sendo que a grande maioria (46%) aprende sobre as drogas com amigos. Ainda assim, 51% deles disseram que os responsáveis pela educação sobre esta temática deveriam ser os pais.

[Correio Braziliense (DF) – 30/06/2010]

Copa do Mundo também é cultura para pequenos


Enfeitar a casa e ouvir músicas de campeonatos históricos pode estimular a criançada

A Copa do Mundo contagia e influencia a vida de todo mundo, até a dos pequenos. E para as crianças não ficarem de fora desta grande festa e torcerem, os pais deixam a galerinha no clima do torneio com adesivos, apitos, bonés, roupas, pantufas, entre outros apetrechos com as cores da Seleção. Já que ninguém desgruda os olhos das partidas, os pais podem aproveitar a oportunidade para ensinar aos filhos algo mais do que as regras do futebol. Mostrar imagens da África, ouvir músicas que marcaram os outros campeonatos e até enfeitar a casa com as cores da Seleção Canarinho podem estimular a criançada. Com isso, a garotada torce, se diverte e aprende ao mesmo tempo.

[A Gazeta (ES) – 24/06/2010]

Brasil na guerra contra o crack


Governo aposta em jovens em conflito com a lei para combater o problema

O Brasil pretende investir pesado no combate ao crack. Na abertura da 12ª Semana Nacional Sobre Drogas, ontem (21), em Brasília (DF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a integração de ações do governo para tentar resolver o problema. A ideia é atrair os jovens que cumprem medidas socioeducativas, as maiores vítimas da droga, e alertar a sociedade por meio de parcerias com estes jovens. Os juizados especiais criminais também estão na mira do governo. De acordo com a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, o governo vai apoiar o Judiciário no cumprimento de medidas socioeducativas previstas na Lei de Drogas e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O apoio se dará com cursos de capacitação para os profissionais que trabalham na área, e serão realizados em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Também serão realizados seminários regionais.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 22/06/2010]

Pornografia infantil na Internet lidera denúncias


Pais devem controlar acesso dos filhos à rede, o que pode ser feito por programas que existem no próprio ambiente virtual

Referência nacional ao combate de crimes virtuais, o site www.safernet.org.br realiza levantamentos mensais sobre os atos ilícitos praticados na internet no Brasil. Somente em maio deste ano, 1.208 ocorrências de apologia e incitação a crimes contra a vida foram registrados no País. Porém, o tipo de conteúdo campeão em denúncias foi o de pornografia infantil: foram 1.555 casos, todos envolvendo o site de relacionamentos da Google, o Orkut. O delegado da Divisão de Análise do Departamento de Segurança Pública da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, recomenda aos pais que controlem o acesso dos filhos à internet. Segundo ele, isso pode ser feito por programas que existem na própria rede.

[Correio do Povo (RS), Mirella Poyastro e Paulo Roberto Tavares – 22/06/2010]

Pais precisam se preparar para educar na era virtual


A interatividade oferecida pelo ambiente virtual expõe meninos e meninas aos mesmos riscos da rua

Advogada especialista em Direito Digital e Criminal, Gisele Truzzi, alerta: os pais não sabem o que seus filhos estão fazendo online e podem ser responsabilizados, inclusive criminalmente, pelas infrações digitais de seus filhos. Segundo ela, a interatividade oferecida pelo ambiente virtual expõe aos mesmos riscos da rua. Na internet, pode-se ser vítima de roubos, calúnias, pedofilia, entre muitos outros crimes. Para a advogada, os pais precisam conversar sobre o assunto, deixar claro o que pode ou não fazer online e falar das consequências de, por exemplo, publicar fotos íntimas ou dar detalhes da rotina na internet. Gisele explica que os pais ou tendem a achar que tecnologia é coisa de jovem, e, de forma geral, não estão preparados para ela. Por isto, os pais têm que se preparar para educar seus filhos também para a vida digital.

[A Gazeta (ES), Elaine Vieira – 17/06/2010]

Apoio da família é importante no desempenho escolar


Em pesquisa feita com professores, 97% apontaram a pequena assistência dos pais como fator decisivo no baixo desempenho escolar

Os profissionais de educação que trabalham em escolas localizadas nas áreas vulneráveis no Rio de Janeiro enfrentam um desafio: para conseguir melhorar o desempenho dos alunos, tem que educar as famílias deles também. Com isto em mente, a Secretaria Municipal de Educação adotou o envolvimento dos pais como uma das prioridades do projeto Escolas do Amanhã. Para estimular a participação dos pais, a prefeitura criou uma cartilha, enviada a todas as famílias, com dicas de como colaborar com o aprendizado dos filhos. Segundo a subsecretária municipal de Ensino, Helena Bomeny, os melhores alunos são aqueles cujos familiares estão presentes. Numa pesquisa feita no ano passado pela prefeitura, com três mil professores, 97% apontaram a pequena assistência dos pais como fator decisivo no baixo desempenho escolar.

[O Globo (RJ) Ruben Berta – 09/06/2010]

Sem habilidade com números


Grupo de pesquisadores está estudando crianças e adolescentes com síndrome que gera transtorno na aprendizagem de números

Crianças e jovens com notas baixas em matemática e dificuldades persistentes merecem atenção dos pais e alerta na escola. O problema pode não ser apenas o desafio em assimilar a matéria. Eles podem sofrer de discalculia, um transtorno crônico na aprendizagem da disciplina. A doença ainda não foi completamente desvendada pelos cientistas, mas a estimativa é de que, por causa dela, 6% da população não tenha habilidade com os números. Em Minas Gerais, um grupo de pesquisadores está colhendo mais informações e traçando um perfil de crianças e adolescentes portadores da síndrome. Segundo o coordenador do Laboratório de Neuropsicologia, o médico Vitor Haase, além de médias insuficientes, uma defasagem de pelo menos dois anos no nível de desempenho em relação à série no qual o estudante se encontra é um forte indício do problema.

[Estado de Minas (MG) – 08/06/2010]

Votar se aprende na escola


Pode parecer brincadeira, mas os alunos se envolvem e participam de maneira consciente, afirma especialista

É na escola que desde pequenos eles fazem escolhas: votam no representante de turma, elegem os representantes do grêmio estudantil e, com o passar dos anos, podem até ajudar a escolher quem vai dirigir o local onde estudam. E as ações que envolvem o voto nem sempre estão restritas aos estudantes. Em alguns casos, principalmente nas escolas públicas, pais, professores e alunos se organizam para escolher até mesmo o diretor da escola. De acordo com a gestora da educação e ensino fundamental do Colégio Opet, em Curitiba (PR), Sônia Sillas, é na escola que as pessoas aprendem a votar. Ela afirma que pode parecer brincadeira, mas os alunos se envolvem e participam de maneira consciente. E os menores contam com o auxílio dos pais e professores. Assim, segundo ela, lá na frente eles estarão mais preparados para fazer suas escolhas.

[Gazeta do Povo (PR) – 08/05/2010]

A ordem é se mexer


A atividade física é fundamental para o bom desenvolvimento motor das crianças, além de estimular o apetite

Professores de educação física e pediatras são unânimes: as crianças podem e devem ser estimuladas a exercitar o corpo desde cedo. Pular, saltar, correr e rolar são atividades fundamentais para o bom desenvolvimento motor dos pequenos e podem ser trabalhadas em diversas modalidades, como judô, balé, futebol, ginástica de solo ou rítmica, natação e muitas outras. A partir dos 6 meses, o contato com a piscina já traz benefícios para os bebês. Além de melhorar a coordenação motora, proporciona noções de espaço e tempo, estimula o apetite, aumenta a resistência cardiomuscular, promove um sono tranquilo e previne doenças respiratórias. Mas o esporte deve sempre respeitar as fases de crescimento das crianças.

[Correio Braziliense (DF), Márcia Néri – 30/05/2010]

Amigos imaginários ajudam a crescer


Até os 7 anos, 30% das crianças criam coleguinhas imaginários. Bem administrada pelos pais, a prática pode auxiliar a desenvolver a criatividade

Estatística informada pelo psiquiatra Marcelino Bandim, especialista em infância e adolescência, revela que cerca de 30% das crianças de até 7 anos possuem companheiros invisíveis. Segundo Marcelino, os amigos imaginários fazem parte do desenvolvimento infantil e são importantes para a capacidade imaginativa. Os pais só devem se preocupar quando os filhos abrem mão da vida social para se isolar e apenas brincar com personagens do universo da fantasia. Segundo ele, são necessários mais estudos para mostrar por que algumas crianças cultivam coleguinhas de mentirinha e outras não. “Quem tem amigo desse tipo geralmente é falante, tem aguçada a habilidade para escrita e leitura, além de apresentar a capacidade criativa fértil”, diz o psiquiatra.

[Jornal do Commercio (PE), Cinthya Leite – 30/05/2010]

O resgate do prazer da leitura


Educadores ensinam como estimular crianças a trocarem diversões cibernéticas por livros

A leitura é um estímulo para a criatividade e um meio de conhecer lugares e culturas. Mas, em meio a computadores, televisão e brincadeiras, nem todas as crianças têm vontade de ler livros. Cabe, então, aos pais e educadores encontrar meios de incentivar seus filhos e alunos a consumirem produtos literários. Para Lucilia Soares, da Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil, a solução é simples: se estimula a leitura lendo com as crianças, para elas, e propiciando o acesso delas ao livro. E para transformar a leitura em prática cotidiana, não adianta deixar toda a responsabilidade sobre a escola. Os pais também têm de dar exemplo, lendo, e colocando os filhos em contato com os livros.

[Jornal do Brasil (RJ), Carolina Monteiro – 31/05/2010]

Dez anos para adequação


Dados do Censo Escolar 2009 revelam que a maioria das escolas públicas da educação básica do País não tem bibliotecas

De acordo com o Censo Escolar 2009, das 152.251 escolas brasileiras de ensino fundamental, apenas 52.355 têm bibliotecas. Isso significa que outras 99,8 mil ainda não contam com um espaço de leitura. Nas unidades de ensino médio, das 25.923 escolas existentes, pouco mais da metade, 18.751, tem biblioteca. Apesar dos números preocupantes, o diretor de políticas de formação da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Soares, informou que as exigências da Lei 12.244/2010, que obriga todas as escolas a ter uma biblioteca com o acervo de pelo menos um livro por aluno, podem ser cumpridas sem dificuldades por prefeitos e governadores, já que o prazo dado para a adequação das redes é de dez anos.

[Diário de Pernambuco (PE) – 30/05/2010]

Criança a ser adotada não é mercadoria, diz Justiça


Escolha por idade e cor explica por que ainda há 4.840 crianças para serem adotadas e sobram 27.342 candidatos habilitados

No Dia Nacional da Adoção, celebrado hoje (25), juízes, promotores e defensores dos direitos da infância e da juventude levantam um impasse: como fazer com que as adoções atendam aos interesses das crianças e não das pessoas que querem adotar. A defensora pública Simone Souza afirma que o maior desafio é mudar a cultura em que as pessoas acham que podem escolher crianças como se tivessem escolhendo mercadorias, pela raça, idade, tamanho e cor. Segundo ela, essa inversão de objetivo faz com que o número de crianças disponíveis seja muito menor que o de adotantes. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há 4.840 crianças para serem adotadas e 27.342 pessoas habilitadas para adotar no País.

[O Estado de S. Paulo (SP), Gabriela Moreira – 25/05/2010]

Crianças aprendem sobre sustentabilidade


O que os alunos absorvem na escola levam para os pais em uma inversão de papéis muito saudável para o futuro do planeta

Discussões sobre desenvolvimento sustentável ganharam importância nos currículos escolares e os professores pensam em novas maneiras de tratar o tema nas aulas e em atividades extracurriculares. E o que os alunos absorvem na escola levam para os pais, que acabam aprendendo com eles, em uma inversão de papéis muito saudável para o futuro do planeta. Isso porque as crianças têm mais facilidade para entender esses conceitos, que vão muito além de uma simples mudança comportamental. De acordo com especialistas, o ensino da sustentabilidade deve ser baseado em dois pilares: a informação e a prática. A criança deve colocar a mão na massa sabendo os motivos do que está realizando e compreender os limites dos recursos naturais utilizados pelo homem. Também deve ter noções de como conciliar as necessidades de todos, de forma a construir um novo contrato social, diz o coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Celso Schenkel.

[Gazeta do Povo (PR) – 19/05/2010]

Animais ajudam na recuperação de pacientes


As crianças também são grandes beneficiadas com a presença dos bichinhos

De acordo com estudo realizado pela Universidade de Loyola, em Chicago (EUA), a presença de animais contribui para a recuperação de pacientes. As pesquisas mostram que acariciar um cachorro pode diminuir em 50% o uso de analgésicos nos tratamentos. As crianças também são grandes beneficiadas com a presença dos bichinhos, pois desenvolvem melhor exercício motor e desde cedo entendem o que é o companheirismo. O bebê exercita a coordenação motora fina ao ter de controlar sua força para brincar com um cachorro, gato ou coelho. Pratica também a marcha ao engatinhar, ou tentar andar atrás do animal. Segundo a veterinária e tutora do Portal Educação, Danielle Pereira, é aconselhável que a criança cresça compartilhando seu espaço com alguma criação.

[Diário do M. Grosso do Sul (MS) – 19/05/2010]

Riscos do adeus precoce à infância


A tendência de amadurecimento precoce é global, afirmam especialistas

Pesquisa realizada no Paraná entre o período de 2006 a março deste ano, pela rede de medicina diagnóstica Dasa, confirma a conclusão: as crianças estão amadurecendo cada dia mais cedo. No estudo, das 526 crianças analisadas, 89,16% apresentavam sinais de antecipação da maturidade. O endocrinologista Paulo Solberg, da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que a puberdade é precoce quando os sinais aparecem em meninas antes dos 8 anos de idade e, em meninos, antes dos 9. Segundo ele, o ideal é que a criança seja avaliada logo que começar o desenvolvimento puberal, para que o médico possa analisar se é necessário interromper esse processo. O médico ressalta que, em alguns casos, a puberdade precoce está ligada a doenças, e também pode estar ligado à obesidade.

[O Dia (RJ) – 18/05/2010]

ES: Só 10% dos casos de abusos são investigados


Razão está no fato de os principais agressores serem os pais, o que dificulta as denúncias

Cerca de 90% dos casos de violência relacionados à exploração sexual contra crianças e adolescentes não chegam ao conhecimento dos órgãos responsáveis. A prática velada faz com que apenas um em cada 10 casos seja denunciado a conselhos tutelares e a programas de assistência social. A informação é da Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo (Setades). De acordo com a subsecretária Mirian Dantas, a razão está no fato de os principais agressores serem os próprios pais. Mirian acredita que, por conta disso, o caminho mais importante é fortalecer a relação familiar e incentivar quem está próximo a denunciar. Ainda de acordo com a Setades, 80% dos abusados são meninas. A maioria das vítimas tem entre 8 e 13 anos; e 70% dos abusadores são pais, padrastos ou avôs.

[A Gazeta (ES) Frederico Goulart – 18/05/2010]

Desafios no combate à pornografia infantil


Falta de leis específicas ainda é um dos principais problemas

A falta de leis penais específicas para a criminalização da pornografia infantil na internet é um dos principais empecilhos para o combate a esse tipo de crime. A constatação é de dois especialistas que participaram na semana passada de um ciclo de debates sobre o tema, realizado na capital paulista. Segundo a coordenadora da Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet, Roseana Miranda, os juízes ficam no embate com a falta de uma legislação específica para a punibilidade dos crimes na rede. Segundo ela, mesmo com as recentes mudanças no Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA), com a introdução de artigos que tratam especificamente da pornografia infantil na rede de computadores, o combate ao crime continua a ser problemático.

[Jornal do Brasil (RJ); O Imparcial (MA); Diário de Natal (RN) – 06/05/2010]

Dependência do computador afasta crianças do mundo real


O comportamento pode estar associado à depressão e ansiedade e pode ser tratado com terapia e medicamentos

Estudos apontam que entre 5% e 8% dos usuários tendem a desenvolver dependência do computador. Pensando nisso, a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro montou o primeiro serviço do País especialmente voltado a crianças e adolescentes viciados em jogos e internet. O serviço já atraiu 50 interessados em apenas um mês. O comportamento pode estar associado à depressão e ansiedade e pode ser tratado com terapia e medicamentos. Quando se trata de crianças e adolescentes, algumas formas de prevenção são: não deixar a máquina no quarto e sim numa área de uso comum da casa, oferecer jogos reais, e não virtuais, além de atividades de lazer fora de casa, como passeios ao ar livre e idas ao cinema.

[O Estado de S. Paulo (SP), Roberta Pennafort – 10/05/2010]

Jogos eletrônicos contribuem no aprendizado


Negar à criança o acesso a tais produtos pode até ser negativo, afirmam especialistas

Os jogos eletrônicos figuram no rol das brincadeiras preferidas das crianças. Para muitos pais, deveriam ser abolidos a todo custo. Especialistas, entretanto, discordam de tal visão apocalíptica. Para muitos, é possível enxergar pontos positivos na cultura digital. O termo inglês edutainment explica justamente a mistura de educação (education) e diversão (entertainment). Na opinião da professora Tizuko Morchida, da Universidade de São Paulo, cada brincadeira tem o papel de desenvolver uma habilidade na criança – inclusive os jogos eletrônicos. Segundo a especialista, negar à criança o acesso a tais produtos pode até ser negativo. Mas uma recomendação aos responsáveis é acompanhar e limitar os horários permitidos para utilização de tais formas de brincar.

[A Tarde (BA) – 07/05/2010]

Responsabilidade da escola na proteção de crianças


Está na lei: o professor tem a responsabilidade de comunicar às autoridades competentes qualquer caso suspeito de violência

O Governo Federal desenvolve, desde 2004, o Projeto Escola que Protege (EqP) por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC). O objetivo é combater as diferentes formas de discriminação vivenciadas no ambiente da escola, como a étnico-racial, de gênero e de orientação sexual. O trabalho de qualificação de professores é realizado por universidades selecionadas pelo MEC. E está na lei: o professor e demais profissionais das redes públicas e particulares de ensino têm a responsabilidade de comunicar às autoridades competentes qualquer caso suspeito de violência ou maus-tratos contra estudantes com menos de 18 anos. Mas, para exercer de forma eficaz este papel de vigilância, o corpo docente precisa estar capacitado para reconhecer os sinais de que a criança está sendo vítima de violência. Na prática, no entanto, não é isso o que se verifica na maioria das escolas brasileiras.

[Jornal de Brasília (DF), De Olho no ECA – 02/05/2010]

MEC e Fiocruz criam curso de combate à violência


Curso de atualização destinado a professores da rede pública visa o enfrentamento da violência e defesa dos direitos na escola

A questão da violência nas escolas é tão preocupante que o Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves), da Fundação Oswaldo Cruz, criou um curso de atualização destinado a professores da rede pública para o enfrentamento da violência e defesa dos direitos na escola. O curso é destinado a professores e a primeira turma terá 700 profissionais da capital do Rio de Janeiro e de outros 35 municípios fluminenses. Segundo a coordenadora-geral de Direitos Humanos do ministério, Rosiléa Maria Roldi Wille, a partir desse curso, o MEC pretende criar uma rede de proteção à criança e ao adolescente nas escolas, envolvendo os conselhos tutelares e os próprios professores.

[A Gazeta (MT) – 03/05/2010]

Banda larga em 92% das escolas


Acordo feito com operadoras de banda larga deve incluir digitalmente cerca de 35 milhões de estudantes até o fim do ano

O secretário de Educação à Distância do Ministério da Educação (MEC), Carlos Bielshowsky, disse que até o fim deste ano 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet com banda larga. Ele apresentou as ações do governo brasileiro para promover o acesso à inclusão digital e a capacitação de professores na área de tecnologia durante a Conferência Internacional O Impacto das Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação. Segundo o secretário, um acordo foi feito com as operadoras de banda larga e, até o final de 2010, 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet, o que significará a inclusão digital de cerca de 35 milhões estudantes.

[Correio Braziliense (DF) – 28/04/2010]

ES: Violência doméstica contra criança cresce 89,4%


Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente preocupa-se com o grande o número de ocorrências de abuso sexual

No Espírito Santo, o número de casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes cresceu 89,47% nos três primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março de 2010, das 251 ocorrências registradas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), 72 foram de violência doméstica e 63 de abuso sexual. No mesmo período de 2009, houve 38 casos de violência doméstica. Entre 2008 e 2009, o número total de ocorrências passou de 1.092 para 1.282. Para o delegado Marcelo Nolasco, o crescimento do número de denúncias reflete o maior nível de informação e de conscientização da população, que já não se cala diante das agressões. Aliado a esses fatores, destaca a eficiência da polícia.

[A Gazeta (ES), Claudia Feliz – 28/04/2010]

Dengue atinge mais crianças que os adultos


Febre hemorrágica pode agravar o quadro de meninos e meninas

Segundo o Ministério da Saúde, aumentou o número de casos de dengue em crianças, que são mais vulneráveis do que os adultos. Até 2004, praticamente não havia registro de dengue em crianças com menos de 15 anos no Brasil. Hoje eles representam 25% dos casos em todo o País. Em algumas cidades, como Rio de Janeiro, Manaus e Fortaleza, mais da metade dos infectados são crianças. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB), a dengue se agrava mais rapidamente nas crianças do que nos adultos. Quando meninos e meninas têm a chamada febre hemorrágica da dengue, têm mais chances do quadro se agravar e é quase sempre fatal.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 22/04/2010]

Conhecimento vale medalhas


Hoje no Brasil já existe praticamente uma competição ou desafio educacional para cada disciplina

As competições e desafios educacionais ganharam espaço nas escolas públicas e particulares do País com as Olimpíadas do Conhecimento. Hoje já existe praticamente uma competição para cada disciplina. A mais popular delas, a Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), recebeu 19 milhões de inscrições para a edição deste ano. A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (www.escrevendoofuturo.org.br) inscreve até 14 maio alunos das redes estaduais e municipais de ensino. Podem participar alunos do 5° ao 9° anos do ensino fundamental. Já na Olimpíada Brasileira de Física as inscrições podem ser feitas até 6 de agosto no endereço Clique aqui (link). Na Olimpíada Brasileira de Biologia podem participar estudantes dos três anos do ensino médio, inscrições no site www.anbiojovem.org.br até o dia 27 deste mês.

[Gazeta do Povo (PR) – 20/04/2010]

Um milhão de violações aos direitos de crianças no País


Mais da metade dessas violações é praticada em casa, pela mãe ou pelo pai, ou na escola

O Brasil atingiu marca superior a 1 milhão de registros de violações aos direitos de crianças e adolescentes. O número foi verificado junto ao banco de dados dos Conselhos Tutelares de todo o País. As informações apontam uma forte realidade: mais da metade dessas violações é praticada em casa, pela mãe (256 mil) e pelo pai (218 mil), e ainda na escola (46 mil). A maior parte das denúncias, que corresponde a 46,66% dos casos, é feita pela violação do artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata do direito à liberdade, opinião e expressão, de brincar, praticar esportes e divertir-se, participar da vida familiar e comunitária, política, além do direito a refúgio, auxílio e orientação.

[Correio do Povo (RS), Luiz Sérgio Dibe – 18/04/2010]

TO: 90% dos desaparecidos fugiram de casa


Delegada atribui ou alto número de fugas ao desajuste familiar

Cento e nove crianças e adolescentes entre zero e 17 anos foram registradas como desaparecidas no ano de 2009 no Tocantins, das quais apenas 71 foram localizadas. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). No entanto, conforme a delegada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), Edissonina Alves da Silva, cerca de 90% dos casos estão relacionados a adolescentes que fogem de casa. A delegada atribui o alto número de fugas ao desajuste familiar. Segundo ela, geralmente eles fogem por atrito com os pais, madrastas e padrastos ou por serem vítimas de violência domiciliar e de abuso sexual.

[Jornal do Tocantins (TO) – 18/04/2010]

Violência é maior responsável por mortes de adolescentes


Homicídios representam 46% de todas as causas de morte registradas na faixa etária dos 12 aos 18 anos

O Índice de Homicídios na Adolescência, desenvolvido pelo Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescência e Jovens, coordenado pelo Observatório de Favelas, aponta um percentual muito alto no número de mortes entre meninos e meninas de 12 a 18 anos. De acordo com a pesquisa, os homicídios representam 46% de todas as causas de morte nessa faixa etária. A pesquisa aponta, também, que os fatores determinantes para que os jovens se tornem vítimas da violência são raça, gênero, idade e território, e conclui que meninos entre 12 e 18 anos têm quase 12 vezes mais probabilidade de serem assassinados do que as meninas dessa mesma faixa. Já os adolescentes negros têm quase três vezes mais chances de morrerem assassinados do que os brancos.

[O Mossoroense (RN) – 18/04/2010]

Pais devem se informar e ajudar filhos


Adultos precisam estar incluídos no mundo digital para poder acompanhar e orientar crianças no uso da internet

O coordenador do programa Parceria para a Proteção da Criança e Adolescente (CPP) no Brasil, Luiz Rossi, disse que os pais devem ser incluídos no mundo digital para poder acompanhar e orientar os filhos no uso da internet. Segundo Rossi, as crianças e adolescentes estão acessando a internet sem nenhum tipo de orientação familiar, porque os familiares vêm de uma geração em que não havia a inclusão digital que existe agora. Ele afira que é preciso lembrar que a internet oferece tanto informações positivas quanto negativas, e orienta os pais a manterem um diálogo com as crianças sobre o que elas devem ou não acessar.

[Correio da Paraíba (PB) – 16/04/2010]

Maioria de casos de bullying ocorre na sala de aula


De acordo com estudo nacional, dentro da sala é onde ocorre a maior parte do problema no País, mesmo com os professores presentes

Pesquisa nacional sobre bullying, agressões físicas ou verbais recorrentes nas escolas, mostrou que a maior parte do problema (21% dos casos) ocorre dentro das salas de aula, mesmo com os professores presentes. Dos 5.168 alunos de 5ª a 8ª séries de todas as regiões do Brasil entrevistados, de escolas públicas e particulares, 10% disseram ser vítimas de bullying, 10%, agressores e 3% são ao mesmo tempo vítima e agressores. O estudo mostrou o despreparo das escolas e professores em lidar com o tema. Em outros países, o lugar preferencial de agressões é o pátio, onde costuma haver mais alunos e menos supervisão, afirma Cléo Fante, especialista em bullying. De acordo com o estudo, no País, 7,9% das agressões são feitas no pátio, 5,3% nos corredores e 1,8% nos portões da escola.

A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 15/04/2010]

Consumo de refrigerante vira epidemia


Segundo pesquisas, o hábito passa de pais para filhos e vem se tornando cada vez mais frequente entre brasileiros

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o número de brasileiros que consomem regularmente refrigerantes cresceu 13,4 % em um ano. Pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) avaliaram o impacto da ingestão excessiva sobre a saúde infantil – e a consequência disso na idade adulta. Eles compararam o consumo de refrigerantes com o de leite em crianças entre 9 e 16 anos. Refrigerantes e sucos industrializados representaram cerca de 20% do total de energia média consumida por dia. Os dados ainda indicaram que quanto maior a faixa etária, menor o consumo de leite e maior a de refrigerantes. Outro levantamento, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apontou que os pais têm grande responsabilidade nestes hábitos. Ao entrevistar 270 famílias, descobriu-se que 67% dos bebês com menos de 2 anos já tinham experimentado refrigerante.

[Jornal do Brasil (RJ) – 14/04/2010]

Orientação pode proteger


Texto do Observatório da Infância dá dicas de como pais podem proteger seus filhos de abusos e da ação de abusadores e pedófilos

Pais devem estar bem informados sobre a realidade do abuso sexual e da pedofilia. É o que afirma texto do Observatório da Infância publicado no Diário de Pernambuco. De acordo com a matéria, os relatos das crianças e adolescentes, por mais que pareçam absurdos, devem ser ouvidos e considerados pelos pais. Eles devem se informar sobre como professores, diretores de creches e escolas lidam com questões como violência, abuso sexual e pedofilia. O mesmo deve ser feito junto aos pediatras e as babás. Crianças com idade entre 18 meses e 3 anos devem aprender os nomes das partes do corpo e, entre 3 e 5 anos, os pais já devem conversar sobre as partes íntimas. Após os 5 anos, afirma o texto, a criança já deve ser bem orientada sobre a segurança pessoal e alertada sobre as principais situações de risco.

[Diário de Pernambuco (PE) – 14/04/2010]

Matemática deve ser mais atraente


Na opinião de especialistas, boa parte da relação de ódio com números e operações, muito comum em crianças e adolescentes, tem origem no ensino fundamental

Avaliações de desempenho no País mostram que a matemática não é o forte dos brasileiros. O Sistema Nacional da Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2007 mostra que estudantes brasileiros da 8ª série do ensino fundamental têm domínio apenas do conteúdo referente da 4ª série desse ciclo. O que a avaliação mostra, na opinião de especialistas, é que boa parte da relação de dificuldade com números e operações, muito comum em crianças e adolescentes, tem origem no ensino fundamental. Para o professor da Universidade Paris Gerard Vergnaud é difícil, mas possível, tornar o ensino da matemática mais atraente. O uso de atividades lúdicas com a seriedade da matemática é um equilíbrio que deve ser buscado.

[Gazeta do Povo (PR) – 13/04/2010]

Mais crianças sofrem de depressão


Para especialistas, escola é um importante aliado no diagnóstico da doença

O número de casos de depressão em meninos e meninas tem crescido. A doença leva a criança a ficar retraída, a se isolar, a ter irritabilidade. Segundo a psicóloga Noélia Marques Catunda Sampaio, especialista em neuropsicologia, psicopedagogia e psicomotricidade, o grande aliado de psicólogos e médicos que avaliam e diagnosticam a depressão é a escola. Ela explica que a escola é normalmente o primeiro ambiente social que denuncia que algo não vai bem, e que a aprendizagem é um grande termômetro de qualquer problema emocional. Segundo a psicóloga, o que preocupa é que a criança não tem a consciência do que está acontecendo. Ela sente o mal-estar, mas não consegue definir porque não tem ainda todo o aparato linguístico que o adulto tem.

[O Povo (CE) -10/04/2010]

Remédio na escola só com receita


Nas instituições, a caixinha de remédios deve conter apenas material para primeiros socorros

Toda escola precisa estar preparada para atender alunos com machucados ou dores. Mas ao contrário do que acontece em muitas instituições, ministrar paracetamol para aliviar a dor dos alunos é uma medida errada, com previsão de multas. Nas instituições, a caixinha de remédios deve ter apenas material para primeiros socorros. Até o mercúrio e a água oxigenada devem ser evitados, pois algumas crianças têm alergia a esses medicamentos. As regras são conhecidas, mas nem todas as escolas cumprem a determinação. Para a Vigilância Sanitária, até os remédios homeopáticos devem ter prescrição médica, pois a homeopatia é uma especialidade da medicina e deve ser respeitada como tal. E os pais devem evitar essa automedicação, inclusive em casa.

[Gazeta do Povo (PR) – 06/04/2010]

Crianças passam 70 horas na WEB por mês


Estudo mostra que pais acham que as crianças ficam 56 horas por mês conectados à internet, mas os filhos afirmam ficar aproximadamente 70 horas por mês

No Brasil, segundo estudo da Symantec, as crianças passam 70 horas conectadas por mês. O relatório, feito no ano passado, entrevistou crianças, jovens e adultos e os dados são reveladores: os pais acham que as crianças ficam 56 horas por mês conectados à internet, mas os filhos afirmam ficar aproximadamente 70 horas por mês. Entre os 12 países pesquisados, o Brasil é a nação onde os jovens ficam mais tempo na internet. Segundo o gerente nacional de varejo da Symantec, Fabiano Tricarico, o número inspira um pouco mais de atenção. Ele afirma que as crianças, por terem uma inocência maior que um adulto, correm mais riscos. Segundo Tricarico, todos os tipos de ameaças virtuais oferecem risco às crianças e cabe aos pais tomarem medidas de proteção como, por exemplo, instalar algum tipo de ferramenta no computador para filtrar o acesso a conteúdos impróprios.

[A Gazeta (ES) – 06/04/2010]

Violência atinge 45% dos alunos


Dados revelam aumento de casos de bullying entre crianças dentro e fora da escola

Mascarada como brincadeira de criança, esse tipo de violência – característica do ambiente escolar – infiltra-se cada dia mais entre carteiras escolares de instituições públicas e privadas. Pesquisa feita em três instituições de ensino de Cuiabá, duas públicas e uma particular, revela que aproximadamente 45% dos adolescentes que estudam entre o 5º e o 7º ano do ensino fundamental já sofreram ou sofrem com o bullying. Os números vão ao encontro de outra pesquisa realizada no Rio de Janeiro, em 2002, pela Associação Brasileira de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). O levantamento mostrou que 40,5% dos 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries se envolveram com atos agressivos nas escolas. Conforme a pesquisa, 16,9% se disseram alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de bullying.

[A Gazeta (MT) – 04/04/2010]

Assuntos “adultos” devem ser tratados com naturalidade


Temas como sexualidade, morte e separação devem ser tratados da maneira mais natural possível, orienta especialista

Morte, sexo, mudança e separação são alguns assuntos das crianças que deixam muitos pais nervosos. Especialistas alertam que o melhor caminho não é nem ignorar nem dar explicações científicas. Segundo a psicóloga Camila Menezes, mestre em análise do comportamento, o ideal é inserir a criança no assunto conforme seu interesse e munir-se de ajuda para passar pelo momento. Ela afirma que se o pai não se sente seguro para falar sobre um assunto, o ideal é buscar auxílio de profissionais ou livros, mas nunca deixar passar. Caso contrário, a criança pode buscar informação em outros lugares e aprender de maneira inadequada. Ela comenta que o assunto deve ser tratado da maneira mais natural possível, pois se os pais passam insegurança ou aversão, a criança também cria essa relação.

[Folha de Londrina (PR) – 26/03/2010]

Crianças não devem exagerar no chocolate


Com a chegada da Páscoa, pais devem ficar atentos e não permitir que crianças abusem da guloseima

Rico em vitaminas, minerais e magnésio, o chocolate é uma excelente fonte de energia. Embora seja rico em nutrientes, o consumo deve ser moderado, alerta o endocrinologista Sergio Vencio. Segundo ele, o doce deve ser evitado por crianças com menos de um ano. Para as demais, o consumo diário não deve ultrapassar 30 gramas ao dia. Em caso de abuso do doce pelas crianças pode ocorrer diarreia, o que leva a necessidade de suspensão imediata da guloseima e hidratação da criança com líquidos. “Se houver desidratação, deve-se procurar um hospital”, avisou o endocrinologista. “O ideal, segundo ele, é ingerir quantidades pequenas ao longo dos dias, para não haver alteração no apetite, pois as crianças precisam de outros alimentos e não devem deixar de fazer as principais refeições.

[A Gazeta (MT) – 25/03/2010 de março de 2010]

Música ajuda no desenvolvimento durante a infância


Iniciação musical auxilia crianças no desenvolvimento intelectual e estimula a criatividade e a autoconfiança

Com base em pesquisas, pais e educadores não têm mais dúvidas sobre os benefícios que uma criança pode ter no seu desenvolvimento intelectual a partir do contato com a música. Segundo a flautista Rosana Rodrigues, especialista em pedagogia da música e do movimento, o número de escolas de música tem aumentado por causa da conscientização sobre o tema. Ela explica que esse avanço é fruto da união de pessoas ligadas à música e à educação que perceberam a necessidade de ensinar música considerando a expressão corporal, elementos como ritmo e pulsação. Especialistas afirmam que o contato com os sons deve ser iniciado antes de a criança ir para a escola, junto da família. Juliana Rezende, da escola de música Stacato, afirma que aulas de musicalização para bebês ajudam na percepção auditiva, na socialização, além de estimular a fala dos pequenos.

[O Popular (GO) Renata dos Santos – 24/03/2010]

Índice de crianças com HIV ainda é alto no Brasil


Ministério da Saúde acredita que não será possível erradicar transmissão do vírus de mãe para bebê até 2015

O Fundo Global de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária divulgou neste mês que o mundo pode alcançar, em 2015, a erradicação virtual (índices inferiores a 1%) da transmissão vertical (durante a gestação, parto ou aleitamento) do HIV. No entanto, o Ministério da Saúde brasileiro, diante de um índice aproximado de 6,8% de contaminação de bebês no Brasil, não acredita nessa possibilidade. Atualmente, pelo menos mais de dez mil crianças brasileiras com até 5 anos de idade foram infectadas pelo vírus em decorrência da transmissão vertical. Os dados são de dezembro de 2009 e, de acordo com a pasta, ainda devem passar por uma revisão. Apenas no ano passado, 481 crianças foram infectadas. De 1996 a 2008, 3.758 crianças morreram em decorrência da Aids no Brasil.

[Jornal do Estado (PR) – 21/03/2010]

Excesso de internet para crianças preocupa especialistas


Com a facilidade de acesso à informação rápida, as crianças passam a explorar um universo que apresenta oportunidades e riscos

Pesquisa realizada pela organização não governamental (ONG) SaferNet, que entrevistou 2.159 alunos de escolas públicas e particulares, revelou que parte dos jovens permanece mais de três horas por dia conectada ao mundo virtual. O psicólogo e diretor de Prevenção e Atendimento da ONG no Brasil, Rodrigo Nejm, explica que ficar muito tempo conectado pode privar a criança de outros hábitos fundamentais para o seu desenvolvimento como ler, brincar, dormir ou ter contato com outras crianças. Segundo Nejm, a internet, como espaço público, oferece oportunidades e riscos. Por isso, é aconselhável que as crianças tenham acesso mediado, recebendo orientação e respeitando a singularidade da infância.

[Jornal do Estado (PR) – 21/03/2010]

Proteger a pele na infância reduz riscos de câncer


Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que, desde cedo, as crianças sejam protegidas com uso de protetor e bloqueador solar

A comunidade médica mundial está alarmada com o crescimento da incidência de melanoma (câncer de pele com potencial letal) nos últimos anos. Segundo dados de 2007 do Inca (Instituto Nacional de Câncer), embora o câncer de pele seja o tipo mais frequente, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, quando detectado precocemente apresenta altos percentuais de cura. Estudos recentes revelam que a proteção ao sol na infância e na adolescência reduz os riscos de câncer de pele. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que, desde cedo, as crianças sejam protegidas, evitando exposição excessiva ao sol e utilizando protetor ou bloqueador solar, que deve ser reaplicado várias vezes ao dia.

[A Gazeta Online (AC) – 18/03/2010]

Aids avança entre os jovens


A maioria dos casos de HIV/Aids registrados na faixa etária até 19 anos é em meninas

Segundo o Ministério da Saúde, o número de jovens infectados pelo HIV tem preocupado os governantes. Na faixa etária entre 13 e 19 anos, as mulheres aparecem como a maior parte das vítimas. Entre os jovens dos 20 aos 24 anos, os casos se dividem de forma equilibrada entre homens e mulheres. Entre o ano 2000 e junho de 2009, cerca de 60% dos casos de Aids em jovens de 13 a 19 anos foram registrados em meninas. Na faixa etária que vai dos 20 aos 24 anos, há mais de 13 mil (50%) casos entre as meninas e mais de 13.250 entre meninos, o que revela equilíbrio. No grupo com 25 anos ou mais, há uma clara inversão: 174.070 (60%) do total (280.557) de casos são entre os homens.

[Folha de Pernambuco (PE) – 15/03/2010]

Maioria dos abusos sexuais acontece em casa


Dados mostram que em 94% dos casos o abusador é alguém que desfruta de convivência com a criança, como familiares, amigos ou vizinhos

É dentro de casa, e não na rua, que é cometida a maior parte dos abusos sexuais contra crianças e adolescentes. O agressor costuma fazer parte da família ou ser próximo dela. Segundo levantamento da ONG Centro de Referência da Criança e do Adolescente, ligada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 33% dos casos o abusador é pai ou mãe da vítima e em 14% é o padrasto. De acordo com dados do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), 62% das 202 mil vítimas atendidas entre maio de 2003 e janeiro de 2010 eram do sexo feminino e em 94% dos casos o abusador era alguém que desfrutava de convivência com a criança, como familiares, amigos ou vzinhos.

[Folha de S. Paulo (SP), Diogo Bercito – 15/03/2010]

Crianças dedicam mais tempo a jogos que aos estudos


Especialistas afirmam que cabe aos pais determinar os horários para as brincadeiras e jogos

Na última década, houve uma disseminação de jogos e aparatos tecnológicos de entretenimento. Esse avanço fez surgir o desinteresse por parte dos jovens pelos estudos. Muitas crianças e adolescentes estão passando mais tempo disputando partidas no videogame do que se dedicando aos estudos ou à realização das tarefas escolares. Para especialistas, os pais devem determinar os horários para as brincadeiras e jogos, uma vez que as crianças que são educadas com essa organização tornam-se adultos mais responsáveis. A pedagoga Maria Carmem acredita que é importante que se estabeleça horários para cada atividade. Ela afirma que o ideal seria que a criança dedicasse duas horas diárias para o estudo em casa, 40 minutos para ver tevê ou jogar videogame e o restante para descanso.

[O Mossoroense (RN) – 14/03/2010]

Teatro contribui para a formação dos adolescentes


Artes cênicas se mostram eficientes para trabalhar o lado físico, intelectual e a socialização de meninos e meninas

Adolescência é o momento de ter contato com o mundo, sentir e se expressar de verdade. E, segundo educadora cênica Flávia Nunes, o teatro pode ser uma importante ferramenta nesse processo, pois abre um mundo de possibilidades na mente das crianças e adolescentes, trabalha com a criatividade e faz com que os jovens descubram novas realidades por meio da arte. Ela explica que a atividade ajuda na transição da infância para a adolescência, pois contribui para trabalhar o lado físico e intelectual e a socialização desses meninos e meninas com uma rede de contatos que começa a se formar com maior intensidade. Segundo ela, com o teatro, eles também passam a ter mais interesse pela leitura que, além de informativa, passará também a ter uma função dramática.

[Correio da Paraíba (PB), Rebbeca Ricarte – 14/03/2010]

Crianças falam pela música


O canto dos bebês tem a mesma relevância que o desenho, a fala e os modos infantis para avaliar o desenvolvimento cognitivo

Estudo desenvolvido pela professora da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Maria Betânia Parizzi Fonseca, mostra que, muito mais que um som “lindinho”, o balbuciar do bebê ou a cantoria espontânea da criança são bastante significativos. O canto dos pequenos pode ser um instrumento para avaliar o desenvolvimento cognitivo deles. De acordo com Betânia, a música cantada pela criança espontaneamente varia de acordo com a idade, evolui de forma previsível e já conhecida pelos profissionais da música. Ela afirma que a proposta é que esse tipo de canto seja cientificamente aceito como expressão do desenvolvimento da criança.

[Hoje em Dia (MG) – 14/03/2010]

Abusadores agem rápido na internet


O tempo médio para início do assédio por adultos na internet é de cerca de sete minutos, sendo ainda menor no caso de meninas

Sete minutos é o tempo necessário para que uma criança ou adolescente se depare com a primeira frase de uma sequência que pretende invadir sua intimidade, quando abordado por um abusador em uma sala de bate-papo virtual. A constatação desse perigoso quadro vai além. Estudo realizado por Wanderson Castilho, especialista em segurança da informação, revelou que as meninas têm dez vezes mais chances de serem assediadas do que os meninos. Isso ocorre devido ao fato de estas estarem mais em contato com sites de relacionamento, onde há troca de perfis e imagens, e salas de bate-papo. Em teste realizado por ele, a menina recebeu a primeira proposta já no primeiro minuto, enquanto o menino esperou cerca de dez minutos.

[Gazeta do Povo (PR) – 12/03/2010]

MEC quer o fim da reprovação até o 3º ano


Proposta deve transformar os três primeiros anos escolares em um ciclo de alfabetização, evitando a reprovação

As novas diretrizes nacionais para o ensino fundamental, com aprovação prevista para maio, devem recomendar a abolição da reprovação até o terceiro ano. A intenção do Ministério da Educação (MEC) é transformar os três primeiros anos em uma espécie de ciclo de alfabetização, durante o qual o aluno não deve ser retido. A ideia ganhou força com a divulgação dos dados do Censo Escolar de 2008, quando cerca de 74 mil crianças reprovaram o primeiro ano do novo Ensino Fundamental. A medida funcionará como uma recomendação para as redes de ensino, mas não terá força de lei. A adoção da progressão automática gera preocupação entre especialistas. O grande risco é que o aluno promovido chegue ao final do ciclo sem ter aprendido.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do país – 10/03/2010]

Transmissão vertical do HIV deve acabar até 2015


Dados do Unaids revelam que existem 370 mil crianças com HIV no mundo. A maioria foi infectada pelas mães durante a gestação

O Fundo Mundial para a Luta contra a Aids, a Malária e a Tuberculose calcula que até 2015 será possível erradicar a transmissão vertical do vírus HIV, que acontece de mãe para filho. A projeção é consequência do aumento dos programas financiados por órgãos internacionais em países subdesenvolvidos. Segundo dados da Agência da ONU para o combate à Aids (Unaids), no último ano, o orçamento da África do Sul destinado ao tratamento da doença cresceu 33% e, entre 2007 e 2008, o número de pessoas que recebem os antirretrovirais aumentou 53%. A Unaids estima que existam 370 mil crianças no mundo com HIV, sendo que a maioria delas foi infectada por transmissão vertical.

[Folha de S. Paulo (SP); Zero Hora (RS) – 09/03/2010]

Adolescentes são as maiores vítimas do bullying


Crianças e adolescentes tímidos e com dificuldades de se relacionar em grupo são os que mais sofrem com o bullying

Embora não exista uma idade padrão para problemas com o bullying, especialistas afirmam que a maior incidência dos casos é no início da adolescência. Segundo a doutora em Educação, Cleo Fante, a faixa etária dos onze aos 15 anos é a mais crítica. As agressões acontecem, sobretudo, no horário de recreio, quando os estudantes estão mais distantes da supervisão de adultos, explica. Crianças e adolescentes tímidos e com dificuldades de se relacionar em grupo são os principais alvos do bullying. O pediatra Aramis Lopes Neto diz que as consequências podem ser graves, pois as vítimas sofrem de baixa autoestima. Ele explica que, principalmente entre as meninas, chegam a ocorrer casos de bulimia e anorexia, e também podem ocorrer manifestações de auto-flagelação e, em casos extremos, até suicídio.

Legislação – No município do Rio de Janeiro, o combate ao bullying é lei desde outubro de 2009. O texto determina que as escolas da rede municipal incluam em seus projetos pedagógicos ações neste sentido. A Secretaria Municipal de Educação prevê a capacitação dos coordenadores pedagógicos para trabalhar a educação inclusiva. O projeto será iniciado ainda este ano nas 150 unidades incluídas no programa Escolas do Amanhã e depois expandido para toda a rede de ensino. A Secretaria de Estado de Educação informou que, embora não tenha um projeto específico sobre bullying, trabalha o tema nos programas “Escola Aberta” e “Mais Educação”, que incluem atividades esportivas, sociais e culturais nos fins de semana.

[O Dia (RJ) – 07/03/2010]

Crianças recebem mais cobranças que incentivo


Pesquisa detecta que maioria dos pais se preocupa muito com notas e não em estimular a leitura ou acompanhar se a criança está aprendendo

Pais brasileiros, ouvidos em pesquisa do Movimento Todos pela Educação, disseram participar com afinco da vida escolar de seus filhos. Essa participação, porém, tem suas falhas, como mostra um detalhamento da pesquisa de 2009. Em alguns casos, há falta de tempo. Em outros, o principal obstáculo é o desconhecimento do conteúdo ensinado. A pesquisa também detectou conceitos ultrapassados de como impulsionar o conhecimento. A maioria dos pais presta demasiada atenção às notas e preocupa-se menos em estimular a leitura ou acompanhar se a criança está aprendendo. Há mais cobrança que incentivo, como se os pais considerassem que sua tarefa principal é garantir o acesso à escola e, a partir daí, a responsabilidade passa a ser dos professores.

[Revista Época (BR) – 07/03/2010]

Perigo à espreita nos computadores


Na internet, crianças estão expostas a assuntos que não são de interesse do universo infantil, como a pornografia

As tradicionais brincadeiras já não são as favoritas. Hoje, as crianças têm novas formas de diversão, como salas de bate papo, jogos e outras atividades online. Na internet, meninos e meninas estão expostos, mesmo sem querer, a diversos assuntos que não são de interesse do universo infantil, como a pornografia. Segundo dados da Promotoria dos Crimes Cibernéticos de Minas Gerais, a pornografia infantil está entre os quatro delitos mais cometidos na internet, desde 2008. Esse tipo de crime fica atrás apenas de ameaças, difamação e estelionato. Os pais devem ficar atentos. Já existem no mercado novas tecnologias que detectam e bloqueiam o acesso a este tipo de conteúdo, resguardando, assim, os pequenos.

[Estado de Minas (MG) – 04/03/2010]

Trânsito é maior causa de morte de jovens


Estudo da OMS revela que acidentes de transito são a principal causa de mortes de crianças e jovens de cinco a 29 anos

Acidentes rodoviários são a principal causa de morte de crianças e jovens com idades entre cinco e 29 anos, afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS) em estudo divulgado ontem (02). Os dados mostram que mais de 90% das mortes ocorrem nas nações em desenvolvimento. Nos países mais pobres, 80% das mortes no trânsito são de usuários vulneráveis, ou pessoas que não estão nos carros. A divulgação do estudo coincidiu com a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas que declarou que os próximos dez anos serão de ações no sentido de reduzir esses percentuais. O objetivo, segundo os oficiais do órgão, é diminuir o índice de mortes na década em 50%, o que deve salvar cinco milhões de vidas.

[Correio da Paraíba (PB); Jornal do Tocantins (TO) – 03/03/2010]

País só cumpre 33% das metas de educação


Relatório mostra que ainda há alta repetência, a taxa de universitários é baixa e o acesso à educação infantil está longe do proposto

Levantamento solicitado pelo Ministério da Educação sobre a última década revelou que os avanços na área da educação foram insuficientes. Segundo os dados, apenas 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas. O relatório aponta ainda alta repetência, baixa taxa de universitários e acesso à educação infantil longe do proposto. O estudo apresenta indicadores relativos ao período de 2001 a 2008. Para muitas metas, não há sequer indicador que permita o acompanhamento da execução. O plano previa que 50% das crianças de zero a três anos estivessem matriculadas em creches até 2010. Segundo o IBGE, só 18,1% delas estavam em creches em 2008.

[Folha de S. Paulo (SP), Angela Pinho e Larissa Guimarães – 03/03/2010]

Tema adulto chega mais cedo à infância


Psicólogos afirmam que crianças não só entendem o que veem ou leem, mas têm a curiosidade aguçada quando o assunto é proibido

Para os psicólogos, as crianças estão tendo contato cada vez mais cedo com situações do universo adulto. De acordo com eles, elas absorvem o que veem, ouvem ou leem e têm a curiosidade ainda mais aguçada quando o assunto é proibido. A psicóloga Giseli Veiga diz que a influência sobre a população infantil é fatal, como o é para jovens e adultos. A diferença é que a criança ainda não tem discernimento para saber o que é certo e o que é errado, podendo reproduzir mais facilmente o indesejável. Segundo a especialista, na fase infantil, a imitação é quase automática, natural. Na adolescência, ela também é comum, mas o adolescente escolhe o que tem a ver com a busca de uma identidade. “O adolescente quer se inserir num grupo. Surgem as tribos e ele copia algo que acredita”, afirma.

[O Liberal (PA), Sandra Rocha – 28/02/2010]

Salto alto nem pensar


Pais devem atentar ao tipo de sapato adequado para crianças

É comprovado cientificamente que salto alto faz um grande mal à saúde de adultos. Para crianças e adolescentes, o risco é dobrado. O uso constante por pessoas nesta faixa etária pode afetar a postura e provocar dores e deformações. Em crianças, o problema é ainda mais grave. Segundo a ortopedista da Unifesp, Cibele Réssio, antes da primeira menstruação o corpo está mais suscetível aos problemas causados pelo salto alto. Segundo ela, nessa fase, o esqueleto da criança ainda está em formação e o salto aumenta e antecipa as deformidades.

[Folha de Londrina (PR) – 26/02/2010]

Estudo aponta fatores do insucesso escolar


Falta de participação da família e o desinteresse dos alunos são apontados pelos docentes como as principais causas para as dificuldades de aprendizagem

Pesquisa realizada no Rio de Janeiro revela que professores da rede municipal isentam escolas de culpa por problemas de aprendizagem dos alunos. Para 97% dos ouvidos, a pequena assistência dos pais é fator decisivo no baixo desempenho escolar. E mais: 87,3% culpam a falta de esforço dos alunos. Por outro lado, apenas 17,4% acreditam que a falta de infraestrutura nos colégios seja decisiva no desempenho dos alunos. Além disso, para 80,7% dos entrevistados a baixa autoestima de crianças e jovens é um sério fator para o insucesso escolar.

[O Globo (RJ), Ruben Berta – 26/02/2010]

Atual geração de crianças pode viver menos que seus pais


Diretora-geral da Organização Mundial da Saúde afirma que essa geração de crianças pode ter expectativa de vida menor que a de seus pais

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirma que essa geração de crianças pode ser a primeira, em muito tempo, com expectativa de vida menor que a de seus pais. Segundo ela, das 35 milhões de mortes anuais por doenças não contagiosas, 40% são prematuras causadas por infarto, diabetes e asma, cada vez mais comuns entre jovens. Segundo Claudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), esta geração está desenvolvendo mais fatores de risco, como a obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2. Ela afirma que cerca de 24% das crianças brasileiras estão acima do peso. No mundo, 43 milhões de crianças em idade pré-escolar são obesas ou com sobrepeso, segundo a diretora-geral da OMS.

[Folha de S. Paulo (SP), Iara Biderman – 25/02/2010]

A alimentação dos filhos na escola merece atenção dos pais


Dúvidas sobre o que levar na lancheira recomeçam com a volta às aulas

Voltam às aulas e também às dúvidas dos pais: o que oferecer de lanche, que agrade ao paladar infantil e seja nutritivo e saudável? Apostar na diversidade, sem perder de vista a praticidade, pode ser a melhor forma de garantir alimentação balanceada tão importante para o aprendizado. Nutricionistas alertam que escolher os alimentos certos na infância pode fazer toda a diferença na saúde futura dos adolescentes. Uma criança que consome excesso de frituras e refrigerantes tem uma grande probabilidade de ser um adulto ou adolescente obeso, com problemas de diabetes, hipertensão e colesterol. ”A criança com boa alimentação, contendo todos os nutrientes na quantidade adequada, brinca mais, aprende com mais facilidade, cresce e se desenvolve melhor”, completa a gerente de nutrição do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, Rosana Perim.

[Folha de Boa Vista (RR) Vanessa Brandão; Folha de Londrina (PR) Chiara Papali -22/02/2010]

Escolas se adaptam ao Enem


Colégios reformulam metodologia de ensino e incentivam alunos a ler mais e a se informar sobre atualidades

Quando foi implantado como forma de acesso ao ensino superior em 2009, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) preocupou os educadores. As escolas, porém, já vinham absorvendo a ideia da interdisciplinaridade desde que o exame foi criado, em 1998. Antes os alunos aprendiam disciplinas isoladas, se eles estudavam para passar para um curso na área de biológicas, priorizavam matérias como biologia, química e física, com maior peso na contagem dos pontos. O Enem pôs um fim nesse processo. Eles são incentivados a ler mais, se informarem sobre os acontecimentos no mundo, no País e na região. Os professores também passaram a ler mais sobre outras áreas de conhecimento, criando um ambiente propício para o aprendizado nessa nova fase, afirma Ana Carla Castro, coordenadora pedagógica em um curso particular, na cidade de Petrolina.

[Jornal do Comércio (PE) – 22/02/2010]

O grande desafio junto aos jovens


Saber a hora e como falar sobre sexualidade com as crianças e adolescentes é fundamental para o seu desenvolvimento sadio

A diretora executiva da Childhood Brasil, Ana Maria Drummond, lembra, em artigo, que a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2009 mostra que 22% dos adolescentes iniciam a atividade sexual aos 15 anos de idade e que não utilizam preservativos ou o fazem de modo inadequado. Dessa forma, as consequências podem chegar à gravidez precoce, à contração de uma DST ou de aids e, na maioria das vezes, à evasão escolar. Para ela, todo jovem tem direito a uma sexualidade segura. “Nos dias de hoje contamos com diversas publicações que tratam da sexualidade de forma adequada e falar de sexo com nossos filhos não significa que os estamos incentivando a ter relações precocemente, mas, sim, possibilitando que aumentem suas chances de um desenvolvimento sexual saudável e feliz. Esse diálogo deve ser feito em casa e continuado na escola de forma programática”, sustenta.

[Jornal da Tarde (SP) – 19/02/2010]

DF: Para a criançada ler


O livro infanto-juvenil foi o segmento mais produtivo no mercado de venda de livros no Brasil durante o ano de 2009

Uma pesquisa da Associação Nacional de Livrarias indica que a produção literária para crianças e adolescentes passou à frente da ficção e da religião. Escritores que descobriram o nicho nos últimos sete anos dizem que não querem mais saber de outra coisa. Em Brasília, boa parte deles integra a Casa de Autores, instituição fundada pela livreira Íris Borges para reunir autores radicados na capital. A jornalista e escritora Alessandra Roscoe diz que o escritor de literatura infanto-juvenil ainda é considerado um escritor menor, apesar disso há uma quantidade grande de editoras especializadas nesse público. Ela explica que, infelizmente, ainda predomina a cultura da não leitura e do pai que compra brinquedo, celular e tênis, mas acha caro pagar R$ 30 em um livro.

[Correio Braziliense (DF), Nahima Maciel – 12/02/2010]

Gravidez quase nunca planejada


Estudo comprova relação entre gravidez precoce, abandono dos estudos e dificuldade para ingressar no mercado de trabalho

Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que estudou 116 meninas entre onze e 19 anos mostrou que os principais prejuízos da gestação precoce para as jovens, sobretudo as de baixa renda, são a evasão escolar e a dificuldade no acesso ao mercado de trabalho. Do total, apenas 30% das adolescentes mães frequentam a escola, enquanto entre as não mães o índice sobe para 76%. Entre as garotas com filhos, 75% não trabalham, das quais 71% ou tentaram uma vaga de emprego sem sucesso ou nem têm com quem deixar a criança. Especialistas dizem que não falta acesso à informação sobre os métodos contraceptivos, mas alertam que há pouca orientação.

[Correio Braziliense (DF), Renata Mariz – 12/02/2010]

Pequenas violências, pesadas consequências


Para sociólogo, bullying no Brasil deveria ser tema de saúde pública e de política de segurança pública

O sociólogo e pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), Glaucio Ary Dillon Soares, explica em artigo que crianças e adolescentes com alguma deficiência são alvos frequentes de agressões verbais e físicas nas escolas. Na Grã-Bretanha, por exemplo, mais de 50 mil famílias elegeram retirar os filhos das escolas e educá-los em casa devido a vários fatores, sendo bullying um dos mais frequentes. Organizações já foram criadas para lidar com ele. Uma delas é a Beatbullying (BB). Segundo a BB, um terço dos que faltam à escola o fazem por medo de serem bullied (bolinados). Para o sociólogo, no Brasil, o assunto deveria ser tema de saúde pública e de política de segurança pública. Ele diz que no país alguns sociólogos e educadores nem sabem que o fenômeno existe.

[Correio Braziliense, Glaucio Ary Dillon Soares (DF) – 05/02/2010]

Educação sexual: como, quando e por quê


Em 2011, o tema educação sexual será obrigatório nas escolas britânicas. Enquanto isso, no Brasil o assunto é trabalhado de forma informal

A professora e estudante de neuropsicopedagogia, Elizete Feliponi, explica em artigo que a partir de 2011, o tema educação sexual será obrigatório nas escolas britânicas. Puberdade, gravidez e violência sexual, entre outros, serão assuntos trabalhados com crianças de sete anos em diante. No Brasil, este trabalho ocorre informalmente. Segundo ela, para educar sexualmente, não existe data determinada. O que se faz necessário é despir a cabeça do adulto dos mitos, preconceitos e tabus sobre sexo. A professora diz que a criança traz muita coisa, é curiosa por natureza e é preciso estar atento para conseguir atender suas necessidades de forma natural, sem precocidade, preconceito, vergonha ou medo.

[A Notícia (SC), Elizete Feliponi – 05/02/2010]

Novas regras escolares entram em vigor hoje


Prática de bullying, consumo de bebidas alcoólicas, cigarros, drogas e porte de arma na escola passam a ser considerados atos infracionais

A Secretaria Estadual de Educação do Espírito Santo (Sedu) definiu que as práticas de bullying – agressões envolvendo intimidação ou humilhação de alunos – assim como o consumo de bebidas alcoólicas, cigarros, drogas ilícitas e o porte de armas na escola são atos infracionais que podem ser punidos, em última instância, com a transferência do aluno de escola. Cabe ao diretor, também, ir à delegacia para registrar Boletim de Ocorrência quando o aluno tiver mais de doze anos. As regras definidas pelo Regimento Comum das Escolas da rede estadual de ensino entram em vigor hoje (04) em todas as 633 escolas da rede. O regimento define, também, os direitos e os deveres de professores, alunos e pais de alunos.

Proibições – São ainda proibições namorar nas dependências na escola; utilizar aparelhos eletrônicos e celulares nas salas de aula; utilizar short e bermudas acima do joelho; uso de boné; óculos escuros e decotes.

[A Gazeta (ES), Priscilla Thompson – 04/02/2010]

Arte deve voltar a ser ensinada na escola


Lei determina a volta do ensino de música para os alunos dos ensinos fundamental e médio

Até 1972, música, teatro e artes plásticas faziam parte das disciplinas obrigatórias. No entanto, foram substituídas pela educação artística, o que, segundo os críticos, ”acabou com o ensino da arte”, já que muitos professores designados para ministrar a disciplina não tinham formação específica em nenhum tipo de arte. Em agosto de 2008, o presidente Lula sancionou a Lei 11.769, que determina a volta do ensino de música para os alunos dos ensinos fundamental e médio. O prazo para adaptação das escolas é de três anos. Para a professora de música na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Magali Kleber, a arte um instrumento poderoso na educação, por isso é necessário incluí-la no sistema educacional como forma de garantir o acesso dos brasileiros. O assunto requer investimento, vontade política e a união da área.

[Folha de Londrina (PR) – 15/01/2010]

Médico cria projeto para livrar crianças do fumo


A proposta pedagógica apresentada pelo programa tem o objetivo de reforçar os benefícios de não fumar

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 700 milhões de crianças estão expostas ao tabagismo passivo. Pensando nisso, o pneumologista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) decidiu encontrar uma forma de atingir o público infanto-juvenil. Adaptou, histórias que conta às filhas, ao tema, montou uma página na internet (www.pulmaosa.com.br) e elaborou projetos educacionais. O projeto chamado de Pulmão S.A. Sua Atmosfera: Sua vida, tem o objetivo de fornecer informações e atingir o governo, as empresas e as escolas, para fortalecer a rede de proteção às crianças e reforçar os benefícios de não se fumar. O projeto e uma de suas histórias estão entre os três concorrentes ao The Chest Foundation Humanitarian Awards, prêmio promovido pelo American College of Chest Physitians, sociedade médica presente em aproximadamente 100 países.

[O Estado de São Paulo (SP); Jornal da Tarde (SP) – 04/01/2010]

Não se paga mais para ajudar crianças


Valores do Imposto de renda devido de pessoas físicas ou jurídicas podem ser destinados a instituições que atendem crianças e adolescentes

Pelo Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), pessoas físicas e jurídicas podem destinar 6% e 1%, respectivamente, do Imposto de renda (IR) devido para amparar uma entidade que atende ao público infanto-juvenil em situação de risco ou vulnerabilidade social. A entidade indicada pode receber até 80% do valor dessa destinação. O restante vai para outras instituições. Os recursos são depositados em uma conta municipal, gerenciada pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, e aplicados exclusivamente em ações e projetos de fortalecimento da política de atenção a crianças e adolescentes, previamente aprovados pelo órgão gestor. No ano passado, as contribuições ao FIA Vitória somaram cerca de R$ 700 mil. Esse número poderia chegar a R$ 22 milhões se todas as pessoas físicas do estado realizassem a destinação para os fundos municipais.

[A Gazeta (ES), Anny Giacomin – 23/12/2009]

Pedófilo não nasce, se cria


Um pedófilo tem consciência dos seus atos. Sabe que está transgredindo um tabu cultural. Então, procura esconder, disfarçar e dissimular os atos que irão incriminá-lo social e judicialmente

Para a doutora e assistente social Catarina Maria Schmickler, pesquisadora da violência sexual contra crianças, ninguém nasce pedófilo, assim como não se nasce criminoso, bom pai ou pessoa generosa. A história de cada pessoa imprime marcas que poderão influenciá-la no futuro. A psicóloga reconhece que, uma das dificuldades para se identificar um pedófilo exceto quando flagrado praticando o crime é que se trata de uma pessoa considerada normal. Na maioria das vezes possui um bom nível educacional, uma rede familiar e social bem constituída, emprego. Um pedófilo tem consciência dos seus atos. Sabe que está transgredindo um tabu cultural. Então, procura esconder, disfarçar e dissimular os atos que irão incriminá-lo social e judicialmente. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), quem pratica a pedofilia é um adulto com uma desordem mental e de personalidade. Interpretada, também, como um desvio sexual.

Diferenças – Segundo a especialista, um pedófilo tem atração preferencial por crianças, razão pela qual a literatura o denomina abusador sexual preferencial. Um pai, padrasto ou avô também podem gostar de se relacionar sexualmente com crianças e adolescentes, mas costumam se relacionar com outras mulheres adultas, daí serem denominados abusadores sexuais situacionais.

[Diário Vatarinense (SC), Ângela Bastos – 13/12/2009]

Álcool e cigarro: vícios que podem passar de pai para filho


Estudo revelou que cerca de 43% dos alunos brasileiros entre dez e doze anos já ingeriram bebidas alcoólicas e que 12,7% já experimentaram cigarro

Estudo realizado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a Universidade Complutense de Madrid, Espanha, revelou que cerca de 43% dos alunos brasileiros entre dez e doze anos já ingeriram bebidas alcoólicas e que 12,7% já experimentaram cigarro. E ainda, 36,6% já presenciaram a mãe embriagada e 11,6% afirmaram já ter visto o pai alcoolizado. O psicólogo Cláudio Miranda explica que as crianças e os adolescentes tendem a seguir o exemplo bom ou ruim dos pais e de outros adultos de referência. Outro fator que torna o dado ainda mais agravante é que quanto mais cedo eles começam a beber e a fumar, mais rapidamente poderão sofrer complicações de saúde. A pesquisa mostrou que a maior parte das bebidas consumidas é adquirida em bares, lugares de diversão e supermercados, e os motivos alegados para o consumo são festas e para esquecer problemas.

[A Gazeta (ES), Priscilla Thompson – 04/12/2009]

Separação dos pais e a infância


Conforme é realizada essa separação, pode haver muitas consequências e isso traz como mudança para criança um possível sentimento de culpa ou abandono

O reflexo da separação dos pais trata de uma realidade comum na vida de muitas famílias. As crianças não ficam isentas quando se refere à mudança na vida dos pais e delas próprias. Segundo a psicóloga Eliane Andreia Pessoa Nunes Guerra, conforme é realizada essa separação, pode haver muitas consequências e isso traz como mudança para criança um possível sentimento de culpa ou abandono. Ela explica que esses comportamentos podem se alterar na escola, com choro fácil, irritabilidade, medos, ansiedade e comportamentos regredidos. A psicóloga diz que muitos pais observam a mudança na criança quando são chamados para irem até a escola e o professor acaba pontuando algumas mudanças como queda do rendimento, agressividade e recusa escolar. A intensidade do comportamento também pode variar de acordo com a idade, a fase e a postura dos pais frente ao assunto e as mudanças.

[A Gazeta (MT) – 03/12/2009]

ES: Escolas vão ter que oferecer aulas de ensino religioso


participação dos alunos será facultativa. Na hora da matrícula, os pais ou alunos com mais de 18 anos, farão a opção pela disciplina ensino religioso ou por outra atividade a ser oferecida pelas escolas

As escolas públicas do Espírito Santo deverão ofertar o ensino religioso para todas as séries do ensino fundamental. Uma resolução do Conselho Estadual de Educação, publicada ontem (26) no Diário Oficial do Estado, determina a obrigatoriedade da oferta da disciplina pelas unidades de ensino, nos horários normais de aula. A participação dos alunos, porém, será facultativa. Na hora da matrícula, os pais ou alunos com mais de 18 anos, farão a opção pela disciplina ou por outra atividade a ser oferecida no mesmo horário. Pela resolução, a carga horária da matéria é de uma aula semanal, em todas as séries. Nela, alunos vão estudar o fenômeno religioso, presente em diversas culturas, sem doutrinação, respeitando a diversidade cultural. Na Grande Vitória, apenas a capital não oferece o ensino, que é considerado parte da formação básica do cidadão, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996.

[A Gazeta (ES), Thaís Brêda – 27/11/2009]

Mentir nem sempre é errado


Segundo especialista, os pais, ao observarem a mentira, devem chamar atenção da criança, investindo mais em diálogos e evitar utilizar a punição

Qual seria a melhor reação dos pais quando descobrem uma mentira contada pelos filhos? Bronca, castigo, ou uma conversa? Esse é o tema do quadro “Primeira Infância”, do programa Revista que vai ao ar sábado (28), a partir das 9 horas, na TV Record. Segundo a psicóloga Eliane Andreia Pessoa Nunes Guerra, entre os quatro ou cinco anos, as mentiras ainda não se destinam a enganar maliciosamente, uma vez que a criança não sabe distinguir o certo do errado. Depois dos seis anos é que se desenvolve a capacidade de mentir com intenção específica. Os pais devem chamar atenção da criança, investindo mais em diálogos e evitar utilizar a punição. É necessário observar a frequência, a intensidade e a gravidade das mentiras, pois algo mais sério pode estar por trás, como a mitomania – vontade compulsiva de mentir ou comprometimento com a autoestima.

[A Gazeta (MT) – 26/11/2009]

Jovens compram bebida com facilidade


Membros dos conselhos tutelares e especialistas admitem a facilidade que o adolescente tem para comprar bebida alcoólica

O Inciso 2 do Artigo 81 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a venda de bebidas alcoólicas para quem tem menos de 18 anos. Essa parte do ECA, no entanto, é desrespeitada diariamente em todo país. Em Porto Velho, Curitiba, Florianópolis, Recife, Cuiabá, São Paulo e Brasília, os membros dos conselhos tutelares e especialistas admitiram a facilidade que o adolescente tem para comprar bebida alcoólica. Na avaliação do juiz da Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Renato Rodovalho, o problema ocorre porque a sociedade tolera que os adolescentes bebam. Ele defende a adoção de uma postura mais atuante da sociedade e a realização de campanhas governamentais. O magistrado explica que há uma barreira para coibir e fiscalizar, uma vez que a própria comunidade fornece a bebida, quando não, alguns pais também.

[Correio da Paraíba (PB), Daniel Mello; Diário de Natal (RN); Hoje em Dia (MG) – 23/11/2009]

Brasileiros estão mais altos e gordos


Dados indicam que o acesso à alimentação tem contribuído para o aumento da estatura de crianças com menos de cinco anos

Pesquisa divulgada ontem (19) pelo Ministério da Saúde revela que os brasileiros estão mais altos. Os dados indicam que o acesso à alimentação tem contribuído para o aumento da estatura de crianças com menos de cinco anos. Entre 1974 e 2007, o índice de déficit de altura, principal indicador da desnutrição caiu 75%. O estudo “Saúde Brasil 2008” mostra que as crianças brasileiras estão cada vez mais próximas do padrão internacional mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A média de crescimento das meninas é de 0,22 e a dos meninos, 0,35. A pesquisa indica que os ganhos em altura ocorreram também entre dez e 19 anos. O Ministério alertou que o aumento na estatura da população não significa, necessariamente, que as pessoas estejam se alimentando de forma correta e saudável. O estudo revela mudança no perfil nutricional que passou de estado de desnutrição para o de sobrepeso. O risco de obesidade é maior entre crianças e adolescentes de dez a 19 anos.

[A matéria foi publicada nos principais jornais do país – 20/11/2009]

Propagandas têm mensagem à criança


Pesquisa realizada entre 2006 e 2008 mostra que quase 70% das peças publicitárias veiculadas na TV são direcionadas ao público infantil e 96,7% da propaganda de comida divulgam alimentos não saudáveis

Crianças com menos de seis anos não conseguem diferenciar conteúdo publicitário na televisão da programação de entretenimento a que assistem e ficam mais propensas a consumir produtos anunciados, que, muitas vezes, são alimentos não saudáveis. As observações foram feitas pela pesquisadora do Centro de Pesquisa em Alimentação Saudável do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), Renata Fagundes, que participou ontem (19) de audiência pública promovida pelas comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). De acordo com estudo realizado pelo centro entre 2006 e 2008, quase 70% das peças publicitárias veiculadas em canais de televisão abertos e pagos são direcionadas ao público infantil e 96,7% da propaganda de comida divulgam alimentos não saudáveis. Para a pesquisadora, as estratégias de marketing utilizam apelos emocionais para aumentar o consumo de alimentos com alto teor de gordura, açúcar ou sal.

[A Gazeta (MT) – 20/11/2009]

Escola influencia hábito alimentar


A formação de hábitos saudáveis ainda nas escolas, especialmente nas crianças em creches, apresenta impactos na família

Uma resolução editada este ano proíbe que as escolas públicas que recebem dinheiro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Ministério da Educação (MEC), comprem refrigerantes e alimentos enlatados, além de determinar que precisam oferecer pelo menos três porções de frutas ou hortaliças por semana. No caso das escolas, o MEC não pode determinar o cardápio, mas em alguns estados e municípios já existem leis que restringem os produtos alimentícios que podem ser vendidos nas cantinas escolares. Segundo a coordenadora do PNAE, Albaneide Peixinho, ainda são pouquíssimas as iniciativas desse tipo. Para ela, a mudança no hábito alimentar pode começar na escola. A coordenadora explica que uma vez estimulada a formação de hábitos saudáveis ainda nas escolas, especialmente nas crianças em creches, isso terá impacto na família. Para o nutricionista Rodrigo Horta, pais fisicamente ativos e com hábitos alimentares saudáveis possuem filhos nas mesmas condições.

[A Gazeta (MT) – 20/11/2009]

Educar sem bater


Para especialista, qualquer tipo de atitude violenta transmite uma mensagem errada e o uso da força pode diminuir a criatividade e curiosidade das crianças

Pesquisa da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgada recentemente condena o uso da força como forma de educação. O Relatório sobre o castigo corporal e os direitos humanos de crianças e adolescentes 2009 afirma que, mesmo de forma moderada, medidas como tapa, beliscão ou chinelada podem ser prejudiciais para o desenvolvimento das crianças. Para Márcia Oliveira, da organização não governamental Save the Children, qualquer tipo de atitude violenta transmite uma mensagem errada e o uso da força pode diminuir a criatividade e curiosidade das crianças. O coordenador no Brasil do Programa de Cidadania Adolescente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi, diz que o castigo físico, mesmo em pequena escala, gera impactos negativos na autoestima e na autonomia da criança. Para ele, a solução está no diálogo. Para a assistente social Ludimila de Ávila Pacheco e a promotora de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Leslie Marques de Carvalho, castigos físicos deixam marcas psicológicas, que podem se manifestar de várias maneiras, tanto na infância e adolescência, quanto na fase adulta.

Leis – De acordo com o Relatório, apenas 24 países em todo o mundo possuem leis que proíbem o castigo físico e humilhante, entre eles o Uruguai e a Venezuela. O Canadá e a Nicarágua mantêm iniciativas de leis para a proibição do castigo físico e da violência doméstica contra crianças que podem ser aprovadas nos próximos anos. No Brasil, o Projeto de Lei 2654/03 pretende alterar artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Código Civil para tornar crime a punição corporal de qualquer intensidade contra meninos e meninas. O projeto, que ficou conhecido como Lei da Palmada, foi aprovado na Câmara dos Deputados pelas Comissões de Educação e Cultura (CEC), Seguridade Social e Família (CSSF) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

[Correio Brasiliense (DF) – 17/11/2009]

Adolescentes vivem o dilema entre perder peso ou se tornar um adulto obeso


Estudos mostram que 25% dos meninos e 50% das meninas desejam perder peso e 20% deles recorrem a dietas restritivas, medicamentos para emagrecer e a prática de vômitos autoinduzidos

As dietas adotadas por crianças e adolescentes podem aumentar os riscos de transtornos alimentares. De 9% a 22% das adolescentes lançam mão de comportamentos alimentares inadequados para perder peso. Essa conduta está associada com desnutrição, retardo no crescimento e na maturação sexual e sintomas de transtornos mentais como depressão, ansiedade, fadiga crônica e maior risco de desenvolver transtornos alimentares. Estudos mostram que em todo o mundo, mais de 25% dos meninos e 50% das meninas desejam perder peso, sendo que 81% deles são considerados de baixo peso ou de peso normal, e 20% deles recorrem a métodos inadequados para alcançar objetivos de peso ideal com dietas restritivas, medicamentos para emagrecer e a prática de vômitos autoinduzidos. Por sua vez, pesquisas revelam que 80% dos adolescentes com sobrepeso serão adultos obesos e muito mais suscetíveis às complicações da obesidade. Estatísticas mostram que 44% das meninas e 15% dos meninos dizem que tentam perder peso, sendo que 1% delas desenvolve anorexia nervosa e 4%, bulimia nervosa. Entre os meninos a porcentagem é muito menor.

[Jornal da Tarde (SP) – 13/11/2009]

Brincadeira ajuda no desenvolvimento saudável das crianças


Meninos e meninas que brincam, especialmente na primeira infância período que vai do nascimento aos seis anos, desenvolvem melhor suas habilidades sociais

O ato de brincar contribui para o desenvolvimento saudável e equilibrado dos pequenos. Mais do que uma simples diversão, o lazer é uma forma da criança pesquisar, aprender e descobrir novas possibilidades, além de experimentar papéis sociais diferentes e ampliar a interação com os outros. Especialistas garantem que a brincadeira ajuda a formar adultos menos violentos e pessoas mais criativas. A assistente social e coordenadora da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar, Marilena Flores Martins, explica que a brincadeira traz diversas vantagens. Nela, são trabalhados conceitos como limites, regras, direitos e deveres, que são questões presentes em qualquer aspecto da vida. Quando a criança respeita isso na hora da diversão, aprende a respeitar também em seu cotidiano. Para a coordenadora, aqueles que brincam, especialmente na primeira infância, período que vai do nascimento aos seis anos, desenvolvem melhor suas habilidades sociais. Pensando a educação infantil na Bahia, o Conselho Municipal de Educação de Itabuna realiza a partir de amanhã (11) o IV Simpósio de Educação Infantil com o tema “A Pedagogia da Infância: do livre brincar à construção de aprendizagens significativas”. O objetivo é discutir a educação das crianças pequenas, enquanto espaço de garantia aos seus direitos de bem-estar, expressão, movimento, segurança, brincadeira, e de construção do conhecimento produzido”. Ainda serão abordados o papel da escola de educação infantil, as relações sociais construídas no ambiente e as políticas públicas nacional e municipal para o alcance da qualidade social desse nível de ensino.

Direito- O direito à brincadeira e ao lazer ainda não é integralmente respeitado no Brasil, apesar de ser um direito assegurado pelo artigo 227 da Constituição. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) expressa como parte do direito à liberdade brincar, praticar esportes e divertir-se. Assim, colaborar para que as crianças tenham acesso à brincadeira não é dever apenas dos governos e dos pais, mas também de todos os cidadãos. Atuar para que esse direito seja assegurado é colaborar para o cumprimento das leis.

[Correio Brasiliense (DF); A região (BA) – 10/11/2009]

Jovem fuma por alívio e para imitar adulto


Pesquisa mostra que jovens que vivem com famílias estáveis estão mais protegidos e menos propensos ao fumo

O estudo feito pela psicóloga Cassiana Moraes de Oliveira para o mestrado em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, acompanhou 80 estudantes entre 15 a 18 anos, sendo 40 fumantes e 40 não fumantes. Foi detectado que a iniciação precoce ao fumo é cada vez mais frequente e que a maioria dos jovens recebeu convites para experimentar o cigarro de amigos. A pesquisa apontou ainda que há predomínio de motivações diferentes entre garotos e garotas para o início do tabagismo. Entre as meninas, o fumo é usado para o alívio de situações difíceis e compensação da solidão. Já entre os garotos, a influência é de amigos e familiares fumantes, além da necessidade de autoafirmação. A pesquisa também sugere que jovens que vivem com famílias estáveis estão mais protegidos e menos propensos ao fumo. Segundo a pesquisadora, é possível afirmar que ter uma estrutura familiar saudável é um fator de proteção para que o jovem não inicie o tabagismo. Já a Universidade federal de São Paulo (Unifesp) avaliou a situação de mil adolescentes grávidas e constatou que quase 20% delas fumavam. Perto de 3% das garotas que participaram do levantamento ingeriam bebidas alcoólicas de forma abusiva e 1,7% consumia substâncias psicoativas ilícitas. Quanto às drogas mais pesadas, 0,6% das entrevistadas consumiu substâncias injetáveis e 1,7% utilizou maconha ou cocaína.

Campanhas – Na avaliação da psicóloga, a realização de campanhas antitabagismo voltadas especificamente para os adolescentes pode reduzir a iniciação precoce no vício. Além disso, é importante envolver os familiares nas ações educativas, incluir políticas de prevenção nas grades curriculares com incentivo da participação dos professores bem como pensar estratégias que bloqueiem o acesso de cigarros aos adolescentes. Ela ressalta ainda a importância dos órgãos de saúde pública elaborarem alternativas para as mulheres adolescentes lidarem melhor com a ansiedade, o estresse e a depressão.

[Folha de São Paulo (SP), Leandro Martins; Diário de Pernambuco (PB) – 08/11/2009]

Criança que faz o pré vai melhor na escola


Estudos mostram que os alunos que fizeram pré-escola têm um desempenho melhor em todas as séries em comparação aos que entraram na primeira série

Pesquisas apontam que crianças que cursam o ensino infantil têm desempenho melhor nos anos posteriores na escola. Além disso, têm mais chances de completar os ensinos fundamental e médio em relação àquelas que entram direto na primeira série. Pesquisa do professor Naercio Menezes Filho, da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), mostra que os alunos que fizeram pré-escola têm um desempenho melhor em todas as séries em comparação aos que entraram na primeira série. Em consonância com essa teoria, o trabalho das pesquisadoras Fabiana de Felício e Ligia Vasconcellos, da Fundação Itaú Social, aponta que as notas dos alunos de quarta série poderiam aumentar 11% se todas elas tivessem feito o ensino infantil. Esses efeitos ocorrem porque as crianças durante o ensino infantil começam a ter contato com elementos que irão utilizar durante a vida escolar, como letras e números, mesmo que não haja um processo de alfabetização. Além disso, as brincadeiras auxiliam nas atividades de coordenação motora.

[Folha de São Paulo (SP) – 06/11/2009]

Esporte e cultura para controle de comportamento


Atividades lúdicas, artísticas ou esportivas são muito benéficas e aconselháveis para crianças portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção ou Hiperatividade

Hiperatividade e déficit de atenção são alguns transtornos de comportamento frequentes em crianças. De acordo com a psicóloga Martha Souza, a criança hiperativa apresenta alteração no comportamento, tem dificuldades de concentração e diminui a persistência ao realizar as atividades de rotina, concentração em conversas e movimenta-se com exageros. Ela está o tempo todo impaciente, não tem noção de perigo e principalmente não tem limites, explica. A psicóloga explica que atividades lúdicas, artísticas ou esportivas são muito benéficas e aconselháveis para crianças portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção ou Hiperatividade (TDAH). A personal trainer e professora de natação, Luciana Noleto, comenta que a atividade física é de extrema importância para essas crianças, pois, além de trabalhar mente e corpo juntos, melhoram o desempenho de afazeres cotidianos. Ela diz que o esporte melhora o nível de atenção e de concentração da criança, trabalha o respeitar de limites e a socialização, além de contribui para o desenvolvimento integral da criança, melhora a capacidade cardiorrespiratória, equilíbrio, tônus muscular, desenvolvimento dos sentidos, sociabilidade e ganho de autoconfiança. A psicóloga Martha acrescenta que o exercício físico melhora a produção de dopamina, melhorando os sintomas desagradáveis do transtorno.

[Jornal do Tocantins (TO) – 05/11/2009]

Colesterol também é problema de criança


A incidência do colesterol na infância está relacionada à má alimentação, sedentarismo e, principalmente, à hereditariedade

É cada vez mais comum crianças, com idade entre cinco e 15 anos, sofrerem com a lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecida como mau colesterol. Especialistas afirmam que, na maioria dos casos, a doença é uma herança genética e apenas 10% a 20% das crianças conseguem se curar. Em média, 15 crianças são atendidas por mês pela Sessão de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, com níveis elevados da gordura. A incidência do colesterol na infância está relacionada à má alimentação, ao sedentarismo e, principalmente, à hereditariedade. A doença nas crianças é absolutamente idêntica à apresentada nos adultos e o tratamento também é semelhante: controle da alimentação, exercícios e remédios, diz o nutrólogo Fábio Ancona Lopez, do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Pediatria. A endocrinologista Sandra Villares, coordenadora do Ambulatório de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas, diz que a genética e o histórico familiar são determinantes. Em grande concentração no organismo, o LDL pode se fixar no interior das artérias, causando obstruções no sistema cardiovascular e aumentar o risco de enfarte, derrame, aneurisma, problemas renais e aterosclerose. Marcelo Bertolani, diretor da divisão científica da clínica, explica que nas crianças a dosagem não deve ultrapassar os 170mg/dl.

Jornal da Tarde (SP) – 05/11/2009

Criança que ronca e sofre apneia rende menos na escola


Estima-se que de 15% a 28% das crianças com até dez anos respirem pela boca e ronquem, e que de 1% a 3% delas também tenham apneia

Pesquisa avaliou 81 crianças de seis a doze anos que respiram pela boca em três grupos e concluiu que as crianças que roncam ou que sofrem apneia do sono – interrupções da respiração – apresentam menor rendimento escolar e alterações na memória e atenção. Os dados foram apontados no estudo do Ambulatório de Otorrinolaringologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apresentado no Congresso Mundial de Otorrinolaringologia Pediátrica. Estima-se que de 15% a 28% das crianças com até dez anos respirem pela boca e ronquem, e que de 1% a 3% delas também tenham apneia. As três principais causas de ronco e apneia em crianças são rinite alérgica, crescimento da adenoide (carne esponjosa na parte de trás do nariz) e aumento das amígdalas. O otorrinolaringologista Michel Cahali, professor colaborador da Universidade de São Paulo, diz que o ronco infantil é facilmente tratado e pelo menos 90% dos casos são resolvidos.

[Folha de São Paulo (SP), Fernanda Bassette – 27/10/2009]

Sexo na escola ainda é tabu


Muitos professores não são orientados quanto a maneira mais adequada de falar sobre sexo com os alunos e não existe um programa aplicado em todas as instituições para tirar dúvidas e levar a informação

Depois que três adolescentes, uma jovem de treze anos e dois meninos que não tiveram as idades informadas fizeram sexo dentro do vestiário do Colégio Estadual do Paraná (CEP), filmaram e divulgaram as imagens na internet, a comunidade acadêmica tem avaliado quais são as ações que os pais e professores devem tomar para orientar os jovens. As imagens já foram retiradas da internet e os alunos estão em casa sob a tutela dos pais e com acompanhamento pedagógico. A pedagoga Jane Terezinha Wisowaty, que trabalha com turmas de 3ª e 4ª séries na faixa de nove e dez anos, acredita que a educação sexual deveria virar uma disciplina, inclusive com material didático. Muitos professores não são orientados quanto a maneira mais adequada de falar com os alunos e não existe um programa aplicado em todas as instituições para tirar dúvidas e levar a informação de um profissional aos adolescentes. Para a doutora em psicologia Paula Gomide, a orientação sexual na escola está ligada à educação, e não à formação. Em sua opinião, a orientação deve começar desde cedo, quando a criança pergunta como nascem os bebês e deveria ser tratada, inclusive, em programas de televisão destinados às crianças.

[Folha de Londrina (PR) – 23/10/2009]

Governo quer avaliar alunos de escolas particulares


O contrato para a aplicação dos exames do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo até 2011 já prevê a possibilidade de expansão para a rede particular, mas a decisão é das escolas

Os alunos da rede particular da educação básica e do ensino médio poderão ser incluídos, a partir do próximo ano, no Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes), que acompanha a evolução do aprendizado dos estudantes nas disciplinas de matemática e português. Com isso, cerca de 120 mil alunos a mais devem participar da avaliação. Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Privados de Ensino do Estado (Sinepe), a ideia, aprovada em assembleia semana passada, precisa agora ser operacionalizada. De acordo com o secretário estadual de educação, Haroldo Corrêa Rocha, o contrato para a aplicação dos exames até 2011 já prevê a possibilidade de expansão para a rede particular, mas a decisão é das escolas. A Secretaria Estadual de Educação (Sedu) disse, por nota, que nada foi feito ainda para viabilizar a aplicação do exame também na rede particular, mas que encontros futuros poderão confirmar a parceria. De 23 a 27 de novembro deste ano, cerca de 314 mil alunos deverão fazer as provas do Paebes. Serão avaliados os alunos do 1º,2º e 3º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio da rede pública de ensino do estado.

[A Gazeta (ES), Priscilla Thompson 15/10/2009]

Pais devem ficar atentos contra crimes via internet


Segundo dados da ONG SaferNet Brasil no primeiro semestre deste ano 55% das mais de 44,5 mil denúncias de crimes na web se referiam à pornografia infantil

A utilização da internet, principalmente por crianças e adolescentes, exige muita atenção. Contudo, se tomadas algumas atitudes simples, o seu uso pode ser bastante seguro e confiável. De acordo com o assessor de prevenção da organização não governamental SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm, o mundo virtual apresenta os mesmos perigos que o mundo real. Para ele, da mesma forma que os pais orientam seus filhos a não falarem com estranhos na rua, é importante orientá-los a não conversar com desconhecidos na internet. Segundo dados da ONG, no primeiro semestre deste ano 55% das mais de 44,5 mil denúncias de crimes na web se referiam à pornografia infantil. O crime pode ocorrer de várias formas. Há casos, por exemplo, nos quais as crianças são coagidas a fotografar o próprio corpo, ou exibi-lo por uma webcam. Em outras situações, o assédio acontece de forma mais sutil, quando os agressores induzem as crianças a falarem sobre sexo. De acordo com Marcus Fonseca, coordenador de desenvolvimento de sistemas do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (IBICT), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, é importante que os pais incentivem o uso educativo da internet de modo que as crianças acessem sites de conteúdo positivo, educativos ou de entretenimento previamente selecionados, onde a navegação é segura. Outra opção é a instalação de bloqueadores de conteúdo, programas de fácil instalação que impedem que a criança acesse sites com pornografia ou violência. Apesar dos cuidados, os pais ainda devem ficar bem atentos.

[Correio Brasiliense (DF) ? 14/10/2009]

Organização das Nações Unidas alerta para pedofilia na web


Mais de quatro milhões de sites pelo mundo contêm imagens de crianças sendo abusadas sexualmente e as salas de bate-papo tornaram-se o principal meio usado por aliciadores para recrutar crianças

De acordo com a especialista e investigadora sobre venda de crianças, exploração sexual infantil e pornografia infantil da Organização das Nações Unidas (ONU), Najat Mjid Maalla, o número de sites da internet contendo pornografia infantil está aumentando e mais imagens mostram graves abusos. A especialista falou ontem (16) ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra, que reúne 47 nações, e seu depoimento apontou que as salas de bate-papo tornaram-se o principal meio usado por aliciadores para recrutar crianças. Ela disse também que, mais de quatro milhões de sites pelo mundo contêm imagens de crianças sendo abusadas sexualmente. “Há um aumento no número de sites registrados”, notou. A investigadora se baseou em dados de uma pesquisa do grupo britânico Internet Watch Foundation. Segundo ela, o número de imagens mostrando exploração séria quadruplicou entre 2003 e 2007, mostrando imagens abjetas de estupro brutal, crianças amarradas, sexo oral e outras formas de submissão. “Aproximadamente 750 mil pessoas estão em sites de pornografia infantil a qualquer momento do dia”, diz. Um estudo do National Center on Missing and Exploited Children, dos Estados Unidos, concluiu que 83% das pessoas com pornografia infantil possuíam imagens de crianças entre seis e doze anos, 39% tinham fotos de meninos entre três e cinco anos, e 19% tinham imagens de crianças com menos de três anos. Uma médica marroquina, apontada para o posto não remunerado da ONU no ano passado, que também falou ao Conselho, pediu cooperação internacional para combater a indústria da pornografia infantil. Segundo ela, essa indústria movimenta entre US$ 3 bilhões e US$ 20 bilhões anualmente. A médica recomendou aos países que compartilhem informação sobre sites com pornografia infantil, para conseguir bloqueá-los mais rapidamente.

[Correio da Paraíba (PB), Jornal do Commercio (PE) – 17/09/2009]

Crianças valorizadas e incentivadas pelos pais se tornam adultos bem resolvidos


Pais que exigem demais dos filhos e aparentam decepção quando eles não atingem o idealizado minam a confiança em desenvolvimento

Carinho e cuidado são o que os pais costumam considerar a base da educação dos filhos pequenos. Acreditam ser o suficiente nos primeiros anos. O que muitos não imaginam é que gentileza e valorização dos acertos fazem toda a diferença para que os filhos se tornem pessoas confiantes. Essa essência da autoestima se forma cedo, até os sete anos. De acordo com a psicóloga Ana Maria Rossi, da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), nessa fase, a criança já desenvolveu o próprio ego de acordo com os exemplos dos pais e da sociedade. “É uma construção que depende inteiramente da relação com os adultos importantes para ela”, diz. Já quem é massacrado pelo excesso de expectativas dos pais, é humilhado e reprimido em sua espontaneidade, pode ter o futuro comprometido. “Não é uma condição imutável”, afirma Ana Maria. “Mas sofrimento e prejuízos sérios nesse período marcam profundamente.” Um estudo da Lund University, na Suécia, publicado no mês passado no “Journal of Psychiatry and Menthal Health Nursing”, aponta que a baixa autoestima está associada à rejeição. Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, descobriram que pessoas que se sentem desvalorizadas podem apresentar uma diminuição da área do cérebro responsável por armazenar lembranças, como as da infância. Pais que exigem demais dos filhos e aparentam decepção quando eles não atingem o idealizado minam a confiança em desenvolvimento. A criança, em sua fantasia, acredita que não ser capaz diante do olhar paterno e materno, o que significa não merecer amor. Segundos os especialistas, negligenciar a expressão de sentimentos e reprimir com frases como “cala a boca” ou “isso é assunto de adulto” também são maléficas. Para a professora de psicopatologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Cristine Lacet, o diálogo é a chave para a garotada aprender a confiar e a verbalizar sentimentos e opiniões. “Acolher dificuldades durante a conversa, sem criticar, ajuda na segurança, assim como ter os avanços reconhecidos também é fundamental”, diz a psicóloga. De acordo com ela, é assim que eles percebem que estão indo bem ao vencer barreiras como timidez ou medo de não entender o que a professora explica em sala de aula. Para o terapeuta de família Moisés Groisman, a baixa autoestima não é um traço de personalidade e, sim, o reflexo de desajustes em casa. “A autoestima fraca não é o primeiro sintoma das crianças que aparecem no consultório”, diz. “Elas chegam, geralmente, com problemas de aprendizado. Depois, descubro que não são valorizadas na família, que há dificuldade de relacionamento entre os pais”, afirma. Saber que o erro faz parte das possibilidades, sem deixar se intimidar, é uma característica de quem tem autoestima.

[Revista Istoé – 06/09/2009]

Pais podem estar contribuindo para a dupla personalidade da criança


Na presença dos pais, crianças são mais birrentas, dão mais vazão às emoções e questionam as ordens e sem perceber, adultos podem contribuir para esse comportamento

Crianças junto aos pais revelam facetas e extravasam emoções que permanecem à sombra quando estão na presença de adultos que não participam de sua intimidade, em geral, todos os demais. A psicoterapeuta Magdalena Ramos, autora do livro “E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos” afirma que as crianças esperam que os pais tolerem sua insegurança, sua demanda. Com os outros, não têm necessidade nem esperança de que isso aconteça. Para a professora de psicologia e psicanálise da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Miriam Debieux Rosa, na relação com os pais a criança tem uma tarefa importante para o seu desenvolvimento. “Ela precisa estabelecer um modo próprio de ser, tentando mudar ou reforçar a ideia que os pais fazem dela”, explica. A intensidade dos sentimentos envolvidos na relação entre pais e filhos e a atenção muitas vezes insuficiente por parte dos pais devido à correria cotidiana também desencadeiam tensões e aborrecimentos, na opinião da psicanalista e professora da PUC-SP Silvana Rabello. “Há promessas não cumpridas, o ciúme do irmão. A criança reage ficando irritadiça, agressiva”, diz. Por limitação da idade, ela tem dificuldade de expressar descontentamentos, medos e angústias por meio de palavras, partindo para o enfrentamento, o choro, a manha. E, quanto mais nova a criança, mais comuns essas situações. Embora seja difícil lidar com qualquer tipo de descontrole por parte dos filhos, para os pais não há nada mais irritante do que a birra. Mas, de acordo com os especialistas, esse comportamento indesejado se deve, em grande parte, a atitudes dos próprios pais. Eles não aguentam ver a criança chorar e cedem, Ela percebe e se aproveita. Para Debieux Rosa, birras frequentes são sinal de problema na relação entre pais e filho. Para Silvana Rabello, quando os conflitos entre pais e filhos tornam-se recorrentes, o ideal é que os adultos se auto-observem para tentar identificar o que provoca o mau comportamento na criança. Outro desafio que os pais devem encarar é tentar distinguir uma situação angustiante para a criança, quando ela precisa de acolhimento, da birra, que exige firmeza para ensinar a lidar com frustrações. “A manifestação às vezes é parecida, mas o que está em jogo é muito diferente”, diz Debieux Rosa. Em caso de crise quando a criança está fora de controle, o mais indicado é guardar o discurso para mais tarde. “É preciso segurá-la para que não se machuque e para que possa se acalmar e escutar o que os pais estão falando”, diz Debieux Rosa. “Não é preciso violência, bastam firmeza e convicção de que o limite é necessário”, ressalta.

[Folha de São Paulo (SP), Rachel Botelho – 03/09/2009]

Imagens de crianças postadas na internet incentiva a pornografia infantil


Vídeos infantis na rede servem não apenas para atender a fantasias de abusadores, mas para abastecer um mercado paralelo de imagens pornográficas

Um alerta aos pais que postam vídeos de seus filhos na internet para que parentes e amigos, mesmo à distância, possam acompanhar o desenvolvimento deles: pedófilos e abusadores se aproveitam dessa situação para aumentar o seu acervo pessoal de imagens. A organização não-governamental (ONG) SaferNet Brasil detectou o problema e afirma que por dia recebe em média 350 denúncias contra páginas da web. Cerca de 60% desse total tem suposto conteúdo pornográfico infantil. O diretor da SaferNet Brasil, Thiago Tavares, faz um alerta aos pais que expõem os filhos. “Eles têm de ter consciência de que todos os dias 1,6 bilhão de pessoas no mundo acessam a rede e é preciso lembrar que a internet é um espaço público”, ressalta. Outro ponto lembrado por Tiago é o caso em que os próprios adolescentes colocam seus vídeos na internet e acabam alimentando ainda mais a rede de pedofilia. Vídeos de crianças brincando na areia da praia, cenas de uma festa ou imagens de meninas dançando no quintal servem não apenas para atender a fantasias de pedófilos, mas para abastecer um mercado paralelo de imagens pornográficas. Há aproveitadores que fazem coletâneas com vídeos caseiros de crianças e adolescentes e depois vendem para pedófilos na própria rede, disse Tavares. No principal site de compartilhamento de vídeos, há dezenas de arquivos com crianças e adolescentes que deveriam ser compartilhados apenas com pessoas próximas, mas são vistos por pedófilos. Nesse site, por exemplo, um vídeo no qual três meninas brincam e dançam numa praia foi exibido 55 mil vezes, em dois anos, número que extrapolaria o acesso de parentes e amigos. A simples remoção do vídeo, muitas vezes, não resolve o problema, pois os pedófilos copiam o arquivo e voltam a postá-lo usando uma conta falsa de e-mail. O diretor da SaferNet Brasil diz que já foram conseguidas algumas vitórias na Justiça brasileira contra pedófilos que agem na rede. “Há três anos, conseguimos que provedores estrangeiros, que são os mais utilizados, se adequassem às leis brasileiras e eles são obrigados a manter o material, mesmo que retirado pelo autor, por um determinado tempo”, diz. Entre janeiro de 2006 a junho de 2009, a ONG denunciou cerca de 300 mil páginas da internet. Conseguiu que a Justiça determinasse a retirada de 200 mil imagens.

[Jornal da Tarde (SP) – 30/08/2009]

Crianças devem passar muito tempo em frente à TV?


Cabe aos pais e responsáveis fazerem escolhas com seus filhos e definirem uma estratégia de uso da TV, que não ultrapasse uma hora diária

É constante a preocupação de pesquisadores e estudiosos, assim como de pais e responsáveis sobre o tempo que crianças de até dez anos devem assistir televisão. O que se conhece, como resultado de pesquisas e análises, é que bebês e crianças até três anos não devem ver TV intencionalmente, pois seu sistema nervoso e seu desenvolvimento neuromotor podem ser prejudicados por longa exposição à telinha. Entre os três e os dez anos, cabe aos pais e responsáveis fazerem escolhas com seus filhos e definirem uma estratégia de uso da TV, que não ultrapasse uma hora diária. Há pesquisas brasileiras que mostram que crianças até dez anos veem cinco horas diárias de TV desassistidas por adultos, o que pode trazer prejuízos para sua capacidade de atenção e concentração. Atualmente, devido à Portaria da Secretaria Nacional de Justiça, existe o sistema de Classificação Indicativa, que traz informação aos pais e responsáveis sobre a adequação daquele programa para as diferentes idades, o que ajuda na tomada de decisões sobre o que deve ou não ser visto. Mas as crianças, até os dez anos precisam muito de brincar e se movimentar ao ar livre para se desenvolverem bem. Produzido pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) e Instituto Alana, o livro “Infância e Consumo, estudos no campo da comunicação”, pode ser baixado da internet pelo site www.alana.org.br

[O Dia (RJ), Regina de Assis – 29/08/2009]

Pesquisa alerta para riscos na Internet


Especialistas estão preocupados com a onda recente entre jovens brasileiros, o sexting, mania de colocar fotos sensuais de si mesmo na internet e no celular

Pesquisa desenvolvida pela ONG brasileira Safernet, que está sondando jovens internautas do País revelou que tem crescido no Brasil, a prática da troca ou publicação de fotos sensuais que os próprios jovens fazem de si, seminus ou nus, pelo celular ou pela internet. A novidade cujo nome ainda é pouco conhecido está chamando a atenção de especialistas e foi batizada nos Estados Unidos de sexting, termo que une as palavras em inglês sex (sexo) e texting (ato de trocar mensagens pelo celular). De acordo com resultados parciais do estudo realizado em sete estados, incluindo Goiás, 13% dos entrevistados publicaram ou enviaram fotos íntimas por e-mail ou celular pelo menos uma vez. Do total dessa parcela, 39% já o fizeram mais de cinco vezes. A pesquisa que envolve educadores e estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio, de idade média entre onze e 18 anos, aborda também outros hábitos de navegação, como o cyberbullying, versão virtual do constrangimento entre colegas por meio de agressões morais. Um estudante de 16 anos de Goiânia, diz que o hábito é comum, especialmente em sites de relacionamento. “No Orkut então é certeza que você vai encontrar quem faça, especialmente mulheres”, afirma. Ele lembra, entretanto, que não somente as moças, mas também rapazes apelam para a prática, ao quererem chamar atenção e mostrar os atributos físicos resultados da malhação. “Isso quando não são mais ousados, postando fotos ainda mais íntimas”, ressalta. Já a adolescente de treze se diz totalmente contra a nova moda do sexting e que esta é uma questão complicada por envolver a intimidade. Ela fala que não sabe se teria coragem de aderir à prática quando se tornar adulta. “Claro que nunca pensei em fazer isso nem adulta, mas acho que vai depender muito da minha maturidade, se fizer”, afirma.

[O Popular(GO), Rodrigo Alves – 27/08/2009]

Aumentam os atendimentos por causa de jogos eletrônicos


Quem exagera no videogame pode adquirir enxaquecas, além de tendinite e dores de cabeça. Em casos mais graves, os games podem ocasionar vômitos

Especialistas alertam que crianças e adolescentes que passam mais de uma hora por dia jogando em aparelhos eletrônicos podem ter problemas de postura, tendinite e enxaqueca. Em consultórios, o número de atendimentos por lesões de esforço repetitivo (LER) e outras queixas relacionadas às articulações, quadruplicou. Segundo o médico hebiatra (especialista em adolescentes) Maurício de Souza Lima, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, a cada semana, aparecem dois pacientes com queixas de dores nos polegares e no pescoço. Há dez anos eram realizados dois atendimentos semelhantes por mês. O jogo eletrônico é ótimo se houver equilíbrio com outras atividades, mas em média, os adolescentes ficam mais de seis horas por dia na frente do computador e grudados em joysticks, segundo Lima. Tendinite e dores de cabeça são comuns entre os jovens que exageram. O estímulo luminoso do videogame, que geralmente tem muita cor e é muito rápido, provoca enxaquecas. Em casos mais graves pode ocasionar vômitos, explica a hebiatra Sheila Nisker, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A postura é o principal problema identificado em crianças e adolescentes que utilizam computadores com frequência. Uma pesquisa coordenada pelo reumatologista Clóvis Arthur Almeida da Silva, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, avaliou os impactos do uso prolongado de videogames em adolescentes entre 10 e 18 anos. Em 100% dos pacientes observados, a postura ao jogar era errada. As lesões mais graves, entretanto, não foram observadas. As crianças têm uma musculatura mais flexível e, apesar de se queixarem de dor, as lesões não aparecem. Mesmo assim, exageros aumentam o risco de problemas, explica Silva. Fazer intervalos é uma maneira de minimizar os efeitos do uso prolongado. Após uma hora de jogo o melhor é passar para outra atividade. Os pais devem impor regras e procurar incentivar os filhos a não ficarem muito tempo em frente aos jogos, e sempre tentar corrigir a postura deles. Jogar com as crianças também é uma maneira de encontrar argumentos para impor limites. Segundo a psicóloga Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), negociar o tempo em que a criança pode jogar a mais para passar de fase só pode ser avaliado se os pais souberem quais são os objetivos do jogo. O universo dos jogos eletrônicos é atraente para as crianças e pouco conhecido pelos pais. Os adultos precisam conhecer melhor as atividades dos filhos.

[Jornal da Tarde (SP) – 23/08/2009]

Desafios na Educação


Pesquisa realizada pela ONG Ação Educativa, entre alunos de escolas de São Paulo, mostrou que 43% querem preparação para o mercado de trabalho e 25% formação para o vestibular

O 1º ano do ensino médio é a série em que os alunos mais deixam os estudos. Aos 15 anos, eles já têm autonomia para avaliar se querem enfrentar mais três de escola. A cada dez alunos que fazem esse balanço no país, dois chegam à conclusão de que a escola não vale a pena. E desistem. Também é um ano de alta repetência, índices chegam a 15%. Em 2007, o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro foram recordistas. Quase metade dos jovens repetiu ou saiu da escola no 1º ano. Para reduzir o problema, o Ministério da Educação quer tornar o ensino médio obrigatório. Hoje, os pais só são obrigados a matricular seus filhos da 1ª à 8ª série. Estudo realizado pelo economista Marcelo Néri demonstrou que 40% dos alunos que saíram da escola em 2006 citaram a falta de interesse como principal motivo. Para a professora da Faculdade de Educação da Unicamp Nora Krawczyk, o desinteresse é um sintoma de que a escola não está bem. E o problema não pode ser combatido só com uma lei. Para ela, o fenômeno da evasão questiona a escola. “Se ela não consegue reter o aluno, estará em condições de se tornar obrigatória? Acredito que a medida teria de ser acompanhada de mais investimento em qualidade”, destacou a professora. Apesar desta ressalva, Nora Krawczyk se manifesta favorável à aprovação da Lei. De acordo com o diretor de concepção e orientação curricular do MEC, Carlos Artexes, “O Brasil exagera na exigência de conteúdos no ensino médio, e ao querer fazer muito para todos, fazemos pouco para muitos. Artexes, é um dos coordenadores do programa “ensino médio inovador”, que propõe o aumento da carga horária em 25% para a entrada de aulas optativas. Segundo Artexes, elas integrariam o conteúdo regular a atividades de interesse dos alunos, como artes e experiências práticas. O programa também prevê que as disciplinas se articulem dentro das áreas de conhecimento. Mesmo com professores diferentes, o estudo de biologia, química e física teria de ser integrado. Estudos também revelaram a socialização como uma das habilidades que mais se desenvolvem a partir dos 14 anos, assim como a capacidade para abstrair ideias e fazer relações entre diferentes áreas. Segundo o educador e coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi, essa é a fase em que os alunos aprendem mais rápido – se tiverem interesse. “A cabeça deles está a mil, a aprendizagem é fantástica”, diz. “Eles associam o que você diz com outras coisas, são criativos, questionadores. O problema é que a escola não dá conta”, ressaltou Volpi. Para ele, os professores não devem temer aulas barulhentas. Elas precisam ser dinâmicas para apropriar a interação entre os jovens e flexíveis para deixar sua identidade entrar. Pesquisa realizada pela ONG Ação Educativa, entre alunos de escolas de São Paulo, mostrou que 43% queriam preparação para o mercado de trabalho; 25%, formação para o vestibular. A justificativa foi de que, antes da escolha precisam de ajuda para conhecer as alternativas. “A maioria só conhece as profissões famosas, como Direito, medicina e jornalismo, quando há mais de 200 alternativas no mercado”, diz Ana Paula Corte, autora da pesquisa

[Revista Época, 17/08/2009]

“Sexo” está entre as palavras mais procuradas por crianças


Pesquisa mostra que sexo e pornografia estão entre as palavras mais procuradas, por crianças e adolescentes, em sites de busca na internet

Pesquisa realizada pela Symantec Corp identificou que, entre os principais termos procurados por crianças e adolescentes em sites de busca, estão as palavras “sex” e “porn” ou seja, sexo e pornografia. Essas palavras aparecem, respectivamente, em quarto e sexto lugares entre as dez mais procuradas, perdendo apenas para termos como Youtube (1º lugar), Google (2º), Facebook (3º) e MySpace (5º) onde, na verdade, elas entram para digitar aquilo que querem encontrar, seja em vídeo, fotografia ou outras mídias e conteúdos. Para a psicopedagoga e mestre em Educação Maria José Cerutti Novaes, as crianças a partir de três anos de idade despertam para a sexualidade e sentem necessidade de perguntar sobre o assunto. A pesquisa revela, ainda, que os pais estão pouco atentos ao que os filhos estão fazendo na internet. “Muitos deixam os pequenos passarem horas na frente do computador, sem impor limites e sem observar o que está sendo feito. É preciso ter diálogo, estabelecer uma relação de confiança e monitorar”. A melhor arma contra conteúdos impróprios para crianças e adolescentes não é impedir que tenham acesso por meio de filtros bloqueadores, mas sim o diálogo franco em família. “As ferramentas que bloqueiam conteúdos são baratas, muitas delas precisas e completas. Mas os adolescentes aprendem formas de burlar a proibição, mesmo que seja indo para uma lan-house ou para a casa de um amigo. Por isso, a melhor saída é, sempre, conversar”, diz o consultor em tecnologia Gilberto Sudré. A dica para os pais é explicar para o filho o porquê das atitudes, vigiar à distância a preservar a privacidade. Exigir a senha do MSN do filho para ter acesso às conversas no bate-papo, impedir que ele converse com os amigos no Orkut ou que se expresse em um blog, por exemplo, pode denotar autoritarismo e desrespeito. No entanto, o pai pode criar uma conta no Orkut para acompanhar de perto a “vida virtual” do filho, manter contato com ele no MSN, saber quais sites ele costuma visitar e, até mesmo, ficar de olho no histórico de acesso do computador.

Portas abertas para a pedofilia – A preocupação com os conteúdos acessados por meninos e meninas nos sites de busca vai além. A internet é a grande porta de entrada para uma série de crimes virtuais e violências praticadas contra e por adolescentes. Dados do Núcleo de Repressão aos Crimes Eletrônicos (Nurecel) do Espírito Santo apontam que o número de crimes praticados por meios eletrônicos, como internet ou celulares, cresce cerca de 20% ao ano no estado. É pela internet, também, que grande parte dos casos de pedofilia, hoje, são registrados. Salas de bate-papo e programas de conversa como o MSN e o Skype estão na lista dos mais utilizados por adultos que vasculham a rede em busca do público infanto-juvenil. O ideal é orientar a criança para não adicionar pessoas desconhecidas, não disponibilizar informações pessoais e fotos e explicar os riscos e os cuidados necessários.

[A Gazeta (ES), Jornal da Tarde (SP), O Imparcial (MA), O Tempo (MG) – 13/08/2009]

Gripe A altera calendários escolares


Recife, Brasília, Paraná e Londrina mantém suspensão de aulas por conta da gripe A. Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul confirmam retorno das atividades

Em todo o país estão sendo decididas modificações no calendário para prevenir a transmissão da gripe A (H1N1). A rede de ensino do Paraná decidirá hoje se o reinício das aulas, adiado no estado por duas vezes em razão da pandemia da nova gripe, acontecerá mesmo na próxima segunda-feira (17). A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) anunciaram que vão manter a suspensão das aulas por mais uma semana, voltando apenas em 24 de agosto. No Norte do Paraná, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) também anunciou um novo adiamento. Com a nova decisão, os alunos só devem retornar às aulas no dia 31. Em Pernambuco, uma escola da Região Metropolitana do Recife suspendeu as aulas por suspeita de contágio pela gripe mundial. O Colégio Contato decidiu fechar, hoje e amanhã, os portões da unidade de Setúbal, na Zona Sul. O primeiro colégio a adotar a medida foi o Santa Emília, em Olinda, que fechou por quatro dias uma das suas unidades que fica localizada no bairro Jardim Atlântico. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco(SES), a medida não é cabível, já que a transmissão sustentada do influenza A não foi confirmada no estado. Em Brasília, cerca de 90 alunos ficarão sem aulas. Estão suspensas as atividades de uma turma da Escola Classe 01, da cidade-satélite de Riacho Fundo I e outras duas turmas da Escola Classe 33, de Ceilândia e do Jardim de Infância 304 Norte. Confirmaram o retorno das escolas para a próxima segunda-feira (17), Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul, medidas como lavar as mãos e brinquedos, observar estado de saúde dos alunos e notificar os casos suspeitos à Secretaria de Saúde do município serão adotadas para controlar a circulação do vírus.

[A matéria foi publicada nos principais jornais do país]

Adolescentes apresentam deficiência de nutrientes no organismo


A falta de cálcio, que pode causar osteoporose, é uma das principais preocupações em saúde alimentar nessa faixa etária, além do excesso de calorias

Estudos realizados em diferentes cidades do Brasil revelam que os adolescentes consomem, por dia, apenas metade da quantia de cálcio recomendado. Um levantamento apresentado como tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) traz dados obtidos junto a 206 adolescentes de Indaiatuba (SP), e aponta que o consumo médio do nutriente é de 680 mg diários, número inferior aos 1.300 mg indicados pelos médicos. Outra pesquisa, que englobou dados de 1.250 adolescentes de escolas públicas de cinco cidades, Campinas, Piracicaba e Piedade (SP), Toledo (PR) e Seropédica (RJ), aponta o mesmo déficit no consumo de cálcio. “A grande preocupação é que os problemas não surgem agora. Mas, daqui a dez ou 20 anos teremos adultos jovens com osteoporose”, diz a nutricionista Rozane Bleil, responsável pelo levantamento de dados em Toledo. As principais causas para a deficiência na ingestão da substância são a substituição dos laticínios, principais fontes de cálcio, por refrigerantes e sucos artificiais e a falta do café da manhã, refeição na qual a ingestão de laticínios é mais comum. “Nessa fase, as pessoas dormem mais e almoçam direto. Ou, então, acordam atrasadas e comem na escola alimentos menos saudáveis”, analisa a nutricionista Bárbara Peters, responsável pelo estudo da USP e pesquisadora do Ambulatório de Fragilidades Ósseas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Entre os adolescentes avaliados por Peters, os que tomavam café da manhã apresentaram as menores deficiências. De acordo com o hebeatra Benito Lourenço, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, a falta de cálcio é uma das principais preocupações em saúde alimentar do adolescente, ao lado da carência de ferro e da ingestão excessiva de calorias. “Nosso problema é garantir que a deposição de cálcio ocorra de maneira perfeita nessa fase, período de maior incorporação nos ossos”, diz. É na adolescência que se forma boa parte do volume ósseo para toda a vida, o pico dessa massa ocorre entre os 20 e os 30 anos. Uma dieta deficiente em cálcio contribui para um pico mais baixo e aumenta as chances de o indivíduo desenvolver osteoporose. “A população está envelhecendo, e estamos chegando à terceira idade piores. Acho que haverá casos mais precoces de osteoporose, especialmente de mulheres com qualidade óssea muito ruim na menopausa, porque tiveram uma adolescência malcuidada em termos alimentares”, alerta a endocrinologista Marise Castro, chefe do Setor de Doenças Osteometabólicas da Unifesp. O trabalho da USP também constatou baixos níveis de vitamina D no sangue dos adolescentes. Esse nutriente tem a função de fixar o cálcio ingerido nos ossos, o que agrava ainda mais a carência do mineral. A deficiência é atribuída, pelos pesquisadores, à falta de sol, já que a maior parte da vitamina é sintetizada pelo organismo com a ajuda da luz solar. O trabalho nas cinco cidades ainda constatou baixa ingestão de vitamina A e de fibras.

[Folha de S. Paulo (SP), Julliane Silveira – 17/07/2009]

Crianças precisam de limites para usar a internet


Pesquisa entre o público infanto-juvenil revela que 38% foram vítimas de ciberbullying; 29% já tiveram seus dados/perfil roubados; e 26% nunca buscaram dicas de proteção para usar a rede

Pesquisa realizada pela organização não-governamental Safernet aponta que 53% das crianças e dos adolescentes entrevistados já encontraram conteúdo impróprio na internet. Mais preocupante é que 87% afirmam não ter limites para navegar. Entre os participantes do levantamento, 38% dizem ter medo de manter contato com adultos mal intencionados enquanto navegam e 28% contam que já encontraram pessoalmente alguém que conheceram na rede. “São sinais de que crianças e adolescentes ainda não têm dimensão de que a internet é um espaço público. As fotos que a gente publica não são vistas apenas pelos amigos e pela família. Qualquer um pode vê-las”, diz o diretor de prevenção da Safernet, Rodrigo Nejim. A pesquisa aponta, também, que 21% dos entrevistados nunca se sentem seguros na web: 38% foram vítimas de ciberbullying; 29% já tiveram seus dados/perfil roubados; e 26% nunca buscaram dicas de proteção. “As pessoas têm uma ideia de que a internet é uma terra sem lei, de anonimato completo, de impunidade. E não é bem assim”, afirma Nejim. Segundo ele, pais e filhos precisam conversar sobre a forma como usam a rede. “Da mesma forma que as crianças não podem aceitar balas de estranhos, elas não devem aceitar e-mails estranhos, pedidos de amizade de estranhos no Orkut, no MSN”, compara. Não adianta, no entanto, proibir o uso da internet nem vigiar o comportamento dos filhos. “É preciso dialogar, orientar e fazer um acompanhamento”, diz.

[Folha de S. Paulo (SP) – 15/07/2009]

Resultado do Paebes aponta deficiências na educação


O levantamento revela que, em 58% dos casos, os estudantes não são capazes de reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação

A maioria dos alunos do 1º ano do ensino médio da rede pública estadual capixaba acertou menos de 50% da prova do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes). Os resultados mostram que eles apresentam deficiências no que diz respeito a domínio dos conteúdos e habilidades em leitura. Eles também têm dificuldade para identificar a tese e o tema de um texto, os efeitos de ironia e o sentido de uma palavra ou expressão, coisas que apenas 45% dos alunos são capazes de fazer. Por outro lado, 61% deles têm facilidade em localizar informações explícitas de um texto. Os dados foram mapeados pela Secretaria Estadual de Educação (Sedu) a partir das respostas dos alunos às questões, elaboradas de acordo com as habilidades exigidas para a série. O levantamento revela, ainda, que, em 58% dos casos, os estudantes não são capazes de reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação. Além disso, apenas 51% conseguem reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo tema. “Esses dados reforçam que os alunos têm dificuldade na leitura, e precisamos mudar isso. A proposta do estado é começar atraindo os estudantes com textos que são da preferência deles, para depois aprofundar mais e melhor”, conta o secretário estadual de Educação, Haroldo Corrêa Rocha. Para a professora de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Cleonara Schwartz, as escolas devem estar atentas às práticas de leitura dos alunos para saber de que forma incentivar esse prazer tão necessário. “Os adolescentes leem, e leem muito. O problema está na escola, que ainda não sabe oferecer uma leitura diferenciada dos textos aos alunos e fazê-los dialogar com questões atuais. É preciso oferecer algo além daquilo que está escrito”, explica.

[A Gazeta (ES), Priscilla Thompson e Maurílio Mendonça – 01/07/2009]

Brasil é o segundo em consumo de drogas


Relatório da ONU afirma que, no País, o consumo de cocaína aumentou de 0,4% para 0,7% entre pessoas com idade entre 12 e 65 anos, no período entre 2001 e 2004

Um levantamento realizado pelo Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente (ILANUD) informou a quantidade de usuários de drogas entre os adolescentes privados de liberdade no País. Em 2002, 85,6% faziam uso antes da apreensão, especialmente de maconha (67,1%), álcool (32,4%), cocaína/crack (31,3%) e inalantes (22,6%). Sobre o uso de drogas os resultados revelaram que, em média, 95% dos adolescentes já haviam experimentado álcool, tabaco e maconha. Os dados revelaram, também, que os adolescentes tinham idade média de 12 anos quando experimentaram essas drogas pela primeira vez, e 63,3% relataram que, apesar de estarem na presença dos amigos, tinham experimentado por vontade própria. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2008 das Organizações das Nações Unidas (ONU), informa que o Brasil tem cerca de 870 mil usuários de cocaína e que o consumo aumentou de 0,4% para 0,7% entre pessoas de 12 a 65 anos, no período entre 2001 e 2004, o equivalente a um acréscimo de aproximadamente 75%. Ainda de acordo com a pesquisa, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor de drogas entre as Américas, com 870 mil usuários, atrás apenas dos Estados Unidos, com cerca de seis milhões de consumidores.

[Jornal do Tocantins (TO) – 21/06/2009]

Pesquisa mostra que 35,4% dos brasileiros fizeram sexo antes dos 15 anos


O estudo sobre o comportamento dos brasileiros também revela que os jovens têm mais informação sobre os métodos contraceptivos e a importância de usar a camisinha

Pesquisa divulgada ontem (18) pelo Ministério da Saúde revela que de cada cinco jovens entre 15 e 24 anos, um já ultrapassou a marca de dez parceiros diferentes ao longo da vida sexual. Ou seja, 21,9% dos jovens sexualmente ativos assumem já ter tido mais de uma dezena de parceiros. A alta rotatividade dos relacionamentos é considerada um dos principais desafios às políticas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis na adolescência e no início da vida adulta. Por outro lado, a pesquisa sobre o comportamento dos brasileiros também mostra que os jovens têm mais informação sobre os métodos contraceptivos e a importância de usar a camisinha. Nessa faixa dos 15 aos 24, 14,6% disseram ter tido mais de cinco relações sexuais sem compromisso nos 12 meses que antecederam a pesquisa. O número é o dobro do registrado entre os brasileiros de 25 a 49 anos (7,2%). Os jovens iniciaram a vida sexual mais cedo (35,4% disseram ter tido a primeira relação antes dos 15 anos) e tiveram mais relações no último ano com parceiros que conheceram na internet (10,5%). O estudo também mostra que 8,7% dos jovens já tiveram ao menos uma relação homossexual antes de completar os 25 anos. Entre todas as faixas etárias, a evolução é comparativa a um estudo parecido feito em 2004. Segundo o ministério, na primeira pesquisa, 25,2% dos entrevistados relataram ter feito sexo com 15 anos ou menos. Em 2008, 27,7% relataram sua primeira experiência sexual com 15 anos ou menos. As campanhas de educação sexual e a distribuição gratuita de camisinhas nas escolas foram apontadas como razões para os altos índices de conhecimento sobre métodos de prevenção. O percentual de jovens que sabem que a camisinha evita a Aids é de 96,5%. Os índices de uso de preservativos são maiores nessa faixa: 67,8% disseram ter usado a camisinha na última relação com parceiros casuais. “A gente começa bem na prevenção, mas a manutenção desse índice ainda deixa a desejar”, disse Mariângela Simão, coordenadora do Programa Nacional de DST-Aids.

Camisinha na escola – A escola é o 2º lugar em acesso a preservativos de pessoas entre 15 e 24 anos (16,5%). O porcentual só é menor que o dos serviços de saúde, que distribuíram camisinhas para 37,7%. Os números foram comemorados. “Quanto maior o acesso, maior a probabilidade de os jovens que iniciaram a vida sexual usarem preservativo”, declarou Mariangela Simão.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 19/06/2009]

Como falar sobre drogas com crianças


Crianças pequenas precisam receber informações de forma mais lúdica, com teatro, fantoches ou historinhas

O consumo crescente de crack noticiado todos os dias serve de alerta para os pais, mas cria também uma dúvida sobre o melhor momento para orientar os filhos. Especialistas concordam que a prevenção é (ainda mais em relação ao crack) praticamente a única forma de evitar que a droga se torne um problema mais à frente. O major e coordenador do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) de Joinville, Giovani Fachini, diz que crianças pequenas precisam receber informações de forma mais lúdica, com teatro, fantoches ou historinhas. Para Fachini, acima dos dez anos, as crianças já têm algum discernimento para papos mais sérios. “Não se pode puxar assunto durante o almoço, porque a criança não vai dar atenção. Tem que ser um momento adequado, como a chamada de uma campanha ou uma reportagem na TV”, diz.
Para abordar o tema, os pais podem perguntar o que o filho acha do assunto. Se ouvir palavras positivas ou de brincadeira, pode rebater, dizendo que não é bem assim. “Falar a verdade é essencial”, destaca. Se a criança perguntar se o pai já usou drogas, ele tem que ser sincero e falar de drogas lícitas e ilícitas. Outro ponto importante: o pai tem de pensar bem ao escolher um filme, livro ou site para abordar o tema com os filhos. “Tem situações em que o que era para ser crítica tem efeito contrário. Como em Cidade de Deus, em que o Zé Pequeno (traficante e assassino no filme) virou herói, ícone”, ressalta Ney Westrupp, facilitador de um projeto de prevenção ao uso de drogas. Para o psicólogo Álvaro de Aguiar, além de falar, é preciso dar o exemplo. “Se os pais bebem álcool ou fumam, irão falar com que moral?”, indaga.

[A Notícia (SC) – 17/06/2009]

Escolas encaram a violência


Poucos casos resultam na aplicação das medidas socioeducativas previstas no ECA, já que a maior parte deles não ultrapassa os muros das instituições

Na opinião de muitos educadores ser professor na rede pública de ensino se tornou profissão de risco. Não é difícil encontrar quem tenha vivenciado ou tomado conhecimento de alguma situação de violência no interior de um colégio. Embora relatos de agressões físicas e verbais sejam frequentes e, muitas vezes, dramáticos, essa realidade nem sempre figura nas estatísticas oficiais. De acordo com o coordenador do Comissariado da Vara da Infância e da Juventude, Maurício Gonçalves, é “irrelevante” o número de processos relacionados ao assunto, atualmente, em andamento. Na prática, isso quer dizer que poucos casos resultam na aplicação das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), já que a maior parte deles não ultrapassa os muros das instituições. Nessa “matemática” que não fecha, o saldo final é o aumento da sensação de impunidade, que funciona como combustível para o comportamento violento de alunos. “Seria importante ter uma equipe para orientar diretores em ocorrências como essas. Eles estão emocionalmente envolvidos, por isso é mais difícil lidar com a situação”, diz. Conforme o Instrutor do Proerd, cabo Luiz Bento Filho, os educadores não são preparados para atuar em um contexto de violência. “A realidade vista na faculdade é diferente do que encontram nas escolas. Os professores se chocam. São excelentes profissionais, mas, muitas vezes, não sabem lidar com a impulsividade agressiva de um aluno em sala de aula”, ressalta.

Sem autoridade – Hoje os professores enfrentam, cada vez mais, a crise de autoridade, que acaba refletindo em prejuízos à saúde deles. Muitos têm calos nas cordas vocais, doenças psicológicas e outros problemas. A educadora Áurea Damasceno, de Belo Horizonte, conta que se sente dentro de uma “rebelião”. “Metade da turma passa o tempo todo conversando, pulando de cadeira em cadeira”, diz. Além da indisciplina, os docentes convivem com a violência dentro das classes. Vários casos envolvendo agressões de alunos contra os professores vêm sendo noticiados recentemente. Pesquisa sobre convivência escolar, divulgada pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) e a Secretaria de Educação do Distrito Federal, comprova que 67,6% dos educadores sentem que sua autoridade ficou mais fraca nos últimos anos. Foram ouvidos 1,3 mil profissionais da capital federal. Para a socióloga Miriam Abramovay, o retrato sintetiza a situação da maioria das escolas públicas do País. “Os professores se sentem numa panela de pressão”, afirma. Por outro lado, segundo Mirian Paura, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, as escolas não conseguiram acompanhar a evolução da tecnologia, que faz com que o aluno tenha acesso à informação fora do ambiente escolar. O resultado é que o ambiente escolar se torna desinteressante. Ainda assim, a violência é o que mais assusta, tornando tanto a educação quanto os docentes vítimas de um sistema educacional falido.

[Tribuna de Minas (MG), Ana Cláudia Barros e Jacqueline Silva; Revista Isto É, Adriana Prado e Maíra Magro – 02/06/2009]

Vizinhos agridem crianças tanto quanto pais


Pesquisa de instituto estadual mostra que, em 2007, os vizinhos foram responsáveis por 24,4% das agressões, sendo que pais e mães ficaram em segundo lugar, com 23,96%

De acordo com pesquisa do Instituto Jones dos Santos Neves (IJNS), órgão do Governo do Estado do Espírito Santo, os vizinhos estão em igualdade com pais e mães quando o assunto é violência contra crianças e adolescentes. Padrastos aparecem em quarto lugar. O instituto fez uma análise das ocorrências registradas na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) entre os anos de 2004 a 2007. No último ano da pesquisa, os vizinhos foram responsáveis por 24,4% das agressões, sendo que pais e mães ficaram em segundo lugar, com 23,96%. Outros parentes ficaram com 10,4% das ocorrências. Os padrastos e as madrastas são responsáveis por 7,01%. Segundo a gerente do Projeto Violência Envolvendo Mulheres, Crianças e Adolescentes do IJSN, Maria Inês Perini, para muitas pessoas, as relações de amizade se estabelecem dentro da vizinhança. “A violência acontece onde a renda é menor, as pessoas têm uma vida mais aberta. Os vizinhos sabem da vida um do outro, frequentam suas casas. É preciso estar atento às pessoas que deixamos ter contato com nossos filhos”, alerta. Conforme a psicóloga do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Pavivis) da Universidade Federal do Espírito Santo, Maria Izabel Devos Martin, a violência pode trazer consequências como depressão e dificuldade nos relacionamentos e na vida profissional. “Mas quando vem de pais ou parentes pode ser mais traumática, já que é uma pessoa que deveria proteger. A tendência é que essa criança cresça sempre desconfiada de todos”, explica. De acordo com o delegado titular da DPCA, Marcelo Nolasco, não há dados claros, mas estudos apontam que uma das hipóteses para um adulto ser agressivo é que ele também foi agredido quando criança. “Ou seja, parece que a tendência é repetir o comportamento violento”, pontua.

[A Gazeta (ES) – 15/05/2009]

Cartilha alerta pais e filhos para os perigos da internet


O Guia de Uso Responsável da Internet contém várias dicas para evitar, principalmente, crimes virtuais

A ONG Comitê para a Democratização da Informática (CDI) lançou no último sábado (09), em Belo Horizonte (MG), uma cartilha para orientar pais e jovens a utilizar, sem riscos, a internet. O Guia de Uso Responsável da Internet foi divulgado durante gincana entre escolas de informática mantidas pela ONG em cidades mineiras. O documento elaborado pela instituição contém várias dicas para evitar, principalmente, crimes virtuais, e foi elaborada por especialistas em segurança na rede mundial de computadores. Segundo a coordenadora pedagógica do CDI, Cristiane Mendonça, a organização tem 26 escolas de informática e cidadania em Minas Gerais. “Sabemos que os pais têm dúvidas de como orientar os filhos no uso da internet e queremos evitar que eles caiam em ciladas”, afirma. O conteúdo do material possui orientações tanto para crianças quanto para adultos sobre o risco de abuso sexual de meninos e meninas, e, também, como identificar e não cometer um crime virtual. O comitê atua há 14 anos e já promoveu a inclusão digital de aproximadamente 21 mil pessoas no estado. A cartilha também está sendo lançada em outros estados do País e está disponível na rede mundial de computadores, no site da ONG: www.cdi.org.br.

[O Tempo (MG) – 10/05/2009]

Violência faz parte do cotidiano nas escolas


Levantamento aponta que quase 70% dos alunos e professores já presenciaram algum tipo de agressão física nas instituições de ensino

Um diagnóstico realizado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), a pedido da Secretaria de Educação do Distrito Federal, comprova que a violência faz parte da rotina das salas de aula das escolas públicas da rede de ensino. Entre as lições de português e matemática está presente o medo de ser assaltado, de apanhar e até de morrer. Não é preciso percorrer vários colégios ou diferentes cidades para diagnosticar a existência de fatores que justificam o temor. Nas rodinhas de conversa no fim da aula ou na sala dos professores, os relatos apresentam uma realidade assustadora, confirmada por estatísticas. Quase 70% dos alunos e professores afirmam já terem visto algum tipo de agressão física nas escolas. Os números são semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaças. O estudo virou o livro “Revelando Tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas”, lançado ontem (06). A pesquisa conjugou metodologias quantitativas e qualitativas para a coleta de dados em escolas, com estudantes entre a 5ª série do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio, que somam 186 mil. De acordo com a pesquisa, muitos dos roubos e furtos são praticados como uma forma de adquirir bens de consumo que simbolizem status e prestígio em uma sociedade extremamente desigual. Não é só a violência física que faz parte da rotina dos colégios, uma vez que 45% dos alunos disseram que já foram vítimas de xingamentos e agressões verbais e 31% afirmaram já ter praticado esse tipo de violência. A pesquisa revelou, ainda, que praticamente um terço dos professores já presenciaram tráfico de drogas na escola ou arredores. Nada menos que 5,3% dos estudantes reconheceram levar armas brancas e 3% carregaram armas de fogo para os colégios. Com os dados da violência em mãos, a Secretaria de Educação criou uma Assessoria de Políticas de Promoção da Cidadania, composta por 22 técnicos, especialmente para combater a rotina de insegurança nas escolas, propor medidas e administrar as ocorrências no dia a dia. Desde outubro de 2008, o Governo do DF lançou a Política de Promoção da Cidadania e da Cultura de Paz, um conjunto de ações direcionadas à prevenção e ao enfrentamento da violência escolar. Segundo o chefe da Assessoria de Promoção da Cidadania, Atílio Mazzoleni, tais ações incluem, entre outras iniciativas, um curso de formação para docentes, o estímulo à criação de grêmios estudantis e dos Conselhos de Segurança Escolar, além da instituição de um prêmio para fomentar a expressão dos talentos artísticos da comunidade escolar, em particular dos alunos.

[Correio Braziliense (DF), Erika Klingl; Jornal de Brasília (DF), Heli Espíndola – 07/05/2009]

Violência na sala de aula adoece professor


Pesquisa mostra que educadores de escolas particulares foram mais agredidos física e verbalmente por alunos do que os da rede pública

Segundo uma pesquisa feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), a violência em sala de aula é maior nas escolas particulares do que na rede pública de ensino no estado. Cerca de 40% dos educadores de instituições privadas já foram agredidos ou ameaçados por alunos pelo menos uma vez. A pesquisa, intitulada “O trabalho e o agravo à saúde dos professores da rede privada de ensino de Minas Gerais”, entrevistou 2.484 educadores, o que representa cerca de 10% do total de profissionais da unidade federativa. Os questionários foram aplicados entre março de 2007 e novembro do ano passado, em 14 regiões mineiras. Os dados, coletados em perguntas abertas e fechadas respondidas por educadores desde a educação básica até o ensino superior, traçam um perfil socioeconômico do profissional de educação do estado e detalha as condições de trabalho e a saúde física e mental desse público. Uma das principais conclusões do estudo é o endurecimento no contato entre aluno e professor. Segundo a pesquisa, além do alto índice de violência na sala de aula, a relação direta dos estudantes com os educadores é a principal causa de desgaste entre os docentes, com 40,25% das respostas. Há também problemas no relacionamento dos profissionais com os pais e responsáveis pelos jovens, sendo que esse quesito é apontado por 13,4% dos professores como uma fonte de desgaste. Mas conforme o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas, Ulysses Panisset, a violência é maior em instituições públicas, principalmente nas de periferias. “Às vezes, há um bate-boca, uma resposta atravessada ou indelicada do aluno e o professor considera isso uma agressão. Não posso dizer que a pesquisa não seja verdadeira, mas as estatísticas me surpreendem muito, pois, em 50 anos de magistério, não foi essa a realidade que eu vivenciei”, contesta.

[Estado de Minas (MG) – 29/04/2009]

Alunos brasileiros passam menos de quatro horas em sala


Levantamento da FGV define perfil do jovem que permanece mais tempo na escola: aquele que não tem filhos, pertencente aos 20% da população mais rica do País e domiciliado nas grandes metrópoles

O estudo intitulado “Tempo de Permanência na Escola” realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, mostra que, no Brasil, os alunos com idade entre quatro e 17 anos permanecem, em média, 3,8 horas por dia em sala de aula. Esse tempo é considerado pouco pelo economista e autor do estudo, Marcelo Néri, que defende a melhoria da qualidade de ensino no Brasil por meio de mudanças no programa Bolsa Família. “A pesquisa mostra que o tempo na escola não aumenta com o pagamento do benefício. O tempo médio na escola de uma criança entre sete e 14 anos, faixa beneficiada pelo Bolsa Família, é de 4,2 horas diárias, enquanto aquelas que recebem ajuda do governo ficam em média 4,1 horas por dia na sala de aula”, explica. Os indicadores de matrícula e frequência na escola são iguais nesta faixa etária para quem recebe e para quem não integra o programa Bolsa Família. No entanto, os jovens beneficiados têm uma jornada escolar inferior aos que não têm direito ao benefício. O Distrito Federal aparece em primeiro lugar na lista da FGV, com 4,3 horas diárias. O Acre, onde os jovens com idade entre quatro e 17 anos permanecem apenas 3,3 horas na sala de aula, teve o pior desempenho. De acordo com o estudo, São Paulo é o segundo estado do ranking nacional, com 4,2 horas, e o Rio de Janeiro é o terceiro colocado, com 4,1 horas. A pesquisa da FGV revela, também, o perfil do jovem brasileiro que fica mais tempo na escola: é aquele que não tem filhos, pertence aos 20% da população mais rica do País e mora nas grandes metrópoles, em especial no Sudeste brasileiro.

[A matéria foi publicada nos principais veículos do País]

Quando o xixi na cama é sinal de alerta


O comportamento é considerado normal até os seis anos e só precisa de auxílio médico se a criança chegar aos nove ainda sem o controle da bexiga durante o sono

O hábito de a criança fazer xixi na cama sempre despertou a preocupação dos adultos, mais pelo incômodo que pela gravidade. A maioria dos pais imagina que o problema se resolve sozinho, mas sempre acaba ficando aflita quando o filho vai crescendo e a incontinência não desaparece. Na verdade, o comportamento é considerado normal até os seis anos e só precisa de auxílio médico, se persistir após os nove anos. Segundo o pediatra Marcelo Pontual, molhar a cama é um comportamento comum. “A maioria das crianças ainda está desenvolvendo o controle sobre o sistema urinário ou tem uma bexiga pequena e não pode conter o xixi. Ou então, os pequenos dormem profundamente e não conseguem despertar quando a bexiga está cheia. Esses fatores não são motivos de preocupação”, explica. Ainda conforme o médico, se o hábito prosseguir até a pré-adolescência, fase iniciada por volta dos dez anos, pode existir um problema maior, a chamada enurese noturna. A doença afeta principalmente meninos e, em algumas situações, prolonga-se até os 20 anos de idade (1% a 2% dos casos). Sua identificação deve ser feita por um médico, por meio de exames clínicos e da análise do histórico do paciente De acordo com Lúcia Albuquerque e Souza, psicóloga e terapeuta familiar, os pais, porém, não devem descartar as possíveis causas emocionais que podem estimular o hábito. “A análise do ambiente familiar da criança é importante. Em alguns casos, elas relatam o medo de ir ao banheiro à noite por algum trauma. É preciso investigar por que começou e o ambiente em que ela vive”, comenta.

[Diário de Pernambuco (PE) – 26/04/2009]

Anemia atinge 21% das crianças brasileiras


A situação é mais preocupante nas regiões Nordeste e Sudeste, que também lideram casos de deficiência de vitamina A

O Ministério da Saúde divulgou na última sexta-feira (24) um estudo que mostra que 20,9% das crianças brasileiras com menos de cinco anos têm anemia. De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 2006), 29,4% das mulheres entre 15 e 49 anos também têm anemia. A pior situação é na Região Nordeste, onde 25,5% das crianças e 40% das mulheres apresentam anemia. Os resultados da pesquisa encomendada ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) mostraram ainda que, 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres têm insuficiência de vitamina A no organismo. Em crianças, a maior incidência foi no Sudeste (21,6%), seguido pelo Nordeste (19%). A hipovitaminose A e a anemia podem causar desde a redução da imunidade a infecções, problemas no desenvolvimento e até retardo mental e cegueira. Segundo o estudo, embora não tenha sido observada associação estatística entre a classificação econômica e a prevalência de anemia entre crianças, observa-se menor percentagem de anêmicos nas classes A e B. Foram analisados 3.455 amostras de sangues de crianças com menos de cinco anos e 5.699 de mulheres entre 15 e 49 anos para o teste de anemia e 3.499 amostras infantis e 5.698 de mulheres para o teste de hipovitaminose A. Esses dados servem de suporte para implementar e ampliar políticas públicas de prevenção. Para o combate a essa situação, o Ministério já desenvolve ações de suplementação de ferro, educação nutricional e fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico em todo Brasil.

[Jornal de Brasília (DF); Correio Braziliense (DF), Rodrigo Couto – 25/04/2009]

Criança sem vínculo familiar sólido se torna violenta


Segundo pesquisas, quanto maior for a desigualdade social maior a violência, uma vez que o ambiente exerce forte influência no processo de formação da personalidade

Integrante de um grupo que presta serviços a adolescentes em regime semiaberto de medidas socioeducativas há quatro anos, a psicóloga Letícia de Melo Sarzedas explica o que torna uma criança sem histórico violento em uma pessoa agressiva: o ambiente em que ela vive. Outro ponto é a falta de vínculos sólidos, sejam eles familiares, religiosos ou sociais. Esse estreitamento dos vínculos acarreta atitudes violentas porque as crianças não têm a quem recorrer em situações extremas. Segundo pesquisas, a violência é maior nos países com maior desigualdade social. “Essa diferença enorme que temos no Brasil propicia a violência, mas ela existe em qualquer lugar. A questão é que nas classes mais altas ela quase não aparece porque nem sempre é feita a denúncia, e, por isso, as crianças e jovens não cumprem medidas socioeducativas. A única coisa que precisamos ter cuidado é entender que violência, além de sexual e física, pode ser psicológica, que são as humilhações e privações”, diz a psicóloga. Ela diz ainda que, geralmente, a realidade violenta já vem acontecendo há muito tempo, antes da criança se tornar agressiva. “A maneira como essa criança irá se ver no futuro dependerá do acompanhamento que ela receber agora. É preciso que a sociedade não a veja como um criminoso, mas como uma pessoa que está se formando, que tem um potencial para ser desenvolvido e que não necessariamente voltará a cometer atos infracionais”, conclui.

[Folha de Londrina (PR), Herika Fondazzi – 23/04/2009]

Uso de computador em escolas pode ser comprometido


Laboratórios de informática são subutilizados por falta de conhecimento técnico dos professores para aplicá-los no ensino e pela falta de manutenção das máquinas

A implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas do País até o fim de 2010, prometida pelo Governo Lula, esbarra no despreparo dos professores para usar o computador e na falta de manutenção dos equipamentos e das instalações, responsabilidade de estados e municípios. Desde 1997, o Programa de Informatização das Escolas (ProInfo), do Ministério da Educação (MEC), já investiu R$ 726 milhões e os gastos vêm crescendo anualmente. Só no ano passado, eles chegaram a R$ 317 milhões (1% do orçamento do MEC). O percentual de escolas públicas com laboratório de informática também cresceu. De 1999 a 2006, passou de 46% para 63% no ensino médio e de 8% para 19% no fundamental. Segundo o presidente para a Região Nordeste da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Flávio de Araújo Barbosa, a falta de qualificação dos professores, porém, coloca em risco o investimento. A maioria das escolas relata subutilização de equipamentos, seja por falta de conhecimento técnico do professor para orientar alunos, seja porque as máquinas estão danificadas ou são insuficientes. Até professores com pós-graduação se dizem despreparados para usar a informática no ensino. De acordo com a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação da região de Almenara (MG), Dilma Santos, várias escolas têm computadores novinhos e praticamente sem uso porque os docentes não sabem usá-los como ferramentas de ensino. “Sou professora com pós-graduação em língua portuguesa e enfrento essa dificuldade. O pouco que sei aprendi de curiosa, de ficar mexendo na internet”, diz. A segunda causa da baixa utilização é a falta de manutenção das máquinas ou de adaptação dos imóveis para abrigar os equipamentos. Até escolas feitas para servirem de modelo sofrem com o problema.

[Folha de S. Paulo (SP), Elvira Lobato e Antônio Góis – 22/04/2009]

O grande desafio de combater a violência


A promoção da paz entre as crianças enfrenta obstáculos como jogos eletrônicos com armas ‘letais’ e mau uso da mídia

Transformada em consumo, a violência vira diversão em lojas de brinquedos, na TV, nos jogos eletrônicos e na própria escola. Com o propósito de substituir esta cultura da violência entre os mais jovens por outra voltada para a promoção da paz, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a primeira década do Século XXI como o decênio internacional de promoção de uma cultura da não-violência e da paz em prol das crianças do mundo. Para marcar a idéia, o 15 de abril foi eleito como o Dia do Desarmamento Infantil. A intenção era usar a data para promover ações que envolvessem meninos e meninas em ações de paz, fazendo a troca de armas de brinquedo por livros e gibis. Segundo o coordenador da ONG Londrina Pazeando, Luis Cláudio Galhardi, as campanhas de desarmamento feitas no Brasil repercutiram também nas lojas de brinquedos, onde as ”armas de mentira” são hoje em número bem menor ou vêm camufladas em formatos diferentes. “Porém, os jogos eletrônicos e a tevê ainda estimulam a violência. Nas lan houses, os games mais violentos são os mais populares entre os adolescentes. Ele atira aqui, mata ali, revive, mata de novo. Os conceitos de viver, matar ou morrer são banalizados”, critica. De acordo com Edson Machalini, que desenvolve o ‘Projeto Luz, Câmera… Paz! Na Escola, por meio da ONG Central de Notícias dos Direitos da Criança e Adolescência (Ciranda), em turmas de 5ª a 8ª séries de 11 escolas de Curitiba, o projeto usa situações reais de violência, problemas comunitários, que são um outro tipo de violência, para fazer com que os alunos se posicionem. “Ao final, sempre desenvolvemos um produto que pode ser um vídeo, uma exposição fotográfica, um jornal”, aponta.

[Folha de Londrina (PR), Luciano Augusto – 16/04/2009]

Pesquisa estuda causas da violência escolar


Estudo mostra que 83% dos professores no Sudeste e Sul do País aprovam medidas mais rigorosas para punir alunos que cometem agressões

Dados obtidos no ano passado, por estudo publicado pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) em conjunto com a Fundação SM, apontam duas causas que fazem inflar a bolha da violência escolar: a falta de estruturação familiar e a pouca autonomia para os professores punirem atos violentos dos alunos, principalmente devido aos limites impostos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pesquisa mostra que 83% dos professores entrevistados nas regiões Sudeste e Sul do Brasil concordam que deveriam ser tomadas medidas mais duras em relação ao comportamento inadequado dos alunos. A falta de punição aos infratores é apresentada como motivador para a reincidência de agressões. Segundo a consultora da Fundação Carlos Chagas e colaboradora da pesquisa “A qualidade da educação sob o olhar dos professores”, Maria Malta Campos, a imprensa tende a publicar exemplos extremos, porém, estes casos são apenas a ponta do iceberg. “Antes disso, eles convivem com problemas diários, como a constante falta de professores, barulho excessivo e outros. A percepção dos próprios educadores e pais é de que existe um clima de desordem nas escolas”, diz. De acordo com o questionário respondido por mais de 8,7 mil professores de 19 estados, durante a realização da pesquisa, um dos problemas que pode culminar em atos violentos de adolescente é a falta de estruturação familiar. Nas regiões Sul e Sudeste, 81% dos professores dizem que os pais não prestam atenção suficiente às atividades escolares de seus filhos. A mesma parcela acredita que a família delega suas responsabilidade à escola em excesso.

[Estado de Minas (MG) – 16/04/2009]

Adolescentes iniciam vida sexual cada vez mais cedo


Para especialista, eles não estão preparados e a primeira vez acontece sem privacidade, carinho e prevenção

O percentual de garotas que perderam a virgindade até os 15 anos de idade saltou de 11% para 33%, conforme levantamento do Ministério da Saúde, entre os anos de 1996 e 2006. Nesta mesma faixa etária, 47% dos meninos já tiveram sua iniciação sexual. Segundo a psicopedagoga, Quézia Bombonato, a fase de experimentação começa mais cedo e nela, tudo é permitido. Especialistas explicam que o contato prematuro com o sexo vem com uma série de problemas, devido à falta de preparo de meninos e meninas. Entre eles, não sentir prazer e se cobrar por isso, associar o sexo a algo errado e ruim, à gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e dificuldades de relacionamento. A situação causa até impactos fisiológicos, acelerando a ebulição hormonal. A primeira menstruação das meninas, por exemplo, cai cerca de seis meses a cada geração. Segundo o ginecologista e coordenador da Associação S.a.b.e.r – Saúde, Amor, Bem-estar e Responsabilidade, Gerson Lopes, uma vida sexual saudável abaixo dos 14 anos é muito difícil. “Eles não estão preparados e a primeira vez acontece sem privacidade, carinho e prevenção”, afirma. Não é possível apontar um responsável pela sexualidade precoce das novas gerações. Mas há uma conjunção de fatores que levaram a esse quadro. A dificuldade dos pais em impor limites, a falta de orientação sexual eficiente nas escolas e uma cultura de massa extremamente erotizada são fortes estímulos.

[Revista Isto É, Suzane Frutuoso – 07/04/2009]

Tecnologia vira arma para agredir educadores


No site de relacionamentos Orkut é possível encontrar diversas comunidades de estudantes que aproveitam o espaço virtual para falar mal de professores

O limite entre a brincadeira de mau gosto entre professores e alunos é cada dia menor. O acesso fácil a recursos tecnológicos tornou-se um risco para muitos educadores. Uma das tecnologias que merece cuidado redobrado é a internet. O site de relacionamentos Orkut é campeão de reclamações. Nele é possível encontrar diversas comunidades de estudantes que aproveitam o espaço virtual para falar mal de professores. Uma delas sugere que os membros revelem o nome do professor que eles menos gostam. Ao todo, 208 pessoas publicaram algum nome na página. Em outra, com o título “Odeio professor frustrado” tem mais de 7 mil integrantes. Um dos fóruns mais visitados é justamente o que expõe o nome do educador mais odiado. Segundo a doutora em Ciências Sociais, Rosana Mattos, existe uma tendência dos pais de transferirem para a escola uma responsabilidade que é deles. “Os valores que deveriam ser passados pelos pais são cobrados da escola. Crianças, adolescentes e jovens aprendem que tudo pode e quem tem um bom advogado não é punido. Essa impunidade vira uma distorção social. As pessoas se acham no direito de fazer o que quiserem”, explica.

A Gazeta (ES), Carla Nascimento – 15/03/2009]

Sociedade volta a discutir sobre gravidez na adolescência


Informações do Ministério da Saúde mostram que, de cada cem mulheres que dão à luz no Brasil, 28 têm menos de 18 anos.

O recente caso de uma menina de nove anos submetida a um aborto para interromper a gravidez decorrente de um estupro reabriu não apenas a discussão sobre a proteção do Estado a jovens vítimas de violência sexual. Bem ou mal, o País dispõe de uma legislação capaz de, em situações desse tipo, dar lastro a medidas que, se não puderam prevenir, ao menos permitem reparar as consequências físicas dos abusos. Em 1998, o Sistema Único de Saúde (SUS) fez quase 700 mil partos em adolescentes na faixa etária entre 10 e 19 anos. Desses, quase 32 mil tinham como pacientes meninas entre 10 e 14 anos, com um aumento de 31% dessas intervenções hospitalares em relação aos cinco anos anteriores. Em 2006, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20% dos bebês nascidos ao longo do ano eram filhos de jovens com menos de 20 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, de cada cem mulheres que dão à luz no Brasil, 28 são crianças e adolescentes. Na raiz deste quadro estão a desinformação dos jovens e, até mesmo, a falta de acesso a métodos contraceptivos, pontos que deveriam encabeçar um programa sério de planejamento familiar. Apesar da taxa de fecundidade registrar decréscimos no País, a gravidez precoce, geralmente não assistida e fruto de relações sexuais entre jovens sem maturidade, cresce na contramão dessa tendência.

[O Globo (RJ) – 12/03/2009]

Ministério Público pede o fim da venda de brinquedos nas redes de fast food


São citados na recomendação o McLanche Feliz (do McDonald’s), o Lanche Bkids (do Burger King) e o Trikids (do Bob’s)

As redes de fast-food McDonald’s, Burger King e Bob’s recebem, nos próximos dias, uma recomendação do procurador da República Marcio Schusterschitz da Silva Araújo, do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo. A procuradoria pede que as lanchonetes suspendam a venda de brinquedos junto de seus lanches, por considerar que a prática estimula a criança a se alimentar de forma não saudável. As empresas terão 10 dias para responder à recomendação. O MPF também pediu que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifeste sobre o tema. A medida partiu de denúncia do Instituto Alana, formalizada ao Ministério Público em 2008. Segundo a coordenadora do instituto, Isabela Henriques, se a legislação da Anvisa sobre publicidade infantil já estivesse em vigor, nenhuma dessas promoções voltadas para as crianças poderia continuar existindo. Até abril de 2007, uma consulta pública da Agência permaneceu aberta. Agora, uma audiência pública – ainda sem data marcada – deve formalizar a lei para que entre em vigor ainda neste ano. A única rede a comentar a polêmica foi o McDonald’s. A empresa afirma que, desde 2006, “mantém um compromisso com a Procuradoria da República no Estado de São Paulo e com seus clientes de oferecer a opção de compra de surpresas avulsas nos 565 restaurantes da rede no Brasil”. Mesmo assim, a iniciativa não partiu da própria rede, mas sim de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) formalizado com o MPF em 2006.

Composição perigosa – Uma pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e Instituto Alana mostra que os lanches que acompanham os brinquedos em cinco redes de fast-food podem conter até 70% da quantidade de sal e gordura saturada que uma criança pode ingerir por dia. O lanche do Mc Donald’s que acompanha os brinquedos tem 0,4 g de gordura trans; o do Burguer King, 2 g, e o do Bob’s, 3,7 g. A ingestão da gordura trans não é recomendada em nenhuma quantidade porque aumenta o colesterol.

[Correio Braziliense (DF); A Gazeta (MT); A Notícia (SC); Folha de S. Paulo (SP), O Estado de São Paulo (SP), Emilio Sant’Anna; Gazeta Mercantil (SP); Gazeta de Alagoas (AL); Gazeta do Povo (PR), Jonathan Campos; Zero Hora (RS) – 04/03/ 2009]

Juiz defende punição mais rigorosa para adolescentes


Magistrado propõe mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente, como o aumento do período de internação para quem comete ato infracional mediante grave ameaça e violência

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense desta segunda-feira, o juiz Renato Rodovalho Scussel, titular da Vara da Infância e da Juventude, defende a atualização do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) com alterações polêmicas. O magistrado é a favor do aumento do prazo de internação para determinados atos infracionais com grave ameaça e violência. “Nesses casos, poderíamos dilatar o prazo de internação. Não ficar só três anos, mas cinco, seis anos. Além disso, em vez de sair com 21 anos, o jovem poderia ficar até mais velho, com 25 anos, por exemplo”, explica. Ele acredita que se a família e a escola não conseguem impor limites, não será a lei que fará isso. De acordo com o juiz, a sociedade mudou muito nos 18 anos de vigência do ECA e é preciso alterar algumas regras processuais para adequar o Estatuto à realidade. No entanto, Rodovalho é contra alterações no que diz respeito à maioridade penal. “O jovem de 16 anos não obedece mais que o de 18. A partir dos 12 anos, o adolescente já é responsabilizado pelo ato infracional, que é similar ao crime”, explica. Ele diz ainda que as medidas implementadas de forma isolada não são capazes de resolver o problema e evitar a reincidência. Além disso, ressalta o papel primordial da família para a formação de crianças e adolescentes. “A família está priorizando as coisas erradas. Forma-se o jovem para ganhar dinheiro e independência financeira, para ter e não para ser”, conclui o juiz.

[Correio Braziliense (DF), Erica Klingl – 02/03/2009]

Adolescentes consomem álcool cada vez mais cedo


Artigo reflete sobre as razões que levam os adolescentes a consumir bebida alcoólica, muitas vezes com o aval dos pais.

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, a psicóloga Rosely Sayão, apresenta dados de uma pesquisa que aponta o álcool como a droga mais usada por adolescentes. O consumo vem aumentando, principalmente entre os mais novos e entre as meninas. Hoje quase metade dos jovens com idade entre 12 e 17 anos já ingeriu bebida alcoólica, enquanto na década de oitenta, o consumo iniciava-se entre os 16 e 17 anos. O uso constante também tem crescido entre pessoas com menos de 18 anos. Rosely levanta hipóteses com o intuito de sugerir possíveis causas dessa precocidade. A primeira delas relaciona o uso cotidiano da bebida alcoólica a um estilo de vida desejado pelos jovens (popularidade, alegria, beleza e outros) aliado à permissão dos pais. Segundo a psicóloga, muitos adultos acreditam que oferecer bebida aos filhos em casa é uma atitude aconselhável e dão festas para os adolescentes nas quais permitem bebidas, por exemplo. Outro alerta é sobre a lei que proíbe a venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos, que não é respeitada. Muitos estabelecimentos comerciais as vendem sem pedir documentos aos jovens e muitos adultos aceitam o pedido deles para passar a bebida em sua compra. Ainda de acordo com Rosely, os jovens bebem, entre outros motivos, porque o álcool provoca euforia, desinibição e destrava os mais tímidos. Entretanto, afeta a coordenação motora, os reflexos e o sono, além de interferir na percepção do que o jovem considera certo e errado. Ela afirma que “os mesmos pais que ensinam o filho a beber não o ensinam sobre os cuidados que podem reduzir seus efeitos, como alimentar-se bem antes, não misturar diferentes tipos de bebida e ingerir muita água”.

[Folha de S. Paulo (SP), Rosely Sayão – 26/02/2009]

Pais não orientam sobre os perigos da internet


A maioria dos pais não fiscalizam o conteúdo acessado na rede pelos filhos, segundo informações da Safernet

Pesquisa da ONG Safernet comprova que as crianças ainda não têm uma noção clara do que deve ser evitado no uso da internet. Ainda por cima, muitos pais não sabem como orientar seus filhos. O resultado é que quase 90% dos jovens usuários da web afirmam que os pais não impõem limites à navegação e 28% dizem já ter marcado encontros com alguém que conheceu na rede. Rodrigo Nejm, da Safernet, explica que meninas e meninos estão vivendo num mundo que inclui a realidade virtual sem que tenham sido educadas para viver nele. Existe a ilusão de privacidade no computador, mas, no entanto, a internet é o ambiente mais público que existe. Ao publicar dados pessoais na internet, a criança e o adolescente estão expondo a sua intimidade a milhões de estranhos, diz Nejm. Apesar de o ambiente ser virtual, os perigos são reais. Muitos abusadores sexuais utilizam-se da rede para enganar crianças, muitas vezes fingindo ter a mesma idade e os mesmos interesses para marcar um encontro. Os pais devem ficar atentos às atividades dos filhos no computador e orientá-los sobre esse tipo de atitude que os tornam suscetíveis de correr vários riscos.

[Revista Época, Francine Lima – 16/02/2009]

Redação: Hermes Pena (pauta@andi.org.br)
Edição: Monalisa Silva (msantos@andi.org.br)